22/02/2008

Direito básico à saúde

Extraído do Portugal diário, um artigo que demonstra que o descontentamento não é exclusivo dos manifestantes de Anadia e outros locais.

Cavaco sai em defesa do «direito básico à Saúde».
E diz que público e privado devem empenhar-se para garantir esse direito.

O Presidente da República, Cavaco Silva, salientou esta sexta-feira o papel que o sector privado pode desempenhar no sector da saúde, mas frisou que ninguém pode ser excluído deste «direito básico» por questões financeiras, noticia a Lusa.

«As ofertas são complementares, os dois sectores (público e privado) podem funcionar em paralelo, mas é preciso que coloquem o doente no centro das suas preocupações, para satisfazer o direito básico à saúde», afirmou Cavaco Silva, em declarações aos jornalistas em Matosinhos.

O Chefe de Estado, que tinha inaugurado minutos antes o Instituto CUF, do Grupo José de Mello Saúde, frisou que «ninguém pode ser excluído (do acesso à saúde) por razões financeiras».

A mesma questão tinha sido referida por Cavaco Silva na intervenção que proferiu na cerimónia de inauguração desta nova unidade de saúde, quando manifestou o desejo de que as instituições públicas e privadas se «empenhem para garantir o direito inalienável de todos os portugueses à saúde».
«Este instituto é a prova de que há lugar em Portugal para a iniciativa privada, numa oferta complementar com a do serviço público de saúde», afirmou, salientando que «ocorreram nas últimas décadas grandes progressos em Portugal, mas não podemos descansar à sombra desses resultados».

Na sua intervenção, Cavaco Silva elogiou ainda a competência dos profissionais de saúde portugueses e deixou um conselho para a resolução dos problemas na área da saúde: «Os problemas devem ser resolvidos com serenidade, com diálogo construtivo e com a experiência dos que contactam directamente com os doentes no dia-a-dia».

Nesta cerimónia, que contou com a presença do secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro, o presidente da José de Mello Saúde, Salvador de Mello, salientou que a nova unidade é «altamente qualificada, tem uma elevada plataforma tecnológica e está dotada de equipas clínicas de reconhecido prestígio».

«A José de Mello Saúde tem a ambição de ser uma referência europeia em centros de especialidades», afirmou, revelando que está previsto um investimento de 350 milhões de euros nos próximos três anos, que vai gerar «mais de um milhar de novos empregos qualificados e especializados».

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