06/07/2009

SE AS MINHAS MÃOS CHORASSEM...

Imagem do Google


Se as minhas mãos chorassem,
Chorariam o tempo da tua ausência,
Silenciado no pranto das ondas que espargem
O amor pela areia que dorme e não pensa...

Se as minhas mãos chorassem,
Inundariam por certo este vazio
Que clama na espera e treme de frio
Pelo amor que já era... E já não tem brilho!


Ana Martins
Escrito a 3 de Julho de 2009

11 comentários:

Luis disse...

Querida ANA,
Poema lindo mas triste, será que o acordar neste domingo não lhe foi de feição?
Tenho ideia que por vezes, senão sempre, a sua poesia reflete o seu estado de espírito ao acordar. Hoje até era domingo dia de pouco ou nada fazer e por isso mesmo devia ser um dia mais alegre!
Espero que amanhã tenha um acordar mais feliz.
Beijinhos.

UBIRAJARA COSTA JR disse...

Tão lindos versos, Ana!...

Que suas mãos colham a paz e o amor que seu coração merece, e que não hajam mais lágrimas, so sorrisos...
beijjinhos

A. João Soares disse...

Querida Ana,

Um poema lindo, embora o tema seja triste. A saudade nunca é reconfortante, pois denuncia que o presente é menos agradável do que momentos idos, com pessoas amadas.
Há uns meses, fiz um comentário parecido com os anteriores e o autor, uma poetisa que visito com frequência, agora menor por falta de tempo, e ela respondeu que o poema não era o espelho do seu estado real, que o poeta mente!
Mas talvez não consiga mentir sempre e, por isso, desejo que a Ana melhore a sua postura perante a vida e olhe mais para a frente do que para a felicidae de ontem de que tem saudades. Dá melhor resultado conduzir a olhar para o pára-brisas do que para o retrovisor!
Parabéns pela forma como exprime sentimentos humanos
Beijos
João

Fernanda Ferreira - Ná disse...

Querida Ana,

Sabe a algo (agri-doce) esta belíssima poesia... É triste mas tão linda.

Beijinho

Maria Letr@ disse...

Obrigada, Ana, por mais um poema seu, mesmo que tão triste.
Conheço bem estes estados de alma os quais, muitas vezes, estão em perfeita contradição com as nossas reacções perante situações do tipo que serviu de tema ao seu poema. Por vezes - pelo menos o que acontece comigo - o poema retrata o que se passa no meu íntimo, a despeito do meu levantar de cabeça, "arregaçar de mangas" e decisão de ir em frente, tentando evitar a memória destes acontecimentos .
Estou em desacordo com o João quando aconselha a não olhar para o espelho retrovisor. É que se eu não olho para o retrovisor ... posso apanhar com um tal embate que pode deixar-me completamente off-side ..., o que não quero. Depois, ao olhar para o espelho retrovisor, posso tomar conhecimento do inimigo que me segue. Estarei errada, João?
Um beijinho, Ana.

A. João Soares disse...

Querida Mizita,
Sem dúvida quie é preciso olhar para o espelho retrovisor, que é preciso não esquecer o passado porque dele se tiram lições que nos ajudam a evitar a repetição de erros antigos.
Não devemos é dedicar a esse espelho mais temnpo do que ao pára-brisas. O olhar o retrovisor é fugidio por muito curtos instantes.
Somoos (ou não) felizes agora, no presente, hoje, e devemos utilizar todos os recursos ao nosso alcance para vivermos bem agora. Já não podemos alterar nada do que aconteceu ontem mas podemos projectar, planear, programar aquilo que pretendemos para amanhã.
Creio já ter esclarecido a imagem utilizada do carro.
Sei que a Mizita viu bem isso, mas desta forma contribuiu para melhor clareza a fim de evitar que leitores mais apressados ficassem mais exposttos a choques trazeiros!

Abraço
João

Unknown disse...

Caro João,
o que a poetisa que visita provavelmente quis dizer é que nem sempre os sentimentos que o poeta revela têm a ver com o seu estado de espírito ou vivências suas, e aí ela tem toda a razão. Pelo menos no que me toca a mim, o que escrevo nem sempre tem a ver comigo, mas é o retrato fiel de como vejo e sinto as situações mesmo não sendo minhas.

Eu sei que nem sempre as pessoas gostam de ler artigos tristes, mas penso que tenho mais tendência para escrever neste estilo.

Beijinhos,
Ana Martins

Unknown disse...

Peço perdão pela falha, beijinhos aos restantes colegas e comentadores e sempre grata pelo vosso parecer em relação ao que escrevo.

Ana Martins

Adelaide disse...

Querida Ana Martins,

Não, não deixe que suas mãos chorem.
Se suas mãos chorarem, outras mãos chorarão.

Lindíssimo poema. Como sempre os meus parabéns.

Milai / Mara

Pedro Ferreira disse...

Não sei se é o apelido Martins que me atrai, o mesmo por parte materna mas não, não creio.
Sei sim, que já me habituei a procurar o seu nome porque gosto muito das suas poesias.

Parabéns, é linda.

Pedro Ferreira

Unknown disse...

Olá Pedro,
fui procurar o seu blogue, mas vi que ainda está numa fase embrionária, quero no entanto dizer-lhe que muito me alegra o seu gosto pelo que escrevo.

Beijinhos,
Ana Martins