Quando em 1965-66 fui aluno do professor de economia Manuel Jacinto Nunes, ouvi-o dizer que «Trabalho é o esforço penoso para produzir bens». Durante as mais de quatro décadas desde então decorridas, muitos pretextos ocorreram para reflectir sobre a importância do trabalho e sobre o necessário equilíbrio entre a actividade laboral e a vida real, emotiva, familiar e de lazer.
Hoje, com a ganância do enriquecimento rápido, os empresários sentem apetência para obter mais trabalho produzido com menores custos e, por seu lado, os trabalhadores procuram obter melhores remunerações com menor produção ou com menor esforço. Muitas vezes esta luta é levada a extremos um tanto desumanos, em que a felicidade, a cultura, o ócio e a vida de relação com a família e os amigos, ficam num plano altamente lesivo da qualidade de vida de cada um.
Fui arrastado para estas reflexões pelos seguintes três títulos do Jornal de Notícias de hoje «Quando o trabalho mata», «Todos os dias há uma morte por stresse laboral» e "Somos vítimas de um assédio permanente", e deixo aqui os links para quem desejar inteirar-se de situações que chegam a ser dramáticas. A vida, neste mundo actual exageradamente materialista e desumano apresenta momentos muito preocupantes que merecem ser seriamente meditados.
Não devem também ser deixadas passar sem reflexão as notícias sobre o desemprego provocado pela crise, os suicídios causados pelo desespero de vidas insuportáveis, etc.
Hoje, com a ganância do enriquecimento rápido, os empresários sentem apetência para obter mais trabalho produzido com menores custos e, por seu lado, os trabalhadores procuram obter melhores remunerações com menor produção ou com menor esforço. Muitas vezes esta luta é levada a extremos um tanto desumanos, em que a felicidade, a cultura, o ócio e a vida de relação com a família e os amigos, ficam num plano altamente lesivo da qualidade de vida de cada um.
Fui arrastado para estas reflexões pelos seguintes três títulos do Jornal de Notícias de hoje «Quando o trabalho mata», «Todos os dias há uma morte por stresse laboral» e "Somos vítimas de um assédio permanente", e deixo aqui os links para quem desejar inteirar-se de situações que chegam a ser dramáticas. A vida, neste mundo actual exageradamente materialista e desumano apresenta momentos muito preocupantes que merecem ser seriamente meditados.
Não devem também ser deixadas passar sem reflexão as notícias sobre o desemprego provocado pela crise, os suicídios causados pelo desespero de vidas insuportáveis, etc.
5 comentários:
Querido amigo João,
Ainda hoje falei sobre esse assunto com o meu filho.
Ele queixa-se do stress no emprego, toda a gente que trabalha está sujeita a um stress anormal, esgotante, que tem levado a muitos suicídios sim.
No último ano e meio suicidaram-se 24 trabalhadores só na France Telecom.
É realmente muito importante que se reflita sobre este assunto e se abrande este ritmo enloquecedor, que leva a que quem já sem segurança, sem vencimentos compatíveis, ainda esteja sujeito a uma carga horária desumana e a sofrer de pressões que lhes são constantemente impostas.
Muito oportuno e pertinente o seu texto.
Muito obrigada
Beijinhos
Ná
Amigos,
Realmente é estonteante o ritmo em que vivemos e para quê? Para se TER sem olhar ao SER e neste caso o SER tem dois significados - ser de ser humano e ser forma de estar!!!
Lembro-me de ter trabalhado com ritmo bem mais calmo e obter melhores resultados dos que neste momento se obtêm. Porquê? Porque tinhamos tempo para pensar antes de agir e agora age-se sem pensar obrigando-nos a intervenções posteriores para correcção dos erros cometidos, alguns deles até que são irreparáveis! É o Mundo Louco em que vivemos dominado pela pressa como se a velocidade que se imprime nas decisões fosse apanágio de qualidade das mesmas!
Um abraço deste "dinossauro".
Querida Ná e Amigo Luís,
Este texto vem tornar mais necessário incidirmos na filosotia geral deste blog de defender o ser humano na sua dignidade e espiritualidade, procurando ser feliz na contemplação das coisas belas e simples da Natureza. Devemos viajar junto à janela do avião e contemplarmos as belezas exteriores.
As pressões constantes e o stress são demolidores e transformam o ser humano numa máquina sem alma, sem vida.
Abraços
João
Mas não havia a FNAT?
Caro Táxi Pluvioso,
Aprecio a sua grande capacidade de ironizar com coisas muito diversificadas. Mas como estes textos podem ser lidos por pessoas menos esclarecidas, direi que a Alegria no Trabalho era apenas um slogan. O trabalho, cada vez mais, absorve toda a atenção do operário e fatiga-o. Uma das formas de reduzir o stress é a informação, aprendendo o que está antes e depois da tarefa que se faz, para evitar ser transformado numa máquina estúpida que repete o mesmo gesto todo o dia. Daí que a cultura geral e o interesse pelo que está á volta (olhar pela janela do avião) são uma regra muito salutar.
Um abraço
João
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