É inegável que as grandes cidades são mais apelativas não só para a juventude mas também para os jovens casais que ainda estejam a lutar por uma vida própria.
As grandes cidades estão a fervilhar de gente, de manifestações artísticas, divertimentos, de escolas de altíssima qualidade e diversidade que correspondem aos mais altos padrões de exigência, isto para não mencionar entre muitas outras mais coisas, a questão da oferta de emprego.
Se a tudo isto for adicionado o facto da assistência médica, nos modernos hospitais e clínicas disponíveis 24 horas por dia, os quais nos asseguram mais tranquilidade nos momentos de desespero, sobretudo quando a assistência médica é urgente, então ninguém sairia da cidade.
No entanto, quase todas as grandes cidades são stressantes, poluídas, frequentemente, demasiado sujas, perigosas e com um custo de vida bastante mais elevado.
Apesar da aparente disponibilidade de transportes públicos, a movimentação das pessoas é um verdadeiro problema, uma vez que o grande grosso da mão-de-obra habita nos arredores das cidades e os seus empregos estão nos centros urbanos. Isto arrasta consigo outro problema, o do abandono das crianças, que como consequência mais imediata, raramente estão com os pais, o que aporta mais um sério problema de ordem social.
Em relação ao campo, as vantagens de poder beneficiar de ar puro, de ter uma moradia isolada em vez de um apartamento mínimo, a possibilidade de ter um jardinzinho para as crianças e os adultos estarem em contacto com a natureza, brincar em liberdade e longe dos perigos das cidades são bastantes tentadoras, mas…também há as suas desvantagens.
Para começar o problema da assistência médica, escassa e dramaticamente insuficiente. O outro grande problema é a falta de transportes públicos, quase inexistentes, sem carro próprio a vida é insuportável e para além de outras, no geral as pessoas estão afastadas de quase todo os acontecimentos ligadas às Artes.
Resumindo e concluindo, o local ideal para viver depende fundamentalmente nas nossas próprias perspectivas/conceitos/opções de vida. Se para algumas pessoas é impensável sair da cidade onde vivem felizes, achando que a vida no campo seria demasiado monótona, outras há que não seriam capazes de viver uma vida tranquila, cheia de vida, em pleno contacto com a natureza, cheia de ar puro, para quem, logo pela manhã, o chilrear dos passarinhos é o som que dá vida à sua existência.
Fernanda Ferreira
As grandes cidades estão a fervilhar de gente, de manifestações artísticas, divertimentos, de escolas de altíssima qualidade e diversidade que correspondem aos mais altos padrões de exigência, isto para não mencionar entre muitas outras mais coisas, a questão da oferta de emprego.
Se a tudo isto for adicionado o facto da assistência médica, nos modernos hospitais e clínicas disponíveis 24 horas por dia, os quais nos asseguram mais tranquilidade nos momentos de desespero, sobretudo quando a assistência médica é urgente, então ninguém sairia da cidade.
No entanto, quase todas as grandes cidades são stressantes, poluídas, frequentemente, demasiado sujas, perigosas e com um custo de vida bastante mais elevado.
Apesar da aparente disponibilidade de transportes públicos, a movimentação das pessoas é um verdadeiro problema, uma vez que o grande grosso da mão-de-obra habita nos arredores das cidades e os seus empregos estão nos centros urbanos. Isto arrasta consigo outro problema, o do abandono das crianças, que como consequência mais imediata, raramente estão com os pais, o que aporta mais um sério problema de ordem social.
Em relação ao campo, as vantagens de poder beneficiar de ar puro, de ter uma moradia isolada em vez de um apartamento mínimo, a possibilidade de ter um jardinzinho para as crianças e os adultos estarem em contacto com a natureza, brincar em liberdade e longe dos perigos das cidades são bastantes tentadoras, mas…também há as suas desvantagens.
Para começar o problema da assistência médica, escassa e dramaticamente insuficiente. O outro grande problema é a falta de transportes públicos, quase inexistentes, sem carro próprio a vida é insuportável e para além de outras, no geral as pessoas estão afastadas de quase todo os acontecimentos ligadas às Artes.
Resumindo e concluindo, o local ideal para viver depende fundamentalmente nas nossas próprias perspectivas/conceitos/opções de vida. Se para algumas pessoas é impensável sair da cidade onde vivem felizes, achando que a vida no campo seria demasiado monótona, outras há que não seriam capazes de viver uma vida tranquila, cheia de vida, em pleno contacto com a natureza, cheia de ar puro, para quem, logo pela manhã, o chilrear dos passarinhos é o som que dá vida à sua existência.
Fernanda Ferreira
13 comentários:
Cara Ná,
Faz aqui uma boa descrição da vida urbana e rural. Hoje há muita gente a procurar viver no rural. Há poucos anos li um artigo que fazia prever que muita gente passasse a trabalhar em casa recebendo ordens e enviando trabalhos pela Internet. E possível para contabilistas, consultores etc. Isso permitiria viver no campo e fazer mais companhia aos filhos por não ter horário de trabalho rígido.
Os inconvenientes que aponta bem podiam se atenuados pelas autarquias.
Um abraço
A. João Soares
Olá Amigo João,
Sem dúvida, há cada vez mais gente a fugir das cidades, pelo menos até há muito pouco tempo atrás, contudo nem tudo são rosas. Nós viemos essencialmente pelo nosso filho e não estamos arrependidos…o marido era bancário, foi fácil a transferência...
As autarquias não sabem, não querem saber dos problemas das populações.
Acredite que estive hoje novamente a reclamar com a Câmara Municipal e por questões tão simples como a recolha do lixo, o corte de árvores autorizado pela Junta, mesmo aqui em frente à minha casa cujos troncos foram levados... mas a ramagem ficou no leito de um rego de água cristalina que aqui passa e nas suas margens, como se isto fosse natural, já cá estão há mais de um mês … eu já tinha reclamado o facto e até já cá esteve o fiscal.
Que fará o resto...
Se todos nós fizéssemos o melhor pelo cantinho onde vivemos, o País seria lindo, mas sabe como é!!!
Amanhã vai lá o meu marido apresentar as queixas por escrito.
Abraço
NÁ
Olá Amiga Ná,
Sempre que posso fujo para o Alentejo onde tenho uma casinha com um pequeno quintal (nada de ostentações) onde retempero das agruras da cidade. A minha mulher acompanha-me e até há pouco tempo também era acompanhado pelos filhos.
Agora cada um com a sua vida só nas férias isso acontece. Mas foi tempo em que todos os fins de semana se fazia o trajecto. Dizia-se por graça que havia o "síndroma" da sexta-feira, pois era uma "lufa-lufa" para se partir para lá o mais cedo possível. A "minha terra" como lhe chamo situa-se no Sudoeste, próximo de São Teotónio,
portanto junto ao litoral. É rodeada por um canal de rega o que nos permite ter um clima muito ameno, tanto no inverno como no verão. Como a compreendo quando faz a descrição da ruralidade onde ainda não há os malefícios citadinos. Claro que há outros inconvenientes como referiu mas tendo-se carro próprio isso atenua-se bastante em especial para Reformados como nós somos.
Meus amigos,
Ainda com uma lagrimita teimosa que decide rolar-me pela face sempre que penso numa filha que decidiu "fugir" para o campo, posso ser uma muito recente testemunha de que na verdade o campo está a despertar nos corações dos citadinos. Pergunto-lhe, às vezes, se não sente saudades da sua cidade. Mãe, no campo durmo melhor, nunca mais sonhei, acordo com os passarinhos, respiro ar puro, convivo
com pessoas puras de coração, vejo o mar ao longe, posso admirar os diferentes verdes da vegetação, admirar os regos de água cristalina que me rodeiam por todo o lado! Fico sem fala perante semelhante mudança, coisa que nunca tinha imaginado que pudesse acontecer com o 2º rebento que deitei ao mundo. Eu que toda sou da cidade.
O telefone dá-me a grande alegria de pelo menos lhe ouvir a voz que entoa felicidade.
Mara
Querida Amiga Milai,
Não te aflijas tanto só porque a tua filha "fugiu" para o campo, o meu filho "fugiu" para a Suiça... se são felizes porque não havemos de ser felizes nós por eles também???
Beijão da amiga,
NÁ
Milai ...essa das gentes puras de coração não me convenceu muito. lollol
Já vi casos de chacholada por causa dum desvio de rego de água. lolol
(é só para aliviar as lágrimas no canto do olho Milai. lol)
Sem dúvida que os benefícios são muito maiores.
Penas os governos não incentivarem o repovoamento rural do país.
Abraço
Miguel Amigo,
Tenho sempre medo desses repovoamentos pois muitas das vezes quem para aqui vem só vem estragar o bom que isto ainda preserva.
Quanto ás "chacholadas" por um rego de água isso é lá para Trás-os-Montes, que eu também conheço por ter trabalhado em Jalles, perto de Vila Pouca de Aguiar, e também ter daí costela.
Mas apesar disso também é gente boa e frontal, não há lá "rodriguinhos" como diz as-nunes.
Ó Luis, creio que se a malta se conhecer um dia, que espero bem, quando aí for, iremos os dois rir á brava durqante umas horas valentes, de tanta afinidade termos.
Aqui chamam-se (não sei se usavam esse termo quando aqui esteve) Mauricinhos e Patricinhas.
Caros Amigos,
Para vosso sossego ou não, aqui também há de tudo (exacto como na farmácia) ^_^
Depois aqui mais a Norte, as pessoas são mesmo "cuscas", demasiado para o meu gosto, embora eu tenha poucos vizinhos e o portão sempre fechado à chave.
No início deixava tudo aberto...até a porta de casa, a chave do carro na ignição, mas não mais, é que a privacidade que eu tanto prezo estava a perder-se... agora sim, está-se bem.
O vizinho oferece as batatas, nós damos cerejas. Se nos dá vinho verde (pois, o que ele produz) nós damos um Porto ou um dos meus licores caseiros..., as couvinhas para o caldo verde, os nabos, os grelos para as alheiras, uns chouricinhos caseiros, etc...nem vos passa pela cabeça o que nos oferecem...nós retribuímos sempre com as coisas que eles mais prezam, em última análise convidando-os para uma almoçarada de vez em quando.
A sério, mesmo, daqui eu não saio nem morta.
Beijinhos
NÁ
Amigas Ná e Mara,
Sair da cidade é motivador e muito saudável.
Como disse dentro em breve fugirei de vez para a "minha Terra", no Alentejo e espero que me venham visitar para verem o bom que é isto por cá.
Aí no Norte deve ser o mesmo pela experiência que tive quando ai trabalhei.
VIVA O CAMPO E A SUA PAZ E BELEZA!!!!!
Amigo Miguel,
Os seus comentários deixam-me sempre rir. É engraçado que, quando eu e a sua Mãe nos encontramos, o que, para minha pena, acontece muito raramente,
acontece o mesmo. Rimo-nos até dizer basta. E temos sempre tanto para falar!!! Consequentemente, muito motivo para rir.
Abraço
Milai
Querida Ná,
Tens muita razão, Só que as lagrimitas que aparecem teimosas acontecem no momento em que se vira uma página na vida duma pessoa. Uma mãe fica a pensar: será que foi escolhido o melhor caminho? No entanto, o verde da esperança cresce no meu coração e na minha alma. Será que vou terminar num arbusto verde do meu jardim?
Beijinhos verdes
Milai
Querida amiga Milai,
Nunca nenhuma mãe sabe a resposta à tua pergunta, se calhar nem os nossos filhos sabem bem, são opções de vida...
Por mim, em relação ao meu querido e único filho sei o que me custou, ainda doi, mas nós estamos sempre no coração um do outro e contactámo-nos quase diariamente (graças à Net), ele é feliz eu feliz sou.
Agora, a sério, quando vieres cá uns dias vais querer ficar no campo, garanto-te.
Vê este link
http://www.cm-vncerveira.pt/portal/page/vilanovadecerveira/portal_municipal
Beijinho
NÁ
http://cvssemprejovens.blogspot.com/
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