Escrever sobre os aspectos teóricos e práticos da possível criação de uma língua artificial global que substituísse o Inglês, não é tarefa fácil, no entanto foi-me lançado o desafio e eu gostaria de expor a minha opinião bem como conhecer as vossas.
É um facto inegável, que o Inglês tem uma carga político histórica considerável e que actualmente domina o Mundo, sendo considerada já a língua Universal. Mas também não é menos verdade que é uma língua cheia de complexidades ilógicas, especialmente no campos da gramática, da escrita e da fonética, o que torna a sua correcta aprendizagem uma tarefa extremamente desgastante.
Tendo presente estes factos, seria bom se os governantes de todo o Mundo chegassem a um acordo que favorecesse a promoção de uma nova língua com uma gramática completamente regular e com escrita e fonética mais acessível.
Apesar dos pontos acima referidos, devo lembrar que esta mesma ideia foi já considerada e concretizada, mas que entretanto, infelizmente provou ser muito difícil, se não impossível a sua implementação. Devemos ter em mente que, há pelo menos duas décadas atrás, houve uma tentativa "não sucedida" para introduzir o Esperanto.
Considerando todos os pontos e apesar de pessoalmente concordar com a ideia básica de uma nova língua, devo afirmar com toda a franqueza, que nos dias de hoje o Inglês é o idioma mais falado universalmente e que apesar das suas ambiguidades, é na minha opinião indiscutivelmente uma das línguas mais fáceis de aprender.
Contudo, também gostaria de salientar que este é um assunto controverso que precisaria de um debate intenso a nível internacional.
Se tivermos em conta a florescente economia Chinesa, ávida para dominar o mercado financeiro, a língua que deveríamos estar já todos a aprender deveria ser o Mandarim.
As futuras gerações enfrentam, num futuro breve, a necessidade de falar as línguas cujas economias se tornem dominantes. Mas… se os futuristas prevêem uma só língua artificial, esperemos que essa seja no mínimo completamente perfeita.
Resumindo, na minha opinião, este novo idioma seria de longe mais democrático e eficiente se realizável, mas será possível???
PS- Gostaria de salientar que este mesmo tema foi publicado no meu Blogue- Diverse texts and stories - no mês de Fevereiro, suscitando muitos comentários, especialmente por defensores do Esperanto, dos quais saliento,
“brian-barker
Hi Fernanda!
I'm not sure where you got the info that Esperanto is "unsuccessful?
Can I add the following! During a short period of 121 years Esperanto is now in the top 100 languages, out of 6,800 worldwide, according to the CIA factbook. It is the 17th most used language in Wikipedia, and in use by Skype, Firefox and Facebook.
Native Esperanto speakers,(people who have used the language from birth), include George Soros, World Chess Champion Susan Polger, Ulrich Brandenberg the new German Ambassador to NATO and Nobel Laureate Daniel Bovet.
Further information can be seen at http://video.google.com/videoplay?docid=-8837438938991452670 A glimpse of the language can be seen at http://www.lernu.net
05 February 2009 11:04"
Fernanda Ferreira
8 comentários:
Cara Fernanda,
Sou avesso à aprendizagem de línguas, limitando-me a perceber fracamente o Inglês, o francês, o espanhol e um pouco de italiano quando escritos. Mesmo no Português não sou uma perfeição!!!
Mas, como já existe o esperanto, talvez fosse de o aperfeiçoar nalgum aspecto menos fácil e avançar com ele. Seria bom haver uma ferramenta que permitisse boas e fáceis relações entre todos os seres humanos.
Espero que aqui apareçam bons comentários.
Um abraço
João Soares
Caríssima Fernanda,
Sou muito pelos consensos mas desta vez discordo.Porquê perguntar-me-a? Porque tudo que universalize e globalize torna-se perigoso para todos nós permitindo-se que uma "força universal" nos conduza a uma "escravatura soft" mas não deixando de a ser. Actualmente, sem o sentirmos estamos a ser empurrados " meigamente" para um estado universal cujo comando nos foge ao controlo. Não é pela diversidade das línguas que vai mal ao mundo! Nem Nacionalismo exacerbado nem tão pouco Universalismo "bacoco". Tudo no meio termo é que parece mais consentâneo com a realidade da Vida! As próprias religiões assim o confirmam! Não há Verdades Absolutas! E por agora por aqui me fico com tristeza por não poder estar de acordo convosco, pessoas que já muito prezo!
Olá amigos João e Luis,
Este tema é polémico por natureza, e é bom que o seja. Espero muitas opiniões diversas.
Eu pessoalmente adoraria ser uma verdadeira poliglota, tenho naturalmente o chamado "flair for languages", deve ser inato.
O que se pretende aqui é tão somente saber se os povos de tudo o Mundo beneficiariam com uma nova e única língua, Esperanto? porque não? Claro que estamos no reino do faz de conta, eu acho, por alguma razão eu deixei a pergunta no ar.
Mas... e se...
Exacto!
Beijinhos a ambos,
Fernanda
Querida Fernanda,
Este teu texto deu-me a volta à cabeça! Puseste-me numa situação de completo embaraço. Nunca soube que essa ideia chegou a ocupar certas mentes desenvolvidas. Seria bom, isso não digo que não, que todos nos entendessemos com uma lingua só. Estaria resolvido o problema do chinês que até exalta os nervos de cada um. Já para não falar de outras línguas que tais. Só que tal ideia me parece uma verdadeira utopia. Como poderia uma língua só ocupar o planeta por inteiro, pelo que compreendi na tua exposição.
És um poço de temas interessantes e invulgares. Por isso te admiro.
Verdade é que chegaste e venceste. Até já no Messenger.
Agraço
Milai
Amiga Milai,
Quanta honra...um comentário teu desta natureza vale tanto para mim, tu sabes disso!!!
Percebeste lindamente, mas a ideia não foi minha, até porque o que seriam das nossas profissões??? Tradutores, Interpretes, Professores de Línguas, eu sei lá, um sem fim de profissões terminariam pura e simplesmente, mas... já se experimentou...o Esperanto existe, portanto utopia ou não, pode acontecer...
Beijão amiga,
Volta mais vezes, por favor.
Ciao bella
NÁ (Fernanda)
Olá Fernanda, pode até não ser utopia, mas que é extremamente dificil é, e depois seria o afundar de um sem numero de profissões, como tu mesma o disseste. E com toda a certeza não seria aceite por muitos povos, iria mexer com mentalidades, culturas e até mesmo com o berço de cada país.
Beijinhos,
Ana Martins
Olá amiga Ana,
Conforme já referi anteriormemte e está inplícito no meu texto, eu também concordo...por alguma razão o Esperanto não vingou, mas...
Beijinhos
Fernanda
Tema polémico mas sempre actual.
Muito bem exposto, como sempre,
Beijo
José Ferreira
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