30/12/2007

Ser feliz resulta da inteligência prática

Não me julguem petulante ao ponto de querer dar-vos conselhos!
Encontrei este lindo texto num anexo em Power Point que achei maravilhoso e quis partilhar convosco. Aplica-se a todas as idades, não é só para idosos, como eu !!!

Dona Maria era uma senhora de 92 anos, elegante, bem vestida e penteada.
Estava de mudança para uma casa de repouso pois o marido com quem vivera 70 anos, havia morrido e ela ficara só.

Depois de esperar pacientemente por duas horas na sala de visitas, ela ainda deu um lindo sorriso quando uma atendente veio dizer que seu quarto estava pronto.
A caminho da sua nova morada, a atendente ia descrevendo o minúsculo quartinho, inclusive as cortinas de chintz florido que enfeitavam a janela.
Ah! Eu adoro essas cortinas – disse ela com entusiasmo de uma garotinha que acabou de ganhar um filhote de cachorrinho.
- Mas a senhora ainda nem viu o quarto...
Nem preciso ver – respondeu ela.
Felicidade é uma decisão que tomo todo dia quando acordo.
E eu já decidi que vou adorar!
É uma decisão que tomo todo dia quando acordo.
Sabe... Tenho duas escolhas: posso passar o dia inteiro na cama contando as dificuldades que tenho em certas partes do meu corpo que não funcionam bem...
Ou posso levantar da cama agradecendo pelas outras partes que ainda me obedecem.
Cada dia é um presente.
E enquanto meus olhos abrirem, vou focalizá-los no novo dia e também nas boas lembranças que eu guardei para esta época da vida.
A velhice é como uma conta bancária. Você só retira daquilo que você guardou.
Portanto, lhe aconselho depositar um monte de alegria e felicidade na sua Conta de Lembranças.
E como você vê, eu ainda continuo depositando.
Agora, se me permite, gostaria de lhe dar uma receita:
1. Jogue fora todos os números não essenciais para sua sobrevivência. Isso inclui idade, peso e altura. Deixe o médico se preocupar com eles. Para isso ele é pago.
2. Dê preferência aos amigos alegres. Os “baixo astral” puxam você para baixo.
3. Continue aprendendo. Aprenda mais sobre computador, artesanato, jardinagem, qualquer coisa. Não deixe seu cérebro desocupado. Uma mente sem uso é a oficina do Mal.
E o nome do mal é Alzheimer.
4. Curta coisas simples.
5. Ria sempre, muito e alto. Ria até perder o fôlego.
6. Lágrimas acontecem. Aguente, sofra e siga em frente. A única pessoa que acompanha você a vida toda é VOCÊ mesmo. Esteja VIVO enquanto você viver.
7. Esteja sempre rodeado daquilo que você gosta. Pode ser família, animais, lembranças, música, plantas, um hobby, o que for. Seu lar é o seu refúgio.
8. Aproveite sua saúde. Se for boa, preserve-a. Se estiver instável, melhore-a. Se estiver abaixo desse nível, peça ajuda.
9. Não faça viagens de remorsos. Viaje para o shopping, para a cidade vizinha, para um país estrangeiro, mas não faça viagens ao passado.
10. Diga a quem você ama, que você realmente o ama, em todas as oportunidades.
E lembre-se sempre que: A vida não é medida pelo número de vezes que você respirou, mas pelos momentos em que você perdeu o fôlego...
De tanto rir...
De surpresa...
De êxtase...
De felicidade!

27/12/2007

Não podemos acreditar em nada!!!

No artigo do Jornal de Notícias com o título Mitos médicos desmontados pela ciência, da autoria de Helena Norte, é lançado o alerta oriundo do British Medical Journal (www.bmj.com) contra determinados mitos com que temos sido bombardeados insistentemente.

São disto exemplos «beber oito copos de água faz bem à saúde» ou «apenas usamos 10% do nosso cérebro» ou «ler com luz fraca prejudica a visão» ou «cortar cabelo faz com que cresça mais forte».

Segundo o BMJ, apesar de os médicos procurarem convencer os seus clientes destas «verdades», elas carecem de fundamento científico.

Os autores desmontam algumas crenças comuns a partir da evidência científica existente, com o objectivo de alertar os médicos para a necessidade de questionarem as suas convicções e práticas.

A ingestão excessiva de água pode ser perigosa para a saúde. Segundo a mais moderna imagiologia, tanto de cérebros normais como lesionados, mostram que não há qualquer área do nosso encéfalo que esteja completamente adormecida ou inactiva. A baixa luminosidade cria a sensação de dificuldade de focagem e obriga a um esforço maior, mas os efeitos negativos são temporários e é muito pouco provável que causem alterações permanentes na estrutura do olho. Os estudos que procuraram correlacionar o corte do cabelo com a espessura e a rapidez com que renasce demonstraram que não existe qualquer ligação.

Para mais informação, pode ser lido o artigo referido ou o BMJ de que se indica o acesso.

Tira-se a conclusão de que devemos pôr em causa toda a informação que nos chega, comparando com outras origens, principalmente as ligadas a centros científicos ou publicações com credibilidade. Já vi na TV um médico dizer que o melhor óleo alimentar era o de girassol e, alguns anos mais tarde vir afirmar com o mesmo ar doutoral que o melhor óleo é o azeite. A mesma pessoa, movida pelo dinheiro dos contratos, não teve escrúpulos de invocar a ciência que o seu diploma lhe outorgava para nos enganar, de uma das vezes ou das duas.

24/12/2007

Evite o cinzentismo. Defina-se. Ouse

Quase

Ainda pior que a convicção do não, é a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase!
É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata, trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.

Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou, ainda estuda, quem quase amou, não amou.

Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas ideias que nunca sairão do papel, por essa maldita mania de viver no outono.

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna?
A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e na frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "bom dia", quase que sussurrados.

Sobra covardia e falta coragem até para ser feliz!
A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor.

Mas não são.

Se a virtude estivesse mesmo no meio-termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados
e o arco-íris em tons de cinza.

O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

Preferir a derrota prévia à dúvida da vitória, é desperdiçar a oportunidade de merecer.

Para os erros há perdão, para os fracassos, chance, para os amores impossíveis, tempo

De nada adianta cercar um coração vazio ou
economizar alma.

Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.

Desconfie do destino e acredite em você.
Gaste mais horas realizando que sonhando...
Fazendo que planejando...Vivendo que esperando...
Porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

( Luís Fernando Veríssimo )

NOTA: Recebido por e-mail da colega do CVS Quitéria Oliveira. Uma linda lição de vida mesmo para Seniores!!!

Boas Festas

A todos os elementos do Clube Virtual de Seniores e a todos os visitantes deste blog o Sempre Jovens deseja um Feliz Natal e um ano de 2008 com tudo o que mais desejarem.
Como os tempos estão difíceis, convém procurarmos ser felizes com as pequenas coisas da vida e da Natureza, como o nascer do sol e as flores que nascem ao lado da estrada.
Um forte abraço para cada um, com os melhores votos.
João

23/12/2007

Quando até as idosas eram inocentes!

A D. Beatriz, organista numa igreja, tem 80 anos e é solteira. Era admirada por todos pela sua simpatia e doçura.

Uma tarde, convidou o novo padre da Igreja para ir lanchar a sua casa e ele ficou sentado no sofá, enquanto ela foi preparar um chá.

Olhando para cima do órgão, o jovem padre reparou numa jarra de vidro com água e, lá dentro, boiava um preservativo.

Quando a D. Beatriz voltou com o chá e as torradas, o padre não resistiu a tirar a sua curiosidade perguntando o porquê de tal decoração em cima do órgão.

E responde ela apontando para a jarra: "Ah! refere-se a isto? Maravilhoso, não é? Há uns meses atrás, ia eu a passear pelo parque, quando encontrei isto num pacotinho no chão. As indicações diziam para colocar no órgão, manter húmido e que, assim, ficava prevenida contra todas as doenças. E sabe uma coisa? Este Inverno ainda não me constipei".

NOTA: Esta graça já tem longas barbas brancas, maiores do que as do Pai Natal! Mas a inocência que traduz insere-se muito bem no sentido do Natal. Desejo um Feliz Natal a todos os visitantes deste blog.

17/12/2007

Um gesto amigo a enfatizar

Em 29 de Novembro, o escritor Manuel Amaro Bernardo, fez o lançamento de mais um livro seu, «Guerra, Paz e Fuzilamentos dos Guerreiros» dedicado a acontecimentos ocorridos na Guiné no período 1970-1980. Embora convidado, não pude estar presente e, oportunamente, expliquei ao autor as razões de não poder corresponder ao convite. Ele compreendeu e teve a amabilidade de se encontrar comigo hoje num almoço para que me convidou, ofereceu-me um exemplar da obra e explicou muitos acontecimentos ocorridos no período coberto por este trabalho histórico que merece ser lido e confrontado com outros documentos referidos na extensa bibliografia e citados no texto.

Não se trata de um principiante em escritos deste teor e retiro da extensa bibliografia as suas seguintes obras: «Marcello Caetano e Spínola; A Ruptura; As Forças Armadas e a Imprensa na Queda do Estado Novo (18~973-174)», «Equívocos e Realidades; Portugal 1974-1975», 2 volumes, e «Memórias da Revolução; Portugal 1974-1975».

Aos amigos e conhecidos comuns que estranharam a minha ausência, fica aqui esta explicação de que não pude estar presente por virtude das minhas limitações actuais que me tornam praticamente impossível ausentar de casa fora do período das 10h00 – 15h00.
Ao amigo Bernardo dou os parabéns por mais esta obra, realista, isenta e frontal, bem documentada, que contribuirá para futuros estudos sobre os acontecimentos de uma época conturbada que tem levado tratos de polé. E agradeço a amabilidade do almoço, do livro e da dedicatória com que me honra. É uma bela prenda de Natal. Desejo a continuação destas obras por muitos anos.

15/12/2007

Os idosos merecem mais respeito

Coisas que me enjoam…

... Um País onde o Governo não toma conta dos nossos idosos!

... Que os deixa abandonados em lares degradantes,
Que os deixa existirem como sem-abrigo,
Que os deixa viúvos e por vezes sem filhos, sozinhos nas sua casas, à espera que a morte chegue;

... Um País onde um idoso não é atendido em 1º lugar em qualquer fila de espera, onde não pode sair à rua sem medo de cair, de ser atropelado, ou de ser roubado;

... Um País onde o Governo não respeita os nossos idosos é um País que não tem governo digno de existir!

Extraído do blog sulista
Feliz Natal para todos, principalmente para os idosos mais desprotegidos, com votos de que em 2008 o Governo passe a velar por vós.

O idiota e a moeda

Conta-se que numa cidade do interior um grupo de pessoas se divertia com o idiota da aldeia.
Um pobre coitado, de pouca inteligência, vivia de pequenos biscates e esmolas.

Diariamente eles chamavam o idiota ao bar onde se reuniam e ofereciam a ele a escolha entre duas moedas: uma grande de 400 REIS e outra menor, de 2000 REIS.
Ele escolhia sempre a maior e menos valiosa, o que era motivo de risos para todos.
Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e perguntou-lhe se ainda não havia percebido que a moeda maior valia menos. Respondeu o tolo:
- Eu sei, ela vale cinco vezes menos, mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou mais ganhar a minha moeda.

Podem-se tirar várias conclusões dessa pequena narrativa:
A primeira: Quem parece idiota, nem sempre é.
A segunda: Quem eram os verdadeiros idiotas da história?
Terceira : Se fores ganancioso, acabas por estragar a tua fonte de rendimento.

Mas a conclusão mais interessante é: A percepção de que podemos estar bem, mesmo quando os outros não têm uma boa opinião a nosso respeito.

Portanto, o que importa não é o que pensam de nós, mas sim, o que realmente somos.

"O maior prazer de um homem inteligente é armar-se em idiota diante de um idiota que se arma em inteligente

14/12/2007

Natal, a fuga para o Egipto

HISTÓRIA ANTIGA

Era uma vez, lá na Judeia, um rei.
Feio bicho, de resto:
Uma cara de burro sem cabresto
E duas grandes tranças.
A gente olhava, reparava, e via
Que naquela figura não havia
Olhos de quem gosta de crianças.

E, na verdade, assim acontecia.
Porque um dia,
O malvado,
Só por ter o poder de quem é rei
Por não ter coração,
Sem mais nem menos,
Mandou matar quantos eram pequenos
Nas cidades e aldeias da Nação.

Mas,
Por acaso ou milagre, aconteceu
Que, num burrinho pela areia fora,
Fugiu
Daquelas mãos de sangue um pequenito
Que o vivo sol da vida acarinhou;
E bastou
Esse palmo de sonho
Para encher este mundo de alegria;
Para crescer, ser Deus;
E meter no inferno o tal das tranças,
Só porque ele não gostava de crianças.

(Miguel Torga, in Antologia Poética, Coimbra, Ed. do Autor, 1981)
Publicada por Amaral, em Ad Litteram

FELIZ NATAL

Desejo a todos os visitantes deste blog, a todos os bloguistas, a todos os internautas e, de um modo geral, a todo o Mundo, um
NATAL FELIZ,
com brancura e a luz da estrela que nos guie durante o próximo ano, em ambiente de paz, fraternidade e união de vontades para a construção de uma humanidade mais solidária e feliz.

Época em que devemos esquecer todo o mal, todos os ódios e rancores, e pensar apenas naquilo que de melhor a humanidade pode ter.

Um maravilhoso presente de Natal é nos dado pelo estado americano de NOVA JÉRSIA que aboliu a pena de morte, dando assim ao Mundo um óptimo exemplo de respeito pelos direitos humanos, a seguir por todos os homens de boa vontade.

Desejo que o espírito de Natal perdure nos espíritos de todos para sempre.

13/12/2007

O meu mar

As águas verdes
tranquilas ou ondulantes
que os meus olhos enxergam
admiram sem descanso,
pertencem ao meu mar
porque nele me molho se quero
ou não molho e só o olho.

As areias lisas
ou já calcadas,
pertencem ao mar verde
que as alisa quando quer.
Porque uma areia lisa
lembra uma seda
quase brilhante
quase ondulante
se houver uma brisa.

Estendo-me nessa areia seda,
sinto o calor que me aconchega.
Cobre-me o azul do céu
que me encanta, me enleva
e acalma os meus turbilhões.
Medito, relembro o que já passou
mas esqueço, lembrar para quê?

De: Adelaide Quintas
posted by maqira

12/12/2007

A NOITE DAS MIL LUZES

SENHOR

DESPE DE VAIDADES O NATAL

QUE A NOITE FIQUE NUA.

COBRE-A DE AMOR,

SENHOR

E ACENDE APENAS UMA LUZ,

A TUA.


publicado por brizissima

Desertificação do interior

O PSD faz saber que pretende debater o processo de desertificação em curso no interior do País. Tal intenção merece aplausos, porque, mais do que muitos temas de que os políticos se ocupam, este reveste-se de uma importância grande para as populações ainda ali residentes e para a segurança em geral. Com efeito, as grandes extensões de mato abandonado podem vir a ser ocupadas por bandos marginais para se organizarem e treinarem e como ponto de partida e de reagrupamento para a consumação de actos indesejáveis. Quem pode garantir que ainda não vivem por ali alguns desses grupos?

Porém, a esperança que esta notícia atiça pode vir a gerar mais uma frustração. Na realidade, estamos habituados a que os políticos não vejam os cidadãos como seres humanos, mas apenas como contribuintes todos os dias e eleitores de tempos a tempos. Ora, como as políticas usadas, de há muitos anos a esta parte, têm estimulado a fuga para o litoral, é aqui que se encontra a grande massa de fornecedores de impostos e de votos, o que leva os políticos, partidariamente pragmáticos, a centrar na faixa junto ao mar todas as suas atenções. Até já há quem diga que não compensa fazer campanhas eleitorais no Portugal profundo!

E, nos sucessivos governos, não tem faltado tal pragmatismo monetarista, o que se tem manifestado pelo encerramento, no interior, de locais de apoio de saúde, de escolas, de tribunais, de estações de caminhos de ferro, de postos da GNR e de outros serviços administrativos.

Mas não devemos perder a esperança de ver Portugal ser governado com inteligência e democracia, dando a cada hectare do País as mesmas possibilidades de desenvolvimento e qualidade de vida. Os habitantes do interior do País devem ser considerados tão portugueses como os de Lisboa e Porto. Oxalá esta boa intenção do PSD dê os resultados que o País deseja.

09/12/2007

As lágrimas

(por Adelaide Quintas, Maquira)

Molhadas
Salgadas
Importunas
Atrevidas
Ligadas estão
aos estados d´alma
das nossas vidas...

Amantes da tristeza
Menos d´alegria
Por vezes... ajudam...
Quem diria!

Se se vertem
Cresce espaço por dentro
O ar desanuvia
tudo fica mais leve
Adeus tristeza
Viva a alegria

Maqira

NOTA: Agradeço à amiga Milai a gentileza de mais esta sua colaboração neste nosso (do CVS) blog. Os seus trabalhos são sempre bem vindos.

07/12/2007

Não param de mexer na nossa carteira

Os indivíduos considerados CCCC – cidadão, contribuinte, consumidor, cliente – estão permanentemente a ser roubados, sem terem quem os defenda e sem poderem defender-se.

Já aqui se referiu a exploração dos bancos que, para terem elevados lucros, não têm escrúpulos que os impeçam de extorquir cada vez mais, a pretexto seja do que for.

Agora é a Entidade Reguladora dos Serviços de Energia (ERSE) que pretende fazer a conversão dos actuais contadores da luz para a telecontagem o que deverá avançar a partir de 2010. É uma medida lógica do ponto de vista de gestão económica das distribuidoras de energia que irá reduzir os custos com o pessoal encarregado da leitura dos contadores. Esta que outrora era mensal, agora passou a ser feita com intervalos de 4 meses, sendo a facturação bimensal. A telecontagem vai originar grandes economias à empresa, sendo de seu inteiro interesse implementá-la.

Mas, ilogicamente, a factura será paga pelos consumidores via tarifas de electricidade ao longo de 20 anos, a partir de 2010. Segundo a ERSE, este encargo vai agravar a factura em 3,1% no máximo a partir de 2015 entre o sexto e o décimo ano. Portanto, o consumidor (CCCC) vai pagar uma medida que apenas traz benefício à empresa, por lhe ocasionar poupanças em pessoal e trabalho administrativo. É inacreditável!!!

E os CCCC continuam indefesos, desprotegidos, porque o Governo, que era suposto zelar pelos seus direitos e garantias, assiste impávido e sereno à roubalheira sem tugir nem mugir. Porquê? Porque estão em jogo interesses de grandes empresas que serão generosas na compensação aos governantes que lhes forem dóceis, oferecendo-lhes tachos dourados quando deixarem a política activa.

Antes que se diga que este raciocínio é exagerado, convém fazer a lista dos tachos daqueles que passaram por altos cargos nos governos e em outras instituições políticas. Na realidade e em geral, a política constitui apenas uma etapa intermédia na corrida aos tachos em grandes empresas, com prioridade para as que têm algum capital público.

E, desta forma, os CCCC continuarão a ser explorados, porque todos os interesses estão contra eles e nada está a seu favor. Como dizia o humorista Camilo de Oliveira, «toma que é democrático»!!!

04/12/2007

Histórias académicas

No tempo em que os estudantes ainda tinham alguma piada, corria a década de sessenta do século passado, contava-se como verídica uma autêntica anedota ocorrida num exame oral na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
Segundo a “estória”, o examinador, troçando do aluno que se estendia ao comprido, como se costumava dizer, disse-lhe:
— Estou a ver que o senhor não vai conseguir passar o Rubicão.
O aluno olhou-o com o ar aparvalhado de quem não percebera patavina do que acabara de ouvir. Notando a atrapalhação do examinando, o professor perguntou-lhe:
— O senhor sabe o que é o Rubicão?
Aí o aluno recompôs-se e respondeu sem hesitações.
— Eu não sei o que é o Rubicão, mas calculo que um rubicahorro seja um Rubicão pequenino.
Resposta esta que, segundo reza esta história, convenceu o professor a passar o aluno, por lhe reconhecer a presença de espírito, o desembaraço e a capacidade de improvisação tão necessárias em advocacia.

Notícias do PREC

Manuel António Pina, JN

Portugal, cliente habitual dos últimos lugares das estatísticas europeias, aparece finalmente no primeiro lugar de uma delas.

Segundo dados revelados pelo Eurostat, somos o país da UE onde o desemprego mais cresceu no último ano, e estamos já no pódio dos países com mais desempregados (neste momento só a Eslováquia e a Polónia nos batem, mas nós ainda teremos o mesmo Governo durante mais dois anos).

De facto, enquanto na UE, entre Outubro de 2006 e Outubro de 2007, a taxa média de desemprego desceu de 7,8% para 7,2%, em Portugal subiu de 7,8% para 8,2%. Claro que pode acontecer que o Eurostat esteja dominado por sindicalistas da Função Pública apostados em denegrir o sucesso do PREC (Processo de Reformas em Curso) e das políticas sociais do Governo e desmentir a "estabilização dos números do desemprego" anunciada pelo ministro Vieira da Silva.

De qualquer modo, como disse Sócrates durante a campanha eleitoral que o levou ao Governo (quando a taxa de desemprego ia em 7,1%, um "número trágico"), "7,1% de desempregados é bem a marca de uma governação falhada, de uma economia mal conduzida". Já 8,2% é, nenhum português duvida hoje disso (basta andar na rua ou ir ao supermercado), a marca de uma governação de sucesso e de uma economia bem conduzida.

NOTA: Um curto texto, com muita perspicácia que enfatiza vários aspectos da incapacidade dos governantes e da sua propaganda entorpecedora das mentes menos atentas.