29/02/2008

Avaliação do desempenho

Em qualquer organização, principalmente acima de uma certa dimensão, é imprescindível uma boa avaliação do desempenho dos empregados e o correspondente prémio aos excelentes. Se a metodologia não for claramente definida, nem por isso deixa de existir, mas, nesse caso, será de forma subjectiva e muito discutível.

Sem tal avaliação a sociedade tornar-se-á dominada pela mediocridade em vez da desejada meritocracia, do culto pela excelência.

Soube há uns meses que as grandes empresas americanas, ao admitirem empregados para cargos de qualquer nível, não se preocupam muito com o grau de escolaridade, desde que demonstrem ter a capacidade adequada ao cargo. Com cada um é feito um contrato escrito em que constam todas as tarefas que lhe serão confiadas e pelas quais se responsabiliza. A seguir, recebe formação adequada à execução destas tarefas, seja qual for o seu grau académico e depois será avaliado e chamado a responder pelo grau de eficácia com que realizou cada tarefa, podendo mesmo chegar ao ponto de ser despedido com justa causa. Isto foi-me transmitido por um doutorado em Física Nuclear, que foi docente universitário e que, por razões de economia familiar, concorreu a uma vaga numa companhia de seguros de saúde e, ao entrar para um alto cargo, teve de tirar uma licenciatura orientada para os seguros.

Perante isto, espanta-me a reacção dos professores à criação de um sistema de avaliação de desempenho. Compreende-se que haja discordâncias quanto aos seus pormenores e critérios, mas estes deverão receber ajustamentos sucessivos para os melhorar. Os bons professores saem beneficiados por verem reconhecido o deu mérito e os mais fracos são estimulados a aperfeiçoarem-se.

Ao escrever isto, recordo com muita consideração, respeito e veneração alguns professores do Liceu que frequentei entre 1945 e 1952 e aqui deixo alguns nomes de óptimos docentes: Bigote de Almeida (matemática), Pais do Couto ( Físico-Química), José Moniz (Ciências), Simões Gomes (Português), Isaura Matos Martelo (Português e Francês), Joel Serrão (História), Armando Saraiva (Filosofia). Alguns já faleceram, mas fica aqui a minha homenagem que gostaria chegasse ao conhecimento de familiares seus. Eles não recusariam uma avaliação do seu desempenho, saber e capacidade de comunicação e de motivação dos alunos.

24/02/2008

Vencer as dificuldades

Há dias recebi um e-mail trazendo em anexo um vídeo intitulado «superação». Trata-se de um bailado muito interessante de um par em que ele tem uma perna amputada acima do joelho e socorre-se de uma moleta. Os movimentos do par são um espectáculo atingindo momentos incríveis quanto a beleza e quanto à dinâmica dos corpos. São mostradas senhoras na assistência a limpar as lágrimas que devem, de ser de espanto perante a superação conseguida pelo homem face à sua deficiência, e pela força de vontade e espírito de luta contra as dificuldades iniciais.

Difundi pelos cerca de 80 correspondentes e não podia omitir que estas imagens me fizeram recordar a capacidade de superação e a vitória contra as dificuldades do meu amigo António Manuel Pereira Neves, perante as mutilações que sofreu na guerra de África, pelo que coloquei um link para um dos posts que publiquei sobre este Senhor. Recebi, em reacção comentários de três pessoas que ficaram muito sensibilizadas com o caso e o colega bloguista Jorge Borges sugeriu que colocasse links para facilitar a ligação entre os três posts. Do amigo Luiz Santilli deixo aqui a frase: embora uma situação seja muito grave, ainda podia estar pior. É preciso optimismo e espírito positivo.

Mas, como o meu conhecimento do caso foi à mais de um ano e data dessa altura o primeiro post, decidi colocar aqui links para que os interessados possam conhecer melhor este comportamento heróico de uma pessoa de muito valor e de grande modéstia que venceu as dificuldades.

O caso consta dos posts:

- Mais um caso exemplar
http://domirante.blogspot.com/2007/02/mais-um-caso-exemplar-anteontem-ao.html

- A modéstia potencia o valor das pessoas
http://domirante.blogspot.com/2007/03/modstia-potencia-o-valor-das-pessoas.html

- Um deficiente vencedor
http://domirante.blogspot.com/2007/05/um-deficiente-vencedor.html

22/02/2008

Direito básico à saúde

Extraído do Portugal diário, um artigo que demonstra que o descontentamento não é exclusivo dos manifestantes de Anadia e outros locais.

Cavaco sai em defesa do «direito básico à Saúde».
E diz que público e privado devem empenhar-se para garantir esse direito.

O Presidente da República, Cavaco Silva, salientou esta sexta-feira o papel que o sector privado pode desempenhar no sector da saúde, mas frisou que ninguém pode ser excluído deste «direito básico» por questões financeiras, noticia a Lusa.

«As ofertas são complementares, os dois sectores (público e privado) podem funcionar em paralelo, mas é preciso que coloquem o doente no centro das suas preocupações, para satisfazer o direito básico à saúde», afirmou Cavaco Silva, em declarações aos jornalistas em Matosinhos.

O Chefe de Estado, que tinha inaugurado minutos antes o Instituto CUF, do Grupo José de Mello Saúde, frisou que «ninguém pode ser excluído (do acesso à saúde) por razões financeiras».

A mesma questão tinha sido referida por Cavaco Silva na intervenção que proferiu na cerimónia de inauguração desta nova unidade de saúde, quando manifestou o desejo de que as instituições públicas e privadas se «empenhem para garantir o direito inalienável de todos os portugueses à saúde».
«Este instituto é a prova de que há lugar em Portugal para a iniciativa privada, numa oferta complementar com a do serviço público de saúde», afirmou, salientando que «ocorreram nas últimas décadas grandes progressos em Portugal, mas não podemos descansar à sombra desses resultados».

Na sua intervenção, Cavaco Silva elogiou ainda a competência dos profissionais de saúde portugueses e deixou um conselho para a resolução dos problemas na área da saúde: «Os problemas devem ser resolvidos com serenidade, com diálogo construtivo e com a experiência dos que contactam directamente com os doentes no dia-a-dia».

Nesta cerimónia, que contou com a presença do secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro, o presidente da José de Mello Saúde, Salvador de Mello, salientou que a nova unidade é «altamente qualificada, tem uma elevada plataforma tecnológica e está dotada de equipas clínicas de reconhecido prestígio».

«A José de Mello Saúde tem a ambição de ser uma referência europeia em centros de especialidades», afirmou, revelando que está previsto um investimento de 350 milhões de euros nos próximos três anos, que vai gerar «mais de um milhar de novos empregos qualificados e especializados».

19/02/2008

Martin Luther King disse:

O que mais preocupa
não é o grito dos violentos,
nem dos corruptos,
nem dos desonestos,
nem dos sem-carácter,
nem dos sem-ética.

O que mais preocupa
é o silêncio dos bons.

18/02/2008

Você é um evelhescente???

Texto de Mário Prata extraído do blog «A casa da Mariquinhas» da nossa colega do Club Virtual de Seniores, Mariazita.

Se você tem entre 45 e 65 anos, preste bastante atenção ao que se segue.
Se você for mais novo, preste também porque um dia vai chegar lá.
E se já passou confira.
Sempre me disseram que a vida do homem se dividia em quatro partes, infância, adolescência, maturidade e velhice.
Quase correto. Esqueceram de nos dizer, que entre a maturidade e a velhice (entre os 45 e 65 anos) existe a EVELHESCÊNCIA.

A evelhescência nada mais é do que uma preparação para entrar na velhice, assim como a adolescência é uma preparação para a maturidade.
Engana-se quem acha que o homem maduro fica velho de repente. Assim da noite para o dia. Não!!! Antes, vem a evelhescência!!!
E, se você está em plena evelhescência, já notou como ela é parecida com a adolescência?

Coloque os óculos e veja como este novo estágio é maravilhoso.
Já notou que andam aparecendo algumas espinhas em você?
Assim como os adolescentes, os evelhescentes também gostam de meninas de 20 anos.
Os adolescentes mudam a voz. Os evelhescentes também.
Mudam o ritmo de falar, mudam o timbre. Os adolescentes querem falar mais rápido; os evelhescentes querem falar mais lentamente.

Os adolescentes não tem ideia do que vai acontecer com eles daqui a 20 anos. Os evelhescentes evitam pensar nisso.
Ninguém entende os adolescentes... Ninguém entende os evelhescentes...
Ambos são irritadiços, enervam-se com pouco.
Acham que já sabem de tudo e não querem palpites em suas vidas.
Às vezes um adolescente tem um filho, é uma coisa precoce. Às vezes um evelhescente tem um filho, é uma coisa "pós-coce"
Os adolescentes não entendem os adultos e acham que ninguém os entende.
Os evelhescentes também não se entendem."Ninguém me entende" é uma frase típica de evelhescente.
Quase todos os adolescentes acabam sentados na poltrona do dentista e no divã do analista. Os evelhescentes também. A contragosto, idem.
O adolescente adora usar um tênis e uns cabelos "da hora". O evelhescente também.
Sem falar nos brincos.
Ambos adoram deitar e acordar tarde.
O adolescente ama assistir um show de artista evelhescente (Caetano
Chico, Mick Jagger). O evelhescente ama assistir a um show de um artista adolescente.
O adolescente faz de tudo para aprender a fumar. O evelhescente pagaria qualquer preço para deixar o vício.
Ambos bebem escondido.
O adolescente esnoba que dá três por dia. O evelhescente quando diz uma a cada três dias está mentindo.
A adolescência vai dos 10 aos 20 anos. A evelhescência vai dos 45 aos 65.
Depois, sim, virá a velhice que nada mais é que a maturidade do evelhescente.
Daqui a alguns anos, quando insistirmos em não sair da evelhescência para entrar na velhice, vão dizer: "É um eterno evelhescente"!

.....Que bom!!!

16/02/2008

Legislação em catadupa, mas imperfeita

O secretário de Estado da Protecção Civil, José Miguel Medeiros revelou ontem no Parlamento, com as bancadas semivazias, que só sete condutores viram a carta apreendida desde 2005, e considerou que este número traduz uma "total ineficácia" do sistema. Isto ocorreu durante o debate sobre uma proposta de lei de alteração ao Código da Estrada que reduz o número de infracções previstas para a apreensão do título de condução.

Na fúria obsessiva de legislar que tem levado a sucessivas alterações ao Código, sem que daí resulte uma visível redução da sinistralidade rodoviária, o que deveria ser o objectivo do normativo, constata-se, que em vez da preocupação de melhorar a segurança, existe a intenção de actuar sadicamente sobre os condutores, agravando as punições e colhendo maiores somas de multas e coimas para os cofres do Estado, transformando as forças policiais em eficazes agentes fiscais.

No entanto, apesar da profusão das leis, o sistema peca por imperfeição e «total ineficácia» como disse o governante. O número de cassação de cartas é diminuto face à quantidade de acidentes provocados por contra-ordenações graves e muito graves. A estrutura do sistema é de tal forma incipiente e frágil que "mais de 20 mil processos vão prescrever em Lisboa".

Quanto a legislação em catadupa e pouco eficiente, causadora de confusões surge também o artigo do Público «Novo Código de Processo Penal lança Ministério Público contra a Polícia Judiciária». O procurador-geral de Faro entende que, à luz do novo Código Processo Penal, "só com despacho de autorização da autoridade judiciária (MP)" é que a PJ poderá fazer declarações públicas sobre inquéritos em fase de investigação, não podendo «ser o órgão de polícia criminal a decidir o que é, ou não, bom para a investigação". Durante a audiência foi também aflorada a questão da competência para investigar o tipo de crime em julgamento. A falta de legislação clara e eficiente, omite a definição de competências e deixa dúvidas se uma instituição não teria chamado a si o caso por uma questão de protagonismo, uma espécie de estranho "jogo de poder" entre entidades. "É uma questão de competência, mas também é uma questão de poder." Debilidades do novo CPP!

Também se encontram exemplos de legislação menos conseguida nas relações entre bombeiros e INEM e entre bombeiros e protecção civil, ou na Saúde em que o anterior ministro teve de recuar em decisões de encerramento de maternidades, centros de saúde, urgências, etc.

Recordo uma ideia do Prof da Faculdade de Direito de Coimbra, Figueiredo Dias, muito divulgada da altura de uma grande alteração do Código da Estrada há mais de 20 anos e que traduzo de memória: seria preferível fazer cumprir a legislação existente do que produzir nova legislação antes de aproveitar ao máximo aquela. Mas, infelizmente, o que impera é a fúria compulsiva de legislar.

Já foi publicado no blog Mentira

15/02/2008

Restaurantes, bares e cafés sem licença

Segundo notícia hoje largamente divulgada, o presidente da autarquia de Lisboa admite que há 5000 (cinco mil) estabelecimentos de alimentação e bebidas à espera de autorização. Este número, só por si, não tem muito significado, mas já o obtém quando o mesmo senhor diz que «entram mil processos por ano». Isto significa que seriam precisos cinco anos, sem qualquer deferimento para se obter o atraso de 5000. Ora, como admitimos que por ano tenha havido umas centenas de deferimento, deve haver estabelecimentos à espera de licença durante mais de 10 anos.

A Associação da Restauração fala em inércia dos serviços camarários. Acho que inércia é um eufemismo, pois o desleixo vai muito além disso. E é tanto mais quando, há pouco mais de uma ano, foi levantada a polémica do excesso de pessoal nos serviços camarários tendo sido destacada a existência de centenas de assessores bem pagos e sem um substrato de competência por terem sido nomeados com base na confiança política e não nas qualidades adequadas às funções, como declarou uma vereadora em entrevista.

Tais atrasos poderão ser atribuídos a excesso de burocracia (o germe mais causador da corrupção)e a três alterações da legislação que só causaram confusões, mesmo nos funcionários. A gravidade do problema vai até ao mau exemplo dado aos cidadãos que vivem em situação ilegal por culpa não deles mas dos serviços que deviam primar pelo bom exemplo.

Como pode o País prosperar e aproximar-se da média europeia, com serviços públicos que transmitem tão maus exemplos aos cidadãos e que constituem um factor de ilegalidade e de atraso!

09/02/2008

Adivinha muito antiga

Ora adivinhem o que é:
Maior que o Universo inteiro
Mais pequeno que um gão de areia
Que os mortos comem
E se os vivos comessem morriam

08/02/2008

Despesas de ministros pagas com cartão de crédito

Segundo a notícia «Brasil investiga cartões de ministros», no jornal gratuito de hoje «Global», o Senado brasileiro vai discutir a criação de uma comissão parlamentar de inquérito aos gastos dos ministros e altos funcionários do Estado pagos com cartões de crédito.

O líder da bancada da oposição disse: «é necessário investigar os gastos feitos com cartões corporativos para a compra de bijuterias, materiais de piscina, despesas em churrascarias». No Brasil, as despesas feitas pelos ministros com cartões são públicas.

Isto passa-se no Brasil, um país riquíssimo, que só não é uma potência mundial por obstáculos levantados por vizinhos imediatos e da América do Norte, para não o terem como concorrente na comunidade internacional. E entre nós? Como é? Logicamente, como dispomos de menos riqueza, deveríamos ter um controlo mais apertado, a fim de evitar elevados défices orçamentais e de aliviar o peso fiscal sobre os menos abastados. Será que a lógica é traduzida nas realidades quotidianas? Certamente que não (!) pois até há políticos que requereram ao TC que não publique a sua declaração de rendimentos (!)

Este é um bom motivo para reflexão e, certamente, irá mexer nas memórias de muitos acompanhantes de políticos em viagens ao estrangeiro!

06/02/2008

Arte Autismo Brasil

Mensagem da mãe de um autista recebida por e-mail que merece ser divulgada para este caso ser conhecido dos leitores a fim de ajudarem na medida em que a arte e a solidariedade os possa interessar.

Oi João Soares,

Entrei no seu blog através de uma pesquisa no google sobre se deve beber-se água gelada ou quente após as refeições. Gostei muito da matéria e do seu perfil que gosta de saber o que se passa pelo mundo.

Eu me chamo Raymunda (Ray) moro no Rio de Janeiro Brasil.
Tenho um filho, o Filipe que tem autismo, mas que pinta quadros.

Tudo começou quando ele tinha dois anos, ele foi incentivado pela terapeuta a desenhar, então com canetinhas ele passou a desenhar mini bolinhas que se agruparam formando céus em três dimensões. Como eu buscava uma resposta para o que ele tinha (na época ele apresentava sintomas do autismo, mas eu não sabia o que era), guardei todos esses desenhos numa pasta. Com o tempo ele deixou de falar, nos informando o que sentia com gestos ou escrevendo já que aprendeu a ler e escrever sozinho com 3 anos. Eu sempre busquei uma cura e não achava, Mas com 18 anos e eu o coloquei em aulas de arte , onde aprendeu a manusear os pincéis.

Eu via muitos quadros produzidos por ele e sua professora. Mas isso eu não queria. Queria algo que viesse do seu inconsciente para saber o que ele tem e o como ele está no seu interior. Fiz uma experiência com ele. Comprei telas e tintas a óleo para ele pintar em casa. Ele então pintou todos esses quadros que estão no site http://www.arteautismo.com/

Nesses trabalhos Não existem nenhuma interferência de nenhuma parte. Seria um crime permitir isso. Essas pinturas mostram que Filipe tem por dentro. Já recebi muitas propostas para vender. Mas não vendi, claro que Filipe precisa de dinheiro para ter suas coisas, mas eu acho que é uma pesquisa todos esses quadros, alguém um dia vai saber o que dizem.

Por isso peço João que você veja o site, se possível agregue aos seus favoritos e indique aos seus amigos. Essa é uma mensagem solitária que envio ao mundo. Como aquela da garrafa que contem uma mensagem dentro e circula pelo mar.
Um grande abraço desde o Brasil
Ray
Publicado também nos blogs, http://www.domirante.blogspot.com/,
http://comnexo.blogspot.com/

02/02/2008

Data do Carnaval

O Carnaval constitui uma data do calendário religioso, por marcar o início da Quaresma, período de 40 dias de penitência e jejum, em memória dos 40 dias de jejum que Jesus passou no deserto. As grandes festas religiosas correspondem a festividades do paganismo, ligadas ao sol e ao calendário lunar. Esta correspondência faz-nos admirar o sentido prático dos filósofos fundadores do cristianismo, que adoptaram todas as festividades do paganismo a fim de as populações da época não serem forçadas a mudanças de costumes. Foi esse sentido prático que faltou ao ministro da Saúde para levar as pessoas a aceitarem as suas reformas, sendo algumas delas necessárias e adequadas às realidades, mas que não foram bem explicadas aos utentes.


Para uso dos leitores deste blogue, deixo aqui um apontamento explicativo da data do Carnaval, uma festa móvel, variável de ano para ano: Depois do equinócio da Primavera a 21 de Março, o primeiro domingo após a primeira lua-cheia (21 de Março, este ano) é a PÁSCOA (eram as festas da Primavera, anteriores ao cristianismo). Neste ano é em 23 de Março. Contando sete semanas para trás, período da quaresma, chega-se ao Domingo Gordo (3 de Fevereiro) e o CARNAVAL é na terça-feira seguinte (5 de Fevereiro).


Parece ser fácil descortinar a mobilidade destas festas! Este ano a data é quase a mais temporã possível. Para a Páscoa ser a 21 seria necessário que esse dia fosse domingo e fosse Lua-cheia, grandes coincidências, muito raras!