06/04/2009

Adeus até ao meu regresso!

Aos nossos...que por la ficaram e que de lá vieram!

Não vejo nem sinto ninguém
Próximo não há alguém
Embarco só, sem esperança
Irmãos farei se tempo tiver
Quem conquistar, cuidar e amar
Certamente irei sentir o frio
E na alma e o estomago gelar
Mas os olhos, esses nem irão fechar
Dormirei quando voltar,
terei tempo quando zarpar
Agora, Fantasmas sinto,
Sinto seus olhos á espreita
Na mata escura,
São escuros como escura a noite é
Acordo tremendo sem nunca ter dormido
Nem paz, nem fé, nem amor, nem tempo para temor
Aperto-me no sabor da terra, afago de mãe perdida
Jurei contar um dia
Um dia de vida ter
Desde o dia que vim
Até ao dia
Em que voltarei a viver!

7 comentários:

Miguel Letra disse...

Luis,
de coração vos dedico esta "canção"!
Obrigado por tudo o que passaram!

Unknown disse...

Muito lindo... Parabéns!

Beijinhos,
Ana Martins

Sandokan disse...

Apenas uma rosa
Ela trazia na sua mão
Ao longe senti o aroma
Que o vento leve e suave trouxe.
Podia então sentir teus passos
Andando vagamente
No silêncio escondido
Para que eu não despertasse
Daquele sonho envolvente.
Senti então o barulho da porta
Que abria lentamente
Seu perfume dominava
Entrava nos meus sonhos
Invadia a minha alma.
Meu quarto perfumado
Era o aconchego, o
Meu refúgio, o meu pensar.
Espalhada na cama
Envolvida nos lençóis vermelhos
Elea chegava de mansinho
Nem pedia licença,
Já me enchia de carinho,
Beijava-me inteiro,
Deixava-me alucinado
Envolvia-me nos seus desejos.
Meus sonhos se foram
Ali estava ela delirando
Pelo meu amor.
Suas mãos atrevidas ela deslizava
Não temia os limites
E eu ali sonhava e vivia
Toda aquela magia
Todo aquele momento
De ternura e encanto.
Ah! Que belo sonho...
Eterno ele será
O dia que você existir,
Não precisa nem trazer a rosa
Traga apenas o seu coração
E sua alma cheia de amor
Que eu cuidarei da sua vida
E do seu amor.

Luis disse...

Companheiro Miguel,
Se assim o trato é porque sinto que afinal sempre nos acompanhou na nossa Odisseia ou pelo menos a compreende como poucos. Achei linda a sua "canção" e como já tive oportunidade de lhe dizer pessoalmente gostaria de a ver incluída no livro que se refere à minha companhia que esteve no Niassa, Moçambique. Muito obrigado pela sua bela atenção.

A. João Soares disse...

Caro Miguel,
É um prazer ver um jovem do pós Abril ter consideração pelos heróis do Ultramar, apesar da muita propaganda negativa que sobre eles tem, caído. A quase totalidade foi arrancada à sua vida normal para ir correr esse sacrifício que para muitos foi fatal.
Os militares não perderam a guerra. Ela estava politicamente perdida por erro de miopia dos políticos que acreditavam no «orgulhosamente sós», «na luta contra os irreversíveis ventos da história», no «Portugal unido do Minho a Macau» e outros slogans de loucura que nada correspondiam à realidade de organização, de administração de estratégia de desenvolvimento social e económico.
Com a descolonização rápida e estupidamente conduzida foram prejudicados os portugueses e os residentes nas colónias.
Mas, infelizmente, o problema não tem sido analisado com frieza e lógica desapaixonada.
Um abraço
A. João Soares

Táxi Pluvioso disse...

Sem relação com o post... para combater a insegurança o Governo já encomendou um para cada cidadão. Boa semana.

Fernanda Ferreira - Ná disse...

Amigo Luis,

BRAVO!!!

Sem palavras.

Abraço,