12/07/2009

Gentalha ... p'rá batalha ... mas eles que fiquem na fila da frente.

Deixem-me gritar e clamar bem alto,
Por milhões de seres vivendo em dor,
E cujo sofrimento eu exalto,
Fiel, que sou, à força do AMOR.

São já milhões os pobres inocentes,
Em sofrimento atroz por tanta guerra,
Com o recurso a armas tão potentes,
Que podem destruir a própria terra.

Disputas de interesses, de ganância,
Invadiram sistemas, em nações,
Para os quais nada serve a importância
Dos direitos humanos, sem excepções.

São valores que procuram camuflar
Com estudadas leis, feitas a seu jeito,
Contudo, esse tratado a respeitar,
Não é uma coisa vã ..., é um direito!

Cessem as armas, guerras e agressão,
Provocadas por gente que se diz
Detentora da força da razão,
Mas não passam dum molho de imbecis.

E se querem lutar, que sejam eles
Os primeiros da fila, essa gentalha.
Façam esta opção, que é menos reles,
Voltem de novo às lutas, por batalha!

Maria Letra

14 comentários:

Maria Letr@ disse...

Amigos,
Perdoem-me comentar este meu poema, acabado de sair ... fresquinho e sentidinho, mas tinha um esclarecimento a fazer ao amigo João Soares, que é o seguinte:
Não tendo conseguido passar para português, de forma aceitável, o poema que, há dias, deixei aqui publicado em inglês, fiz este que, espero, passe a mensagem do original. Espero seja aceite como cumprimento da promessa que lhe fiz.
Obrigada e um abraço a todos.
Maria Letra

A. João Soares disse...

Querida Mizita,
Muito grato pela atenção. Isto é Um grito de alerta aos responsáveis que, no tocante a guerras, mais parecem irresponsáveis e inimputáveis, pois os milhares de mortos, por exemplo no Iraque (o caso mais recente) não são «lavados» por qualquer processo de raciocínio ou justificação lógica. Quem ganhou com este morticínio, o desgaste de património histórico, cultural e artístico e os haveres das pessoas? Só os industriais de armamento e equipamento militar e os dos combustíveis. O mundo não pode continuar a ser imolado impunemente por estes ambiciosos sem a mínima sombra de escrúpulos e que agem com a cobertura de políticos, ditos democráticos, eleitos por cidadãos que agem estupidamente como ovelhas ao elegê-los para dirigentes dos destinos dos seus Estados.
O mundo tem que mudar urgentemente.

Beijos
João

Luis disse...

Querida Mizita,
Por mim está totalmente perdoada pois quem nos trás um poema como este tão lindo e tãoforte merece só o nosso aplauso. É lutadora e tem muita GARRA!!!! A propósito deste poema e não só vou-lhe enviar bem como atodos os SempreJóvens um e-mail que pelo seu "peso" não me atrevo a colocá-lo no Blogue. Senão e com razão me iriam "bater"...
Beijinhos e como costumo dizer à NÁ continue, continue que o seu andar é-nos muito agradável e enche-nos de Amor e Felicidade!!!!

Maria Letr@ disse...

Amigos João e Luís,
Obrigada pelos vossos comentários.
Continuando imobilizada por o meu pé que continua a doer-me forte e feio, recorro às mãos e comunico.
Beijinhos.
Maria Letra

Adelaide disse...

Querida Mizita,

Depois de ler este teu poema tão verdadeiro, profundo e actual fico a pensar como nunca me apercebi desta tua capacidade! De que mais és tu capaz que eu não sei?


Beijinhos
Milai

A. João Soares disse...

Querida Mizita,
Não resisti à tentação de colar este seu belo poema no meu blog, com uma nota a integrá-lo no conjunto de posts sobre o tema.
Neste nosso blog SJ já somos três a defender a mesma tese, A Mizita, o Luís e eu.

Beijos
João

Maria Letr@ disse...

Amigo João,

Tal como disse ao Luís, podem usar o que escrevo nos blogues, sempre que o desejarem, sem necessidade de me comunicar. Será uma honra para mim. Obrigada por isso mesmo.

Maria Letra

Fernanda Ferreira - Ná disse...

Amiga Mizita,

Não podia estar mais de acordo com os nossos colegas e amigos, todos sem excessão.

Força, determinação e saber, presentes neste belo poema.

Parabéns

Maria Letr@ disse...

Obrigada, Ná. Estou rodeada de gente simpática, neste blogue onde colaboramos com tanto gosto.
Beijinhos.
Maria Letra

Vitor Chuva disse...

Olá Maria Letra!

Bonito poema este, que muito diz sobre o mundo em que vivemos. Os comentários já foram quase todos feitos, por quem chegou primeiro.
Só queria fazer um "comentário" sobre o repto que lança aos senhores da guerra para que sejam eles a expôr-se na frente de batalha. Essa gente de espírito romântico ou cavaleiro nada tem, como sabe; alguns não passam de gente sem escrúpulos - receio que não irão fazer-lhe a"vontade"...

Um abraço.

Vitor Chuva

Unknown disse...

Mizita,
este é sem dúvida um poema que de força e com muito peso que deveria ser lido por todo o mundo mas principalmente pelos impulsionadores da guerra, esse bando de monstros sem sentimentos!

Bem-Haja!

Beijinhos,
Ana Martins

Maria Letr@ disse...

Agradeço muito todos os lindos comentários e, sobretudo, não só o facto de me ser dada razão mas, também, à união de força que estamos a gerar no sentido de destruir, através da denúncia, situações que estão a deixar de rastos este e outros países onde impera a lei da pouca vergonha e da desumanidade. Enquanto há corações que batem forte, por amor a quem precisa e sofre, há outros tantos que batem por ambições que geram ódio.
Aproveito para dizer à minha amiga Ná, de há tantos anos, que escrevo desde os meus 12-13 anos e que pessoas que nem sequer conheço, conhecem mais os meus poemas do que a minha família a quem, salvo raríssimas e distantes ocasiões li o que escrevo. Sempre armazenei o que escrevo porque penso que a poesia é uma manifestação muito de cada um e que só interessará, talvez, ao próprio. Por muito que agora me digam que estou errada, nunca me senti à-vontade para revelar o que escrevo. Foi este contacto virtual que me permitiu ter a coragem que me faltava. A família só soube que o meu avô era poeta, quando morreu.
Confessado este pormenor, resta-me pedir-vos que ... escrevam até que a mão vos doa, repito e gritem bem alto o que está errado. Quem sabe, repito de novo, "levaremos a nossa carta a Garcia".
Um abraço.
Maria Letra

Unknown disse...

Mizita,
em relação este este seu último comentário, como a compreendo, só depois de criar o meu blogue é que a família teve conhecimento que eu escrevia, isto com excepção do meu marido, filhos e pais.

Beijinhos,
Ana Martins

Maria Letr@ disse...

Querida Ana,
Talvez no nosso ocultar da poesia, exista uma certa timidez à mistura ou, mesmo, a nossa exigência em querer melhor de nós próprias. Fico feliz por encontrar alguém, nem que seja um pouco, como eu, nesse campo.
Peço-lhe perdão, Ana, se não tenho visitado o seu blogue. Se lhe contasse o quanto é pouco o tempo de que disponho, diariamente, para pensar em mim ...., perceberia bem porque tal acontece. Mas, se me permite, enquanto estiver mal do meu pé, irei até lá para deliciar o meu espírito. A sua poesia é linda, muito linda, Ana.

Um beijinho minha amiga.
Maria Letra