A propósito do Dia Internacional do Idoso que hoje se comemora foi realizado em Portugal um estudo englobando 3.423 indivíduos, entre os 65 e os 79 anos. Nesse estudo verificou-se que 76% desses idosos têm hábitos alimentares pouco saudáveis, que pioram com o avançar da idade.
Entre os motivos por eles apresentados para que tal aconteça estão os seguintes:
• Problemas dentários - 35%
• Dificuldades económicas - 24%
• Falta de apetite – 13%
• Medicamentos – 12%
Cerca de 750 dos inquiridos têm dificuldades financeiras e 102 deles passaram fome na semana anterior ao questionário. Por outro lado, na sua maioria consomem doces em excesso.
É nas regiões do Norte, Centro e no Alentejo que os idosos comem pior.
Por outro lado, de acordo com os números de inquérito europeu sobre pobreza e exclusão social 62% reconhecem ter algumas dificuldades, enquanto 15% dizem ser mesmo difícil sobreviver com o que ganham mensalmente.
Em Portugal 88% dos inquiridos dizem que a pobreza é generalizada e portanto superior à média europeia, que é de 73%. Mais ainda, a maioria acha que a pobreza está a ser um obstáculo a uma habitação condigna, limita o acesso ao ensino quer superior quer a um ensino básico de qualidade, para além de reduzir as possibilidades de encontrar um emprego.
Assim a maioria dos povos europeus querem ver os seus governos empenhados na luta contra a pobreza, reduzindo o desemprego e os salários baixos, melhorando as condições sociais e revendo o custo da habitação.
Atente-se que actualmente, quase 80 milhões de pessoas (16% da população da EU) vivem abaixo do limiar da pobreza!
Entre os motivos por eles apresentados para que tal aconteça estão os seguintes:
• Problemas dentários - 35%
• Dificuldades económicas - 24%
• Falta de apetite – 13%
• Medicamentos – 12%
Cerca de 750 dos inquiridos têm dificuldades financeiras e 102 deles passaram fome na semana anterior ao questionário. Por outro lado, na sua maioria consomem doces em excesso.
É nas regiões do Norte, Centro e no Alentejo que os idosos comem pior.
Por outro lado, de acordo com os números de inquérito europeu sobre pobreza e exclusão social 62% reconhecem ter algumas dificuldades, enquanto 15% dizem ser mesmo difícil sobreviver com o que ganham mensalmente.
Em Portugal 88% dos inquiridos dizem que a pobreza é generalizada e portanto superior à média europeia, que é de 73%. Mais ainda, a maioria acha que a pobreza está a ser um obstáculo a uma habitação condigna, limita o acesso ao ensino quer superior quer a um ensino básico de qualidade, para além de reduzir as possibilidades de encontrar um emprego.
Assim a maioria dos povos europeus querem ver os seus governos empenhados na luta contra a pobreza, reduzindo o desemprego e os salários baixos, melhorando as condições sociais e revendo o custo da habitação.
Atente-se que actualmente, quase 80 milhões de pessoas (16% da população da EU) vivem abaixo do limiar da pobreza!
6 comentários:
Infelizmente é uma realidade dramática que não afecta só Portugal mas, afecta. De uma forma vigorosa e envergonhante. Há países considerados do terceiro mundo que têm pelos mais velhos um respeito tocante. Os idosos defrontam-se nas suas fragilidades com vários dramas que vão da pobreza à doença mas de tudo o qe os pode afectar, a solidão e o abandono são as realidades que lhes fere a alma, o coração e as memórias. Andamos a tratar mal os idosos tal como o estamos a fazer com as nossas crianças. Vergonhoso.
Caro Luís,
isto são números verdadeiramente assustadores e o pior é que estão a aumentar de dia para dia.
Os responsáveis do nosso País, infelizmente já demonstraram incapacidade e falta de sensibilidade para lidar com este problema, eles percebem de números mas não dos que tocam à pobreza.
Beijinhos,
Ana Martins
Infelizmente temos que ver e ouvir estes absurdos acontecendo. Em qualquer canto do mundo estas dificuldades, estão acontecendo...
é muita pobreza, miséria, saude, falta de tudo..
é assustador.
Acredito que quem mais sofrem são os indefesos, que são elas, crianças e os idosos.
Gostei de vim aqui.
Tinha a indicação da Fernanda.
Com carinho.
Fica a qui o convite para vim me conhecer...
Sandra
Amigo Luís,
Vivi este problema de perto em terras do Minho e Douro Litoral, onde um elevado número de pessoas vivia em condições degradantes, sobretudo os idosos que recorriam a excessos alimentares nada correctos, como o excesso de broa, batatas, etc., para que os filhos e netos pudessem comer (às vezes) uma, duas sardinhas. Isto sem excluír tantos outros cuja falta de cultura os levava a acreditar que pão ensopado em vinho - as chamadas sopas de cavalo cansado - davam força e, portanto, davam às crianças para que tivessem bons resultados nos estudos. O que é muitíssimo triste é que as coisas pioraram muito, ao invés de melhorarem e os mais sacrificados são, realmente, os idosos, por variadas razões. É lamentável, muito lamentável mesmo. Uns com as barrigas coladas às costa outros com elas tão cheiinhas, Santo Deus!
Um abraço, amigo.
Maria Letra
Caras senhoras,
É sintomático que este post tenha recebido até este momento três comentários femininos e nenhum masculino. Dá vontade de gritar As mulheres ao Pode, Já!!!
Os que nunca sentiram fome, a necessidade vital de alimentos que não chegam, dizem que esses nunca produziram, não adquiriram com as suas capacidades o poder de compra indispensável. Mas o certo é que muitos dos que assim falam recebem muito mais do que aquilo que merecem e justificam. Há gestores públicos a receberem «prémios de produtividade» em empresas que deram prejuízo por má gestão. Em órgãos estatais e autárquicos há milhares de assessores que nada fazem além de bajularem os chefes e fazerem tráfico de influências, para benefício de amigos e seus futuros empregadores!
«Eles comem tudo e não deixam nada», ma continuarão assim até que o povo abra os olhos e corra com eles de uma vez para sempre. É imperiosa a moralização do regime.
Abraços
João
Querido amigo Luís,
Depois de ler o texto e os comentários, de todos até ao momento, o que me ocorre dizer é que antigamente, como fala a Mizita, havia quem comece só sopa com umas parcas couves da horta, alguns nabos e se encontrasse, em dia de festa, um pedacinho de porco da salgadeira no prato, já era uma alegria imensa.
É verdade que se comia meia sardinha por pessoa, e muita broa que era azedada de propósito para render...esses foram os tempos do meu falecido pai, família numerosa, com muita terra e animais mas reservados para a feira, para serem traduzidos em moeda.
O meu pai e toda a sua família (a grande maioria ainda viva) viveram até ao 90 e muitos, em média.
A minha geração já não passou por isso, teve o suficiente para não saber o que é fome, nem ter desejos de coisas supérfluas. Tínhamos sempre a barriga cheia.
Hoje em dia é a VERGONHA TOTAL, há quem morra de obesidade, que viva para comer... chamem-lhe doença...nalguns casos será!!!
Mas que deixem e não se preocupem nem com quem vive na casa ao lado e passe necessidades, fome, frio, que esteja gravemente doente, etc., é demais.
Eu tenho vergonha sim, de viver neste Mundo, onde quase todos os valores se perderam, é cada um por si e mais nada. TRISTE. VERGONHOSO.
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