(domingo, o 3º de quatro dias)
Domingo, almoço terminado, e nova etapa para cumprir. Desta feita o programa obrigava-nos a atravessar a ilha no sentido da largura, de um ao outro extremo da mesma, de Poente para Nascente. Aí se situa o edifício – sede das Nações Unidas, sobranceiro ao rio, (East River) e era aí que queríamos ir. No seu interior, visitámos a imponente sala da Assembleia Geral , à altura vazia. Observar algumas das rochas trazidas da Lua pela tripulação do vaivém que dois anos antes lá tinha estado, foi outro aspecto interessante da visita. Contudo, o ponto alto da mesma, o que mais nos agradou ver - e uma novidade para todos nós – , foi a descoberta do “Pêndulo de Foucalt”. Suspenso, bem alto, do tecto da sala, exibindo uma esfera na sua extremidade, o mesmo oscila de forma contínua e uniforme em relação a um ponto de referência, um anel circular posicionado de forma elevada em relação ao pavimento. Lendo a placa descritiva colocada junto ao mesmo, ficámos a saber com funciona e para que serve, e não pudemos deixar de nos sentir fascinados com o brilho da mente que esteve por detrás da sua descoberta: o tempo que mediou entre o início e fim da nossa visita ao local foi suficiente para termos prova, ainda que virtual, de que de facto a Terra se tinha, entretanto, movido – simplesmente extraordinário!
E, cumprindo o nosso roteiro, a nossa próxima paragem foi no Empire State Building, na altura ainda o mais alto edifício em Nova York ( O World Trade Center, que em breve lhe arrebataria esse título, ainda se encontrava em construção). O aspecto mais interessante neste edifício é, sem dúvida, o seu terraço. Lá de cima desfruta – se de uma vista absolutamente espectacular, que abrange quase toda a ilha; olhando lá para baixo os carros mais parecem versões em miniatura, e os peões reduzidos à dimensão de “pigmeus”. Como construção, para alem da sua altura, não achámos que a mesma fosse particularmente interessante; não muito longe dali, e bem visível, o “Chrysler Building”, com o seu original e elegante pináculo em arte deco, “enche mais o olho”, sobretudo à noite, e achámo - lo muito mais bonito. Visita concluída, e chegados nós ao rés – do - chão, um colega quis fazer uma chamada para Portugal, a partir de uma cabine telefónica. A razão porque falo neste episódio, hoje aparentemente sem interesse e mesmo descabido, é porque ele, ao tempo, me pareceu absolutamente extraordinário, mesmo mais que o próprio edifício que tínhamos acabado de visitar. Sem dispormos de moedas (ou de qualquer outro meio de pagamento) conseguimos, através da operadora, fazer a dita chamada, a pagar no destino, tendo que esperar apenas breves minutos para o conseguir. Em Portugal, conseguir fazer uma chamada para o estrangeiro, ou mesmo para dentro do próprio país, era na maior parte das vezes um autêntico pesadelo; muitas pessoas tinham que fazer o pedido com horas de antecedência, sendo prática comum fazê-lo a meio da noite, quando o tráfego era mais reduzido e, ainda assim, nada era garantido. Definitivamente, estávamos a anos-luz do país que era o nosso - foi a imagem que então nos ocorreu – e não totalmente no sentido figurado da expressão !
Vitor Chuva
13-09-2009
Vitor Chuva
Domingo, almoço terminado, e nova etapa para cumprir. Desta feita o programa obrigava-nos a atravessar a ilha no sentido da largura, de um ao outro extremo da mesma, de Poente para Nascente. Aí se situa o edifício – sede das Nações Unidas, sobranceiro ao rio, (East River) e era aí que queríamos ir. No seu interior, visitámos a imponente sala da Assembleia Geral , à altura vazia. Observar algumas das rochas trazidas da Lua pela tripulação do vaivém que dois anos antes lá tinha estado, foi outro aspecto interessante da visita. Contudo, o ponto alto da mesma, o que mais nos agradou ver - e uma novidade para todos nós – , foi a descoberta do “Pêndulo de Foucalt”. Suspenso, bem alto, do tecto da sala, exibindo uma esfera na sua extremidade, o mesmo oscila de forma contínua e uniforme em relação a um ponto de referência, um anel circular posicionado de forma elevada em relação ao pavimento. Lendo a placa descritiva colocada junto ao mesmo, ficámos a saber com funciona e para que serve, e não pudemos deixar de nos sentir fascinados com o brilho da mente que esteve por detrás da sua descoberta: o tempo que mediou entre o início e fim da nossa visita ao local foi suficiente para termos prova, ainda que virtual, de que de facto a Terra se tinha, entretanto, movido – simplesmente extraordinário!
E, cumprindo o nosso roteiro, a nossa próxima paragem foi no Empire State Building, na altura ainda o mais alto edifício em Nova York ( O World Trade Center, que em breve lhe arrebataria esse título, ainda se encontrava em construção). O aspecto mais interessante neste edifício é, sem dúvida, o seu terraço. Lá de cima desfruta – se de uma vista absolutamente espectacular, que abrange quase toda a ilha; olhando lá para baixo os carros mais parecem versões em miniatura, e os peões reduzidos à dimensão de “pigmeus”. Como construção, para alem da sua altura, não achámos que a mesma fosse particularmente interessante; não muito longe dali, e bem visível, o “Chrysler Building”, com o seu original e elegante pináculo em arte deco, “enche mais o olho”, sobretudo à noite, e achámo - lo muito mais bonito. Visita concluída, e chegados nós ao rés – do - chão, um colega quis fazer uma chamada para Portugal, a partir de uma cabine telefónica. A razão porque falo neste episódio, hoje aparentemente sem interesse e mesmo descabido, é porque ele, ao tempo, me pareceu absolutamente extraordinário, mesmo mais que o próprio edifício que tínhamos acabado de visitar. Sem dispormos de moedas (ou de qualquer outro meio de pagamento) conseguimos, através da operadora, fazer a dita chamada, a pagar no destino, tendo que esperar apenas breves minutos para o conseguir. Em Portugal, conseguir fazer uma chamada para o estrangeiro, ou mesmo para dentro do próprio país, era na maior parte das vezes um autêntico pesadelo; muitas pessoas tinham que fazer o pedido com horas de antecedência, sendo prática comum fazê-lo a meio da noite, quando o tráfego era mais reduzido e, ainda assim, nada era garantido. Definitivamente, estávamos a anos-luz do país que era o nosso - foi a imagem que então nos ocorreu – e não totalmente no sentido figurado da expressão !
Vitor Chuva
13-09-2009
Vitor Chuva
2 comentários:
Olá Vitor,
Mais uma etape da história descrita na mesma linha de sempre... impecável e de forma que torna a leitura muitíssimo agradável e fácil.
Parabéns
Beijinho
Fernanda
Olá Fernanda; bom dia!
Mais uma vez obrigado pelo teu simpático comentário, que é sempre uma forma de incentivo.
E já só falta mais um post para a missão ficará concluida!
Beijinho.
Vitor Chuva
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