Em 3, 7 e 10 fiquei com a melhor impressão da dedicação, simpatia e eficiência dos funcionários pertencentes à DGCI. Podiam ter-me tratado com a sobranceria e a arrogância de quem tem na sua frente um faltoso e ignorante. Mas não. Procuraram ajudar a resolver as dificuldades que me surgiram e me dificultaram o sono durante uma semana.
O caso era o seguinte. Tendo feito a declaração do IRS em 11 de Março, pela primeira vez pela Internet e não tendo recebido aviso para pagar (ou receber) fui em 3 às Finanças de Cascais e, para meu desgosto, constatei que a declaração não tinha entrado, segundo averiguaram, por eu não ter completado a operação de envio. Foi a primeira vez que a fiz e errei. Devia fazer novamente uma, que seria a primeira.
Nesse dia fiz a declaração após várias tentativas, para entrar na lógica do sistema que já era diferente do de Março. Essas tentativas desconcentraram-me e a versão final acabou por seguir sem o anexo H, como verifiquei no comprovativo que no dia 5 me enviaram por e-mail onde diziam que tinha um prazo para fazer uma substituição se algo estivesse errado.
Tentei fazer uma declaração de substituição, mas não passava de um ponto no início que me impedia de continuar. Em 7, ao fim do dia fiz um e-mail para o serviço do IRS a relatar o sucedido e a pedir ajuda. A resposta, apesar do adiantado da hora e de ser sexta-feira, veio nesse mesmo dia às 20h 26m. Insistiam na nova declaração ou ir aos serviços locais de Finanças.
Meteu-se o fim-de-semana e esta manhã, depois de algum tempo de espera nas Finanças de Cascais, fui atendido. Fiquei a saber qual o erro que me impediu de resolver o problema sozinho (tinha trabalhado com uma janela estreita no monitor, que me impedia de ver um botão junto da margem). A senhora, para me evitar mais enervamentos à volta deste problema, perdeu mais uns minutos e completou a declaração, inserindo três números no Anexo H.
Costumo usar modos humildes quando peço (não a exijo) ajuda, assumindo a minha ignorância e incapacidade de resolver os problemas sozinho, mas não se tratou de um atendimento pessoal. Enquanto esperei, assisti à forma serena e colaborante como toda a gente era atendida. Há muito tempo que não estava em situação parecida e fui sensível aos melhores modos em relação a uma ou duas décadas atrás.
É justo que aqui deixe este desabafo. Se devemos criticar o que deve ser melhorado, não devemos deixar de elogiar o que está bem. Verifiquei que há serviços que servem com eficácia os cidadãos. Parabéns às pessoas que assim agem. Obrigado às senhoras e ao senhor com quem contactei nestes dias.
2 comentários:
Amigo João,
É verdade sim...eu própria tenho vindo a constatar que a arrogância de alguns (a maioria)que dantes tínhamos à frente dos serviços públicos, todos eles sem excepção, até nos Centros de Saúde, Hospitais, deram lugar a uma nova geração de pessoas civilizadas, educadas, colaborantes.
Os da velha guarda que ainda ocupam os seus postos, estão mais no "back office" ou mudaram de atitude, o que é deveras louvável.
Gostei de saber que, aparentemente, está a acontecer em
todo o país e é muito bom que o João se tenha lembrado de elogiar este importante melhoramento.
Beijinho
Ná
Amiga Ná,
Em democracia, o cidadãos depositários da soberania têm o direito de ser bem atendidos e devem reclamar sempre que o não forem, não por maldade, mas com o objectivo de melhorarem o funcionamento dos serviços.
Mas por outro lado NÃO devem deixar de elogiar aquilo que está bem, o bonm desempenho, para estímulo de os funcionários se esmerarem quanto puderem e souberem em benefício do público.
Foi isso que pretendi ao escrever este post. E enviei cópia, por e-mail aos superiores, pedindo para darem conhecimento do pessoal da Repartição das Finanças de Cascais.
As pessoas devem ser premiadas por pequenos gestos oportunos para seu estímulo.
Um abraço
João
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