O Vinho, especialmente o «generoso» ou «fino» como é chamado na região Duriense, e mais conhecido por «do Porto» ou ainda mundialmente por «Port Wine», será um dos temas que abordarei com regularidade neste Blogue.
Tinha já pensado fazê-lo, era um projecto em estudo para outro dos meus Blogues, mas porque não aqui??? Só espero conseguir que se apaixonem pelo tema e o vivam tão intensamente quanto eu.
Começo por explicar porquê o Barca Velha como primeira opção. Não sendo um vinho do Porto, é contudo um vinho da região demarcada do Douro, região pródiga para a produção de vinhos de altíssima qualidade. Este vinho é indubitavelmente o melhor vinho de mesa do país, reconhecido mundialmente como tal, ocupando sempre um lugar cimeiro na cotação mundial dos “Wine Experts”.
Gostaria que soubessem antes de mais, que tive a imensa honra de trabalhar na Empresa que o produz, mas muito especialmente de ter tido o privilégio de ter contactado de perto e aprendido a amar o vinho, com o célebre criador do primeiro Barca Velha, que foi lançado no mercado em 1952, o Sr. Fernando Nicolau de Almeida, figura emblemática da A.A. Ferreira, um ser único, um perfeito gentleman. Lembro-me que inventava perguntas para poder ir ao laboratório ouvi-lo explicar-mas, a linguagem do vinho só por si é lindíssima, ouvir ou ler a descrição de um vinho é uma coisa do outro mundo, mas não há ninguém capaz de o fazer como ele, ninguém mesmo.
Apesar de ser o Sr. Director Técnico, de ter verdadeiro “sangue azul” nas veias, ele próprio conduzia o seu lindíssimo Jaguar azul-marinho, sempre rejeitou chauffeurs e foi sempre a pessoa mais carinhosa que conheci na Porto Ferreira. Com ele trabalhava o Sr. Engº. José Maria Soares Franco (de quem falarei seguramente muito noutros textos), que lá ficou após a morte do Sr. Nicolau de Almeida até muito recentemente, o Sr. Eng.º Luis Vieira, bem como mais dois ou três jovens enólogos, dos quais destaco o actual responsável técnico do Barca Velha, o Eng.º Luís Sottomayor, sendo este o terceiro que o Barca Velha tem como “pai” desde que foi criado.
Transcrevo extracto de entrevista ao “terceiro pai do Barca Velha”, quando perguntado se haveriam diferenças no vinho desde a sua criação; “Algumas, mas muito pequenas. Resumidamente, diria que o Sr. Nicolau de Almeida gostava de Barcas Velhas mais robustos, o José Maria Soares Franco privilegiava a harmonia e eu, a elegância.”
Vamos agora ao vinho em si.
Chama-se Barca Velha por ser produto da Quinta do Vale Meão, no Douro Superior (Pocinho – V.N. Foz Côa). A única Quinta inteiramente implantada por D. Antónia Adelaide Ferreira, (1811 – 1896) a célebre e ilustre “Ferreirinha”. Junto à quinta ancoravam os “rabelos”, que podiam ser maiores ou menores e daí chamarem-se “barcas” ou “barcos”. A mais velha Barca, a que já não transportava pipas rio abaixo até ao entreposto, no cais de Gaia, acabou por dar o nome ao vinho. Em 2000 a produção do Barca Velha passou para a Quinta da Leda, após a aquisição da Ferreirinha pela Sogrape, sendo actualmente a Quinta do Meão pertença do Sr. Dr. Francisco de Olazabal, genro do Sr. Fernando Nicolau de Almeida, de quem seguramente escreverei muitíssimo e dos seus fabulosos vinhos, assim eu vos consiga cativar para este tema.
Este vinho foi criado à imagem e semelhança de um Porto Vintage (mais tarde explicarei melhor, mas que é basicamente o vinho do Porto de eleição) cumprindo-se assim o sonho do Sr. Nicolau de Almeida, o de criar um tinto de mesa que se assemelhasse em tudo ao que um Vintage tem de melhor. Ao ser engarrafado jovem, corpulento, robusto e sem tratamentos, (tal qual um Vintage) fica preparado para evoluir na garrafa e atingir o auge com o tempo e com a idade., fazendo com que seja o único vinho que ousa desafiar o tempo. Todos os outros vinhos, mesmos os actuais grandes tintos do Douro, são comercializados muito jovens, com apenas dois ou três anos. Por seu lado, o Barca Velha só é comercializado oito a nove anos após a vindima, e só nos anos excepcionais e conforme a sua evolução na garrafa é que é declarado como tal ou não, assim o último colocado no mercado é do ano de 2000, e curiosamente o anterior foi 1999, mas é raríssimo acontecerem dois anos consecutivos.
Vamos agora a uma prova de um Barca Velha de 1985.
Esta foi efectuada em Novembro de 2002 por Tiago Teles.
“É sempre um desafio beber um Barca Velha. Este já tinha 17 anos e foi bebido em prova cega. O nariz começou por ser doce, com aromas a marmelo, evoluindo depois para um nariz vinoso. Ligeiro caramelo. A boca é elegante. A acidez é agradável e os aromas equilibram com a boa concentração de sabor. Os taninos estão presentes, mas envolvidos no conjunto, contribuindo para um final moderado/longo.”
Castas: Tinta Roriz, Tinta Amarela, Touriga Nacional e Touriga Francesa
Curiosidade - Na CASA FERREIRINHA existe apenas uma garrafa da primeira colheita do Barca Velha – uma magnum de 1952, cujo valor é, hoje, incalculável.
Curiosidade - Destaque especial para o Barca Velha 2000, que ganhou o prémio de melhor vinho do ano.
http://www.nicolaudealmeida.com/Historias.htm - Não percam as histórias do Sr. Nicolau de Almeida e as imagens.
Fernanda Ferreira
Começo por explicar porquê o Barca Velha como primeira opção. Não sendo um vinho do Porto, é contudo um vinho da região demarcada do Douro, região pródiga para a produção de vinhos de altíssima qualidade. Este vinho é indubitavelmente o melhor vinho de mesa do país, reconhecido mundialmente como tal, ocupando sempre um lugar cimeiro na cotação mundial dos “Wine Experts”.
Gostaria que soubessem antes de mais, que tive a imensa honra de trabalhar na Empresa que o produz, mas muito especialmente de ter tido o privilégio de ter contactado de perto e aprendido a amar o vinho, com o célebre criador do primeiro Barca Velha, que foi lançado no mercado em 1952, o Sr. Fernando Nicolau de Almeida, figura emblemática da A.A. Ferreira, um ser único, um perfeito gentleman. Lembro-me que inventava perguntas para poder ir ao laboratório ouvi-lo explicar-mas, a linguagem do vinho só por si é lindíssima, ouvir ou ler a descrição de um vinho é uma coisa do outro mundo, mas não há ninguém capaz de o fazer como ele, ninguém mesmo.
Apesar de ser o Sr. Director Técnico, de ter verdadeiro “sangue azul” nas veias, ele próprio conduzia o seu lindíssimo Jaguar azul-marinho, sempre rejeitou chauffeurs e foi sempre a pessoa mais carinhosa que conheci na Porto Ferreira. Com ele trabalhava o Sr. Engº. José Maria Soares Franco (de quem falarei seguramente muito noutros textos), que lá ficou após a morte do Sr. Nicolau de Almeida até muito recentemente, o Sr. Eng.º Luis Vieira, bem como mais dois ou três jovens enólogos, dos quais destaco o actual responsável técnico do Barca Velha, o Eng.º Luís Sottomayor, sendo este o terceiro que o Barca Velha tem como “pai” desde que foi criado.
Transcrevo extracto de entrevista ao “terceiro pai do Barca Velha”, quando perguntado se haveriam diferenças no vinho desde a sua criação; “Algumas, mas muito pequenas. Resumidamente, diria que o Sr. Nicolau de Almeida gostava de Barcas Velhas mais robustos, o José Maria Soares Franco privilegiava a harmonia e eu, a elegância.”
Vamos agora ao vinho em si.
Chama-se Barca Velha por ser produto da Quinta do Vale Meão, no Douro Superior (Pocinho – V.N. Foz Côa). A única Quinta inteiramente implantada por D. Antónia Adelaide Ferreira, (1811 – 1896) a célebre e ilustre “Ferreirinha”. Junto à quinta ancoravam os “rabelos”, que podiam ser maiores ou menores e daí chamarem-se “barcas” ou “barcos”. A mais velha Barca, a que já não transportava pipas rio abaixo até ao entreposto, no cais de Gaia, acabou por dar o nome ao vinho. Em 2000 a produção do Barca Velha passou para a Quinta da Leda, após a aquisição da Ferreirinha pela Sogrape, sendo actualmente a Quinta do Meão pertença do Sr. Dr. Francisco de Olazabal, genro do Sr. Fernando Nicolau de Almeida, de quem seguramente escreverei muitíssimo e dos seus fabulosos vinhos, assim eu vos consiga cativar para este tema.
Este vinho foi criado à imagem e semelhança de um Porto Vintage (mais tarde explicarei melhor, mas que é basicamente o vinho do Porto de eleição) cumprindo-se assim o sonho do Sr. Nicolau de Almeida, o de criar um tinto de mesa que se assemelhasse em tudo ao que um Vintage tem de melhor. Ao ser engarrafado jovem, corpulento, robusto e sem tratamentos, (tal qual um Vintage) fica preparado para evoluir na garrafa e atingir o auge com o tempo e com a idade., fazendo com que seja o único vinho que ousa desafiar o tempo. Todos os outros vinhos, mesmos os actuais grandes tintos do Douro, são comercializados muito jovens, com apenas dois ou três anos. Por seu lado, o Barca Velha só é comercializado oito a nove anos após a vindima, e só nos anos excepcionais e conforme a sua evolução na garrafa é que é declarado como tal ou não, assim o último colocado no mercado é do ano de 2000, e curiosamente o anterior foi 1999, mas é raríssimo acontecerem dois anos consecutivos.
Vamos agora a uma prova de um Barca Velha de 1985.
Esta foi efectuada em Novembro de 2002 por Tiago Teles.
“É sempre um desafio beber um Barca Velha. Este já tinha 17 anos e foi bebido em prova cega. O nariz começou por ser doce, com aromas a marmelo, evoluindo depois para um nariz vinoso. Ligeiro caramelo. A boca é elegante. A acidez é agradável e os aromas equilibram com a boa concentração de sabor. Os taninos estão presentes, mas envolvidos no conjunto, contribuindo para um final moderado/longo.”
Castas: Tinta Roriz, Tinta Amarela, Touriga Nacional e Touriga Francesa
Curiosidade - Na CASA FERREIRINHA existe apenas uma garrafa da primeira colheita do Barca Velha – uma magnum de 1952, cujo valor é, hoje, incalculável.
Curiosidade - Destaque especial para o Barca Velha 2000, que ganhou o prémio de melhor vinho do ano.
http://www.nicolaudealmeida.com/Historias.htm - Não percam as histórias do Sr. Nicolau de Almeida e as imagens.
Fernanda Ferreira
13 comentários:
Olá, Fernanda
Estava aguardando um post seu para me dirigir a si, com duas finalidades:
1º.- apresentar-me : sou a Mariazita, colaboradora do Sempre Jovens, cuja colaboração suspendi temporariamente;
2º.- dar-lhe as boas vindas a este blog, onde já está perfeitamente integrada.
Pertence agora a uma equipa de elite.
Tenho a certeza que saberá corresponder.
Já deu para perceber que é “mulher de fibra” – é dessas que o mundo precisa.
Se nalguma coisa eu puder ser-lhe útil, disponha.
Desejo-lhe as maiores felicidades nesta sua nova função.
Em relação ao seu post, achei-o muito interessante.
Não sou especialista em vinhos, nem consumidora habitual. Talvez por isso, as raras vezes em que bebo, “exijo” um bom vinho.
Não conheço o Barca Velha, mas sei que é um vinho de grande qualidade.
Parabéns pelo post. Está muito bom.
Um abraço
Mariazita
Querida amiga Ná,
Esta tua descrição, feita de forma exemplar, é-me muito útil porque me debato sempre com o problema da minha ignorância no que diz respeito à história dos vinhos do Porto quando falo com amigos ingleses. Basicamente sei qualquer coisa, mas não passa daí. Conheci, com grande prazer, o Senhor Higgins da Sandeman, porque concorri a sua secretária quando era jovem, embora depois tivesse dado um rumo diferente à minha vida, tendo aprendido coisas importantes, mas que esqueci no tempo. Portanto, Ná, esta (e as próximas) será uma boa oportunidade de instruir-me nesse campo.
Vinho do Porto é o vinho que mais aprecio mas, curiosamente, fico sempre com dor de cabeça quando bebo um que não seja de qualidade superior. Por tal facto ... só posso comprar os mais caros ... se quero beber - se é que meio cálice é beber!
Um abraço.
Maria Letra
Olá Mariazita,
Muito obrigada pelo acolhimento...
Não hesitarei se precisar de ajuda.
Se aprecia um bom vinho, este é mesmo só para ocasiões muito especiais, preferencialmente a dois... é caríssimo...mas vale a pena, garanto-lhe.
Dar-lhe-ei todas as dicas para aceder a bons vinhos sem gastar fortunas, prometo-lhe
Beijinho
Fernanda
Amiga Mizita,
Sabe que a Sandeman a Ferreira (e não só) são actualmente propriedade da família Guedes, com o Sr. Fernando Guedes ainda á cabeça??? pois é!!!
O Barca Velha não é um vinho do Porto, é como percebeu um vinho(um dos melhores do mundo) mas de mesa.
Quanto aos vinhos do Porto, brevemente saberá tudo para fazer um brilharete junto as seus amigos Ingleses.
It's a promise!!!
Beijinhos da amiga,
Ná (Fernanda)
Cara Fernanda,
É bom conhecermos um dos principais tos da nossa exportação.
Para introduzir um pouco de humor, um amigo meu que foi MAI há alguns anos e desempenhou outros cargos de destaque, conta que costuma, num restaurante conhecido quando lhe perguntam: - e para beber? ele responde em voz sonante: - meia garrafinha de Barca Velha. o empregado vai lá dentro e regressa a dizer que não tem meia de Barca Velha. Ele responde, - Então traga meia de vinho da casa.
E assim se faz figura, perante os outros clientes!!!
Abraços
João Soares
Que vergonha! Sou mesmo ignorante no que toca a marcas de vinhos ... Mas não importa. Todos os amigos compreenderão. Eu até aprecio um bom vinho ... calma ... mas em ocasiões especiais, em boa companhia e saboreados com um daqueles belos pratos tipicamente portugueses que, feitos em Londres ..., não têm o mesmo sabor. Porquê? Talvez por causa de uma série de factores, tais como a água, por exemplo. Eu cozinho da mesma forma, aqui ou aí (e dizem que sou uma boa cozinheira ...), mas não tem o mesmo paladar. Isso não tem. Mas eu, para a semana, vou ser presenteada com umas coisinhas boas feitas pela minha mana ... Já me prometeu. Até pode ser que engorde, porque tenho trabalhado demais e estou, realmente, magra. Quem sabe o Barca Velha ajudaria?!? Mas eu bebo 1/3 de copo, não valeria a pena comprá-lo.
Um beijinho, Ná.
Maria Letra
Olá Fernanda!
O entusiasmo e paixão postos na apresentação deste primeiro capítulo sobre o novo tema por ti escolhido não deixam dúvidas quanto ao amor que ainda sentes por uma actividade a que estiveste profissionalmente ligada durante largos anos da tua vida.
Quanto aos atributos do vinho em causa, sobre os mesmos não me pronunciarei dado não ser entendido na matéria e, sobretudo, por não ter tido, até ao momento,provado de tão afamado néctar, com pena minha, confesso!
Parabéns
Vitor Chuva
Vitor, amigo...
Obrigada pelo comentário. Sabes bem como a tua opinião é importante para mim.
Para ti o que vou dizer a seguir não é segredo, já to contei, mas não resisto em dizê-lo publicamente. Todas as vezes que bebi, ou melhor provei Barca Velha, foi quando trabalhei na Ferreira.
Tinha em casa algumas garrafas, mas nunca tive a coragem de beber um vinho tão caro, bebi sim, muitas vezes, Reserva Especial Ferreirinha, Vinha Grande (só o tinto) o branco é uma novidade, e o Esteva que é um excelente vinho tendo em conta o seu custo. Tudo da Ferreirinha, actualmente Sogrape.
As minhas garrafas de Barca Velha foram quase todas oferecidas a amigos, ou como forma de agradecimento por algo muito especial, como ao médico que me tratou de uma enorme depressão, Dr. Leonardo Magalhães, ou ao ortopedista que tratou o meu marido, Dr. Vieira de Carvalho.
Cito os seus nomes propositadamente, para que saibam que ainda são lembrados.
Talvez um dia ainda venhamos a tomar uns copos deste néctar juntos, quem sabe???
Abração da amiga,
Fernanda
Amiga Fernanda,
também não percebo nada de vinhos, mas gostei do post, é uma forma de aprender um pouco sobre temas que não domino.
Beijinhos,
Ana Martins
UaU, Nota-se Bem a Paixão que ainda tem pelo tema. Exelente Profissional, sem mais a dizer..
Cumprimentos!!
Obrigada querido (^o^).
Eu sei quem é o anónimo... o Pedro Martins Ferreira, o meu filhote.
Sim tu sabes bem a paixão que tenho pelo tema.
Muitos Beijinhos cheios de ternura da mãe.
Olá Fernanda,
Gostei muito do seu post sobre o Barca Velha.
"Invejo-a" pois eu não irei "prová-lo" de certeza...pelo menos nos tempos que correm....mas, não sou pessimista, por isso quero crer que ainda algum dia terei "carteira" para o fazer.
Lá vai um "Duas Quintas" ou um "Cabeça de Burro". Para o dia a dia fico-me pelo Alentejo.....um Chaminezita para os mais pobrezinhos....
Agora, falando mais seriamente, fico ávida por aprender com os seus conhecimentos e aguardo também os seus conselhos sobre como comprar, como "bem" comprar, como beber um bom vinho.
Ganhou uma adepta para este assunto.
bj
--
ASSIS
Olá novamente Amiga Anabela,
Estou muito feliz por ter ganho pelo menos uma adepta, tens que vir cá a casa.
Não, não há Barca Velha, o último que conseguia a preço para funcionário (afinal ainda tenho lá amigos) cedi-o a um amigo louco por vinhos, especialmente Barca Velha.
Mas sim, podes crer, eu dou-te as dicas todas.
Vê este link http://www.lusawines.com/vinho.asp?ref=988
Ok, está um bocadinho caro para as nossas bolsas, mas então prova
o Meandro do Vale Meão 2005 -.http://osvinhos.blogspot.com/2008/06/868-meandro-do-vale-meo-2005-tinto.html.
Beijinhos,
Fernanda (NÁ)
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