20/07/2009

Candidato ecológico

Embora nem sempre tenha achado interessantes algumas das suas intervenções, considero que a recente promessa de Filipe Menezes não usar cartazes na sua campanha autárquica deve merecer o apreço dos eleitores do seu concelho.

Num momento em que está em marcha o movimento Limpar Portugal, a que todos os portugueses esclarecidos e com noções de civismo devem aderir a fim de remover o lixo actualmente existente pelo País e evitar a produção e dispersão de mais, não usar cartazes é uma forma de combate contra a poluição visual e a provocada pelos pedaços de papel que acabam por se desprender e cair pelo cão. Por outro lado, se tal medida, fosse seguida pelos outros candidatos, poupar-se-ia uma quantidade de árvores e de vegetação por o fabrico de papel ser feito com o sacrifício da floresta.

Na época da informática e da Internet será mais ecológico transmitir mensagens esclarecimentos e programas através de meios digitais que nada ferem a Natureza. E hoje só uma estreita franja da população não tem acesso à Internet, directamente ou por intermédio de familiares e amigos.

Por tudo isso, o candidato autarca está de parabéns e merece toda a consideração e ser apontado como exemplo a seguir na protecção do ambiente e da Natureza. (Ver o popst Há horas felizes).

7 comentários:

Fernanda Ferreira - Ná disse...

Querido amigo João,

Subscrevo e assino por baixo.
Exemplo a seguir sem dúvida...a poluição sonora já chega e sobra!!!
Como se não chegasse dizem asneiras e fazem falsas promessas ao povo, só sujeira...dispensamos a lixeira dos cartazes inestéticos com caras assustadoras, de lobos disfarçados de carneiros e não só, há por aí candidatos/as que nos assustam em cada esquina.

Menos lixo e menor desfalque nos bolsos dos contribuintes.

Beijinhos
Fernanda Ferreira

Maria Letr@ disse...

Estou de acordo, João Soares. Além da poluição, há o facto de colocarem a fotografia dos candidatos e ... 'quem vê caras não vê corações' .... Há sorrisos que nos arrepiam até à medula, porque sabemos bem o que está por detrás deles.
Maria Letra

A. João Soares disse...

Minhas caras amigas Ná e Mizita,
Em conversa de amigos já fui advertido de que não se deve generalizar, porque entre os políticos poderá haver, eventualmente, excepções, isto é, alguém que seja honesto e merecedor do nosso respeito.

Abraços
João

Maria Letr@ disse...

Amigo João Soares,
Uma chamada de atenção altamente pertinente. Contudo, não volto a trás com nada do que tenho afirmado. Respeito e admiro pessoas honestas, excluo dessa minha admiração, os políticos. Do primeiro ao último, todos defendem um partido ou uma solução alternativa que protege interesses, sejam eles de que natureza forem. O meu mais elevado respeito e o meu pedido de desculpas aos seres de boa-vontade que defendem a justiça social. Eu sei que esta palavra está gasta por certos partidos que são, igualmente, defensores de posições extremas a coberto da defesa desse direito, mas eu não me refiro a essa justiça social. Refiro-me à justiça social que tem como única fonte de inspiração o amor pelo próximo, a começar pelo vizinho do lado que posso nem conhecer.
Saiba que o admiro muito e não me recuso a aceitar a achega de quem fez o comentário que referiu, pois tem razão. Quero, no entanto, deixar aqui bem clara a minha posição, motivo mais do que fundamentado para que eu, quando iniciei a minha colaboração neste blogue, ter evitado ler ou falar de injustiças sociais que sabia, sei e saberei sempre, serem provenientes de políticas erradas e onde cada filiado puxa a brasa à sua sardinha. Lamento, amigo João, mas estou farta deles. Aceito a posição dum homem de bons princípios e de grande coração, mas não a dum político, qualquer que seja a sua tendência. Quase sempre traz água no bico.
Peço desculpa se me excedi, mas eu não falseio posições minhas. Sou demasiado transparente para o fazer.
Um grande abração, amigo.
Maria Letra

A. João Soares disse...

Querida Mizita,

Por vezes a ironia é muito traiçoeira por passar despercebida. Repare na frase de que vou enfatizar duas palavras: «poderá haver, eventualmente, excepções,»

Como eles têm a minha cabeça a prémio (!!!), tenho que usar estes cuidados.

Um abraço
João

Maria Letr@ disse...

Claro, amigo, mas talvez não tivesse passado assim tão despercebida, o que teria, inconsciente e eventualmente, dado causa à minha pronta reacção de ser frontal, antes que haja mal-entendidos. Eu não acredito na necessidade de formar partidos, porque eles pressupõem-me a necessidade de defender interesses, jogar com situações, etc.. Eu acredito, isso sim, na reconstrução de mentalidades e na formação de jovens, futuros homens, respeitando o princípio do provérbio: "não faças aos outros o que não queres que te façam a ti mesmo". Mas está bem. Isto tudo tem depois muitas implicações, mas não vou estar aqui a alongar um comentário que deveria ser simples. Há bens básicos, ESSENCIAIS a cada ser humano, que deveriam ser garantidos a todos os cidadãos dum país, oriundo dele ou não. Desde que seja nele residente, independentemente da sua raça ou da sua etnia, tem direito a ser respeitado e usufruir dos referidos bens. Nestes bens básicos incluo o conforto que lhe possa aliviar o seu dia-a-dia de trabalho, seja em casa ou fora de casa. Portanto, essencialmente: casa, assistência médica absolutamente gratuita (ou só quem pode pagá-la é que tem direito à saúde?), formação cultural respeitando a vocação de cada um (um médico será melhor médico quando o é porque ama o seu trabalho) uma viatura por família, etc.. Mas tudo isto a nível mundial, senão continuaremos a ver morrer de fome gente a quem não foi dado o direito de viver. Quem me lê tem o direito de saber com o que conta. Não esperem nunca que defenda os que fecham os olhos a um mundo em verdadeira degradação por causa da DIFERENÇA DE IDEOLOGIAS RELIGIOSAS, DIFERENÇAS NA OPÇÃO PARTIDÁRIA, etc. Isto é um assunto que mexe com a minha sensibilidade, embora também esteja ainda em reconstrução.
Um grande abração.
Maria Letra

A. João Soares disse...

Querida Amiga Mizita,
Um belo comentário, repleto de valores morais, sociais e, porque não, verdadeiramente democráticos.
Os políticos, ocasionalmente, sobem até o pedestal bíblico, mas só por palavras porque nas suas acções, o amor ao outro é apensa um mito mal dissimulado.

Beijos
João