Numa pequena e remota aldeia do interior, surgiu um dia um sujeito bem falante e bem posto, anunciando estar disposto a pagar 10 euros por cada burro que tivessem para lhe vender. Havendo-os em grande quantidade, o sujeito foi comprando, chegando às centenas, até que a oferta, naturalmente, começou a escassear. Nessa altura, subiu a preço para 20 euros, como forma de incentivar os aldeões a continuarem a procurar mais burros, não só lá pela aldeia, mas também em redor, e lá pareceram mais alguns!
Mas, burros para venda eram cada vez menos, e de novo ele subiu o valor que estava disposto apagar; desta vez para 25 euros.
Inevitavelmente, chegou uma altura em que mais burros não havia para vender. Anunciou ele, então , alto e a bom som, que daria 50 euros por cada burro mais que lhe trouxessem, e que entretanto iria procurar mais noutro lugar, ali deixando o seu assistente a representá-lo.
Algum tempo depois, o dito assistente reuniu os aldeões e disse-lhes: “Olhem! ; tenho um negócio a propor-vos, se vocês estiverem interessados: os burros que o meu patrão vos comprou, posso vender-vos a 35 euros cada; quando ele voltar, nessa altura, vocês vendem-lhos pelos 50 euros que ele está a oferecer, e fazem uma pipa de massa num instantinho; o que é que vocês acham?”
Entusiasmados, os aldeões lá foram à pressa juntar todo o dinheirinho que puderam, e compraram todos os burros ao assistente.
E os dias passaram; do assistente ou do patrão … nem sinal!; à vista, só um imenso mar de burros!
Vitor Chuva
05-09-2009
Vitor Chuva
Mas, burros para venda eram cada vez menos, e de novo ele subiu o valor que estava disposto apagar; desta vez para 25 euros.
Inevitavelmente, chegou uma altura em que mais burros não havia para vender. Anunciou ele, então , alto e a bom som, que daria 50 euros por cada burro mais que lhe trouxessem, e que entretanto iria procurar mais noutro lugar, ali deixando o seu assistente a representá-lo.
Algum tempo depois, o dito assistente reuniu os aldeões e disse-lhes: “Olhem! ; tenho um negócio a propor-vos, se vocês estiverem interessados: os burros que o meu patrão vos comprou, posso vender-vos a 35 euros cada; quando ele voltar, nessa altura, vocês vendem-lhos pelos 50 euros que ele está a oferecer, e fazem uma pipa de massa num instantinho; o que é que vocês acham?”
Entusiasmados, os aldeões lá foram à pressa juntar todo o dinheirinho que puderam, e compraram todos os burros ao assistente.
E os dias passaram; do assistente ou do patrão … nem sinal!; à vista, só um imenso mar de burros!
Vitor Chuva
05-09-2009
Vitor Chuva
6 comentários:
Caro Vítor,
É assim a economia de mercado, o marketing e a exploração dos «burros» que, sem pensarem nas realidades, caem inocentemente nas garras dos bem-falantes.
Todos nós caímos quase todos os dias em situações de camponeses inocentes, mais ou menos gravosas.
Um abraço
João
Caro Vitor,
O que se aprende neste blogue.
Muito obrigada. Acho que vou aproveitar mas com vestidos em vez de cavalos.
Abraço
Milai
Caro amigo Vitor,
É como diz o amigo João, todos nós de uma forma ou de outra acabamos por cair no conto do
vigário, mesmo os mais cautos.
Beijo
Ná
Caro Vítor,
isto é apenas um texto e muito engraçado por sinal, mas o certo é que todos os dias ouvimos histórias de burlões e burlados, a verdade é que anda meio mundo a enganar outro meio.
Beijinhos,
Ana Martins
Queridos Amigos,
Como foi anteriormente dito há meio mundo a querer enganar o outro meio! E nisto de burlões somos azes a começar pelos nossos (des)governantes e politicos! O pior é que infelizmente há muitos "burros" que os seguem...
A "Banha da Cobra" nunca mais acaba...
Sempre Jovem e Alerta e um forte abraço.
Caros João,Milai;Fernanda;Ana; Luis!
Obrigado pela vossa visita a esta original bolsa de valores onde o produto objecto de tanta especulação era o burro.
E espero que esta "estória" possa ter ajudado a perceber como a mesma funciona...
Um abraço.
Vitor Chuva
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