Este poema dedico-o ao amigo João Soares, uma pessoa declaradamente dedicada à crítica política, crítica essa muito pertinente, embora não seja essa a minha tendência quando pego na caneta ou toco as teclas do meu pc:
O Senhor Governador
Está na cidade.
Bem falante,
Parece uma cassette.
O Senhor Governador
Promete ..., promete ...!
Divaga, ondulante,
Com um ar petulante.
Resiste com nervos de aço,
O homem que já não crê,
Nem luta, nem vê.
A arma que traz
Nunca disparou a favor da Paz.
É um amor de Doutor,
Este Senhor Governador ...
Maria Letra
5 comentários:
Olá Mizita, amiga !!!
Foi fácil fazer amizade com alguém como tu, directa, espontânea, inteligente e acutilante mordaz sem ser indelicada!
Adorei e compartilho.
Beijinhos
Fernanda
(Ná)
Querida Mizita,
Cuidado, não me apelide crítico, que não sou. Poderei ser um despertador, um sinal de alarme, uma criança ingénua que grita «o rei vai nu», mas não tenho saber nem fontes de informação para ser crítico. Isso não, como diria Ary dos Santos.
Sou um apaixonado pelo meu País, por aquela imagem que todos nós gostaríamos de ver sobreposta a este triste rectângulo. Quando vejo algo que em meu entender poderia estar melhor, chamo a tenção e aponto pistas para uma boa solução, respeitando aquele princípio de que «errar é humano» e, por isso, não chamando nomes nem ofendendo ninguém. É só para ajudar.
O seu poema é um bom relato jornalístico da chegada de Sua Excelência. A simpatia dele está bem visível. Mas, cuidado, nada de ilusões, porque simpatia, sem mais, não é um predicado abonatório. Há quem não goste de me ouvir dizer isto, mas explico. É preciso ver o que motiva o sorriso, a afabilidade, porque todo o vigarista tem de ser simpático para que nós lhe compremos o «vigésimo premiado».
E há quatro anos houve cidadãos que deram o seu voto em troca de promessas de muitos milhares de empregos, redução de impostos, etc, etc. e depois viram que a simpatia estava lá mas nua, sem qualquer realidade a vesti-la.
O Governador é sempre simpático e semeia sorrisos a toda a volta e dá beijos a qualquer idosa desdentada que lhe ponha a cara na frente, mas só durante a campanha de marketing!!!
Um abraço
João Soares
Obrigada, Ná. É para mim uma honra ser amiga de pessoas como tu.
Obrigada.
Boa, amigo João! Gostei, mas agradeço com um aberto e leal sorriso.
Obrigada.
Maria Letra
Olá Maria Letra,
gostei particularmente deste poema, é um retrato fiel dos nossos politicos em campanha eleitoral.
Parabéns!
Beijinhos,
Ana Martins
Sim, Ana, é realmente assim e todos nós deveríamos insurgirmo-nos contra os falsos demagogos, no acto das eleições. Só assim conseguiríamos pô-los fora da circulação ... mas ..., onde estão os verdadeiros? Bela pergunta!
Não gosto de política nem de politiquices, portanto, viro a página e escrevo ... escrevo ... escrevo. É a minha forma de esvaziar o meu saco.
Um grande abraço, Ana.
Maria Letra
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