14/08/2009

Limpar Portugal – Um alerta urgente

Num momento em que muitos portugueses se mostram interessados em limpar Portugal dos lixos abandonados em locais impróprios e sem segurança para as pessoas e para o ambiente, deparei com esta notícia que não precisa de comentários. Aqui a deixo como um ALERTA URGENTE para os (ir)responsáveis pelo nosso País. Foram eleitos para zelarem pela segurança, comodidade e bem-estar da população. O leitor tire daqui as conclusões que julgar mais convenientes.

Toneladas de material perigoso a céu aberto e sem protecção
DN. 090814. por Amadeu Araújo

Diluentes, tintas, solventes e vernizes estão abandonados na Zona Industrial de Oliveirinha, no concelho de Carregal do Sal. Ambientalistas e bombeiros alertam para perigos para a saúde pública e para degradação do solo.

São toneladas de resíduos perigosos, inflamáveis e corrosivos, acumulados nas traseiras de uma fábrica e que estão ao abandono em Carregal do Sal desde Setembro de 2008.

Numa área inferior a um hectare juntam-se matérias perigosas, rotuladas como tal, e ao alcance de quem passa nas imediações. Muitos dos materiais, que estão classificados como matérias perigosas pelos bombeiros e que deviam obedecer a condições específicas de armazenamento, estão a escorrer para cursos de água, campos agrícolas e vinhas. Diluentes, tintas, solventes e vernizes estão abandonados na Zona Industrial de Oliveirinha, no concelho de Carregal do Sal. Muitos destes materiais têm sido alvo da curiosidade das crianças, que ali brincam, outros vão sendo roubados. Os ambientalistas alertam para a degradação dos solos que podem mesmo "ficar inutilizados".

As traseiras da fábrica BASMOLD, que entretanto abriu falência e está sob administração judicial, estão ocupadas por várias toneladas de resíduos perigosos. Diluentes, tintas, solventes industriais, vernizes e outros produtos, artigos que os bombeiros classificam como matérias perigosas e que ostentam nos rótulos essa perigosidade , estão desde Fevereiro ao abandono. São várias paletes cheias com estes produtos. Há ainda resíduos de laboração e desperdícios em embalagens entretanto utilizadas e que ali foram guardadas. (...)

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11 comentários:

Unknown disse...

Caro João,
É mesmo de lamentar e encher os pulmões de ar, ainda que poluido para gritar estes crimes ambientais.

Os responsáveis pelo nosso País, pelos vistos ainda assim conseguem dormir o sono dos justos e confrotados com estas e outras aberrações, sempre encontram forma de sacudir a poeira do capote.

O João tem toda a razao, a notícia só por si dispensa comentários.

Beijinhos,
Ana Martins

Vitor Chuva disse...

Caro João Soares!

A notícia que aqui trouxe é, infelzmente, aplicável a muitas outras situações semelhantes que não chegam sequer a sê-lo, e que acontecem um pouco por todo o país, sobretudo nas áreas que conheceram maior desenvolvimento industrial e que, entretanto, entraram em colapso.
Neste momento, só o Estado pode fazer algo para pôr cõbro à situação,já que quem a criou e nunca a resolveu deixou de ter existência jurídica, não deixou porta a onde bater.
E, serão necessárias quantias fabulosas para pôr cobro a tal situação que, pouco a pouco vai destruindo a natureza e qualidade de vida, ás vezes de forma irrecuperável.
Só pressionado o Estado fará o que deve, particularmente agora que estamos em tempo de "vacas magras"

Um abraço.

Vitor Chuva

A. João Soares disse...

Querida Ana Martins,

Tem muita razão ao dizer que temos que gritar com toda a força para que estas e outras situações sejam resolvidas já que as autoridades andaram de olhos fechados e deixaram que o ambiente fosse tão destruído e as populações tão ameaçadas por tais abusos. Onde tem andado o Governo, os deputados dos distritos eleitos por nós, os autarcas, os fiscais, etc?
Durante as campanhas descem aos povoados só para pedir votos, mas nunca mais voltam para ver estes crimes contra as pessoas e a Natureza, que é seu DEVER defender.

Um abraço
João

Fernanda Ferreira - Ná disse...

Caro amigo João,

Conforme ficou já dito no seu "Do Miradouro", Amigo João,

Estes crimes ambientais são, no mínimo inqualificáveis... mas também são, para nossa enorme tristeza um constante facto...

Felizmente que há quem os divulgue, quem contra eles se insurja e aponte o dedo aos responsáveis, bem como às organizações que devem/iam interferir, tomar as medidas urgentes e necessárias.

Bem haja pela divulgação.

Beijos da Ná (ontem e hoje, menos jovem um ano :) ).

A. João Soares disse...

Caro Vítor Chuva,

O amigo procura ser compreensivo e atenuar o gravidade desta situação que admite ser igual a muitas outras.
Mas não é com tais palavras que se pressionam os (ir)responsáveis a resolver o problema que eles, com a sua incúria e desprezo pela população que DEVEM proteger, que os obrigamos a por ponto final nisto.
Não é com tais palavras atenuantes do crime que se consegue a solução, mas sim com a análise rigorosa do significado de tal incompetência, desprezo pelo País e pela população, que oe poderemos sensibilizar, na pouca sensibilidade que possam ainda ter.
É preciso muito dinheiro? Certamente, mas ele não tem faltado para os prémios aos administradores das empresas do Estado, do Banco de p~Portugal e de outros serviços estatais, a compra de carros de topo de gama para substituir carros com pouco tempo de uso, para terem assessores aos molhos, sem terem qualquer utilidade (não ajudam a evitar estes crimes ambientais nem a resolvê-los a tempo), etc,etc.

Um abraço
João

A. João Soares disse...

Querida Ná,
Muito obrigada por este seu sinal de vida e de consciência cívica e ecológica a esta hora tão matinal. O seu tempo hoje não é para estas banalidades da Internet, pois tem muito em que passar as horas. Desejo que as passe da forma mais agradável possível, mas não abuse da gastronomia festiva!!! Seja comedida!
Muitos parabéns e continue por muitos anos a festejar o aniversário do SJ uma semana antes!!!

Mil beijinhos especiais
João

Fernanda Ferreira - Ná disse...

Caro amigo João,

Muito obrigada...e já lá vão 58!
Há tempo para tudo, amigo, para tudo mesmo.
Por razões que perceberá facilmente ao visitar Na Casa do Rau, perceberá que se ouve exageros, foram ontem...
Uma vez de vez em quando, não faz mal nenhum.

O que nos faz mal, nos deixa realmente agastados, são estas notícias e a noção de que somos praticamente impotentes para a sua resolução.
Passemos a palavra e alertemos para a situação.
Já copoei e mandei o seu texto para a amiga Manuela do Blogue amigo,Sustentabilidade não é Palavra é Acço.

Beijinhos

Fernanda Ferreira - Ná disse...

Desculpe João,
Só mais uma coisa...
Peço-lhe o favor de me enviar o texto por e-mail, para não se perderem os links, para enviar à amiga Manuela, é possível?

Obrigada
Beijos

Manuela Araújo disse...

Cara Fernanda

Antes de mais deixe-me dar-lhe os parabéns e desejar-lhe um óptimo dia de aniversários, e tudo de bom para a sua vida, e, como disse na "Casa do Rau", que continue a ser como é.

Caros João Soares e Fernanda

Tenho estado nestes dias com pouca disponibilidade de tempo para a "net", mas logo que possa vou tratar de fazer um "post" para divulgar este assunto. Se não tiver muito tempo para fazer um texto introdutório, "transcrevo" parte do artigo que o caro colega de blogues João Soares aqui colocou e em "Do Miradouro", com a o link e a fonte bem identificada, claro.

É de facto uma lástima que uma situação destas se arraste há quase um ano. Da inconsciência de quem ali depositou lixos perigosos à demissão das autoridades de cumprir o seu papel, passando por legislação confusa, difícil de passar à prática e, ao que parece, cada vez mais proteccionista para quem polui (ver "post no Sustentabilidade de 30 de Abril).

Mas "gritemos".

Cumprimentos

Manuela Araújo disse...

Bom dia caros amigos
Já coloquei um "post" sobre este assunto lá no Sustentabilidade É Acção.
Abraços

Fernanda Ferreira - Ná disse...

Parabéns amiga Manuela, o seu post está perfeito.

É urgente por o dedo nas feridas acusar, divulgar e obrigar a agir.
Quantas mais vozes melhor.

Bem-haja.

beijos