07/03/2009

QUISERA EU...



Quisera eu
Bradar aos quatro ventos
Que a paz na alma é o alimento
Que fortalece o carácter em construção,
Não deixar que sobreviva no pensamento
O rancor que também rege o sentimento
E envenena com vigor o coração!

Quisera eu
Discernir a indiferença
Fechar os olhos e sentir como quem pensa
Na atitude, onde pára o erro ou a razão,
Ser a vida a brotar com sapiência
Na arrogância a simpatia sem licença
Com acordes de amor e de perdão!


Ana Martins

4 comentários:

A. João Soares disse...

Querida Ana,
Mais um belo poema com um apelo à vida perfeita, aov~civismo. Uma óptima conjugação dos conceitos de paz, carácter, pensamento, sentimento, coração, razão, sapiência, simpatia, amor, perdão.
Que pena estas palavras andarem tão afastadas dos circuitos dos bem falantes que nos massacram com palavras vazias de conteúdo positivo!
Parabéns, e um abraço com votos de um bom fim-de-semana
João Soares

Táxi Pluvioso disse...

Quisera eu... que tenham um bfds

Adelaide disse...

Querida poetisa Ana Martins,

Que teimas em embelezar o nosso espaço com a tua inteligência e a tua facilidade em jogar com as palavras e em dar-lhes um significado profundo, que nos deixa a pensar! Terminas com o amor e o perdão, duas palavras que poderiam salvar o mundo.

Aceita o meu abraço e a minha admiração.

Mara

Maria Letr@ disse...

Vou atrever-me a deixar aqui, mais do que um comentário, uma auto-crítica, com um antecipado pedido de desculpa.
Hoje, verifiquei que teria acesso às "Poesias de Ana Maria" e, então, pensei:- Deixa cá ver bem o que escreve Ana Maria ... e fiquei impressionada. Escreve MUITO bem e tenho de dar a mão à palmatória. Deveria ter-lhe feito um comentário antes, só não o fiz porque não estava bem dentro da sua veia poética. Que fique bem claro que não aconteceu que não gostasse dos dois poemas que já tinha lido. Foi, tão somente, um breve "approach" que não me deixou bem dentro da sua poesia. Obrigada porque, também eu, adoro fazer poesia das coisas.
Maria Letra