Caros amigos,
Acabo de ter conhecimento através dum amigo, de que o PS, se ganhar as eleições, pensa retirar aos cidadãos o direito a férias pagas. Isto merece um texto meu, porque defendo a garantia de bens essenciais a cada cidadão, como referi num comentário que acabei de fazer aqui neste blogue.
A ser aplicado o 'roubo' desta regalia, no caso da formação dum EVENTUAL governo maioritário do PS, pergunta-se:
01. E os que não precisam dessa regalia para terem faustosas férias em hotéis de luxo, vão poder ao menos continuar a dar aos cidadãos que vão ter de ficar em casa, por não terem dinheiro para ir de férias, o prazer de verem os iates deles, pela televisão, a deslizarem, serenos, pelas praias do País?
02. E os que não vão continuar a usufruir de férias pagas vão, ao menos, poder continuar a assistir pela televisão às notícias sôbre os roubos que certos ladrões, camuflados de gestores idóneos, cometem constantemente?
03. Ou a levarem os seus filhos à praia em autocarros ou combóios atulhados de gente na busca do seu direito a um espaço na praia, mesmo que o espaço na areia seja de 2 metros quadrados e o mar esteja impregnado de urina de quem se julga no direito de não ter de deslocar-se aos sanitários públicos (se existentes)?
04. Ou a ter a possibilidade de levar um farnelzito para toda a família, mesmo que com um simples garrafãozito de vinho medíocre, até ao parque mais próximo?
05. Ou irão poder ter o direito a ir ao médico tratar-se de todo o stress e desconforto psicológico que lhes dá o facto de terem de trabalhar, sem mudar de ares, todo o ano?
06. Ou terão estes, qualquer dia, a surpresa de passar a ser-lhes exigido pagar licença de TV?
07. Ou os ladrões já serão tantos que nem sequer sabem se o que recebem no fim do mês lhes vai ser retirado para pagar os buracos que eles fizeram na economia do País?
08. Ou o preço dos bilhetes dos transportes vai subir de tal maneira que já nem de casa podem saír, em dia de descanso?
09. Ou o ordenado deles vai ficar tão reduzido que já nem para o farnelzito dá?
10. E aos outros barrigudos indecentes, o que é que o governo lhes tirará? Um aumento de ordenado para que não possam comprar o último grito duma cadeira de rodas quando o peso da barriga já lhes tiver tirado o direito a caminharem?
E depois de tudo isto? Vamos continuar a dormir para não agravarmos a nossa depressão? Durmam, durmam e depois não venham queixar-se que dói porque, nessa altura, já nem os Serviços Médico-Sociais trabalharão de graça.
Maria Letra
10 comentários:
Querida Mizita,
Este teu texto, que é uma forma
de descermos mais para dentro do poço se o PS voltar a ganhar as eleições, fez-me ficar preocupada e triste. Será que as pensões que se recebem a dobrar em Julho, para férias, e em Dezembro, para o Natal, será que vai ser retirado? Não posso acreditar. Isso seria demais para quem ansiosamente espera por esses dois meses para, muitas vezes, pôr a vida em dia e ter um pouquinho mais largueza financeira!
Espero ver mais comentários.
Beijinhos
Milai
Querida Mizita,
Infelizmente isto não é novo pois no tempo do Mário Soares também houve um corte do 14º mês, que depois o então Ministro do Trabalho, diz-se que se abotou com esses dinheiros! O Mal já vem de trás como se vê!
Um Xi.
Pois é, meus amigos, se este plano se concretiZASSE, posso dizer-Vos que ficaria bem receosa das consequências ...
Um abraço e obrigada pelos comentários.
Maria Letra
Querida Mizita,
Recuso-me, com o meu optimismo, a acreditar nisto. Pode ser um balão de ensaio para apalpar o sentimento do povo. Se até amanhã de manhã não aparecer uma explicação convincente a negar isto, transcrevo este seu texto para os meus blogues.
Os nossos políticos, salvo eventuais excepções, são capazes disto e de pior. O mestre deles é o Chávez e também o Zelaia das Honduras, mas este já recebeu uma lição, um aviso muito calmo.
Abraço
João
Amiga Mizita,
Eu já não sei de nada, pode bem ser verdade, já tinha ouvido rumores...
mas como diz o amigo João, pode ser que se queimem de vez.
Beijo
Ná
A admitir como verdadeira, esta notícia, escrevi o que penso, independentemente do que o PS seja ou não capaz de fazer se ganhar as eleições com maioria absoluta. É ou não verdade que o povo português está a sofrer? Ora bem, se é assim, será que aguenta por muito tempo este estado de coisas?
Tanto para esclarecer possíveis más interpretações sôbre a minha forma de pensar em relação a soluções sôbre problemas mundiais, em consequência de má gestão política, eu queria aqui sublinhar um pormenor MUITO importante, dos meus desabafos, nos quais tenho vindo a pensar: NUNCA, EM NENHUM DELES, DEFENDI O RECURSO À FORÇA DAS ARMAS COMO SOLUÇÃO DOS PROBLEMAS QUE VIMOS ENFRENTANDO. O que defendo, isso sim, é o recurso às batalhas corpo a corpo, entre os que acharem que só podemos resolver os problemas através da violência, mas que os chefes de governo que forem a favor dela, sejam os primeiros na fila de combate. Não é justo envolver em guerras pessoas inocentes que têm amor à vida. Há outras soluções bem mais eficazes.
Uma outra coisa que me preocupa é o cada vez mais acentuado fanatismo religioso de certos povos. Isso é outro grande problema para o qual a minha medíocre capacidade de análise, nesse campo, não vê solução, a não ser a duma reforma mundial de educação dos jovens, a começar nos primeiros anos de escola.
Boa noite.
Maria Letra
Querida Mizita,
Estou inteiramente de acordo com as suas ideias! Como sabe sou militar e entendo que a sua existência deve ser um obstáculo à guerra, devemos previlegiar os consensos e entrar em acordos. Infelizmente as grandes potências servem-se dos seus exércitos para esmagarem os pequenos que lhes pretendam contrariar as suas vontades ou mesmo só não colaborando com elas. Como disse noutro comentário no Miradouro acresce agora que aos 8 grandes se juntaram 3 outros países que pela sua densidade populacional (Brasil, India e China) também se tornam importantes nas estratégias de supremacia mundial.
Tudo isto debaixo da orientação do chamado "Clube Bidelberg"!
Um abraço muito amigo.
Sim, meu amigo, o problema muitas vezes é tornar os acordos viáveis. O Clube Bidelberg é mais um grupo como tantos outros que sabemos anti-democráticos, que efectuam reuniões clandestinamente, mas que acabam sempre por serem do conhecimento de quem sabe bem por onde se movimentam. Porque é que as suas reuniões são, normalmente, 'clandestinas' ? Porque escondem grandes manigâncias. É tudo demasiado complexo, Luís, para ser comentado aqui. Actuando em campos diversos e com objectivos, por vezes diferentes, tivemos sempre esses Grupinhos maioritariamente bem organizados, que cobrem os seus verdadeiros intentos dizendo-se, por exemplo, de tendência religiosa, de defesa disto e daquilo ... enfim. Depois, Luís, quando penso nos Templários, nos Rosa Cruz, nos Opus Dei, etc, etc., eu continuo a acreditar que, por detrás duma objectivo de tendência religiosa ou mesmo política, o que existe de verdadeiro é os mesmos protegerem a defesa de valores que nada têm a ver com uma desejada comunhão de esforços para que haja união entre as pessoas, provocando 'gaps', cada vez mais difíceis de ultrapassar pela complexidade da situação mundial, em geral.
Eu já tinha passado por o seu blogue e lido parte dos seus textos, mas eles são tão longos que eu necessito de tempo para ler tudo e, portanto, não comento. Acabei por encontrar um ou dois, mais curtos, no blogue "Do Miradouro", os quais comentei. Isto não é uma afirmação negativa. Bem pelo contrário. Os seus textos, Luís, têm muito interesse, o problema é que, para além do referido tempo de que necessito, são comentados acontecimentos que desconheço em absoluto e, portanto, nem quero pronunciar-me.
Um grande abraço.
Maria Letra
Querida Mizita,
Tenho consciência que por vezes os meus post's são longos mas dificilmente se poderão reduzir sem que se altere o sentido do que se pretende dizer. Mas serem lidos já cumprem grande parte da sua missão e eu sei que a Mizita tem pouco tempo e para se comentar por vezes leva a que tenhamos muito tempo para o fazer convenientmente. Como sempre e como todos os nossos companheiros são uns queridos amigos que acompanham o que dizemos uns aos outros numa comunhão de pensamentos que gostaríamos de ver passada para o Mundo cão em que vivemos.
Um beijinho muito amigo.
Amigo Luís,
Estou perfeitamente de acordo consigo. Um tema mais complexo é sempre difícil resumir pois perderá detalhes que convém referir. Não é aqui que eu encontro qualquer problema. A minha dificuldade está no facto de certos temas, sobretudo de natureza política, precisarem de serem lidos com muito mais tempo disponível e é aqui que reside o factor tempo. Mas eu acabo sempre por ler, até porque, estando longe, me interessa. Por vezes não comento porque, como disse acima, não estou bem dentro do tema do texto e, portanto, prefiro reflectir, a comentar.
Se tiver a curiosidade de ver a que horas escrevo este comentário verá porque me queixo de falta de tempo. Mas o que faço, faço com gosto. É esta a minha grande vantagem sôbre o tempo que dedico à leitura, em vez de descansar.
Um grande abraço.
Maria Letra
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