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Eu sei amor
Que as palavras
Leva-as o vento,
O que fica
São os actos, o sentimento.
Eu sei amor
Que as palavras
Adormecem no tempo,
Mas a nossa história não finda
Nas memórias de cada momento.
Eu sei amor
Que com palavras
Já não te surpreendo,
O que te faz levitar
É o amor com que em ti me prendo.
E eu sei amor
Que sem palavras
Doces e quentes,
Os carinhos que em ti semeio
São searas em semente,
Testemunhos dos meus anseios.
Ana Martins
Escrito a 28 de Junho de 2008
3 comentários:
Querida Ana,
Parabéns por este poema muito sábio que, além da beleza da sua construção traz um tema de muita actualidade. As palavras só por si não são a solução para a vida, não substituem as emoções, os sentimentos, a vontade de realização. Mas são indispensáveis, como condimento, como lubrificante de tudo isso. Sem elas, as sementes não germinam nas searas de carinhos.
Comunicar é preciso, mas há que transportar algo de essencial. Palavras vazias, ocas, são levadas pelo vento.
Um abraço
João
Querida amiga Ana,
Quanta sensibilidade, quanta beleza...quanta verdade aqui expressa.
Parabéns
Beijinhos
Ná
Olá Ana!
É verdade que os gestos e os actos valerão mais que as palavras, mas, ainda assim, não as substituem. Por vezes, elas são mesmo a única coisa que resta quando aqueles não são possíveis!
Muito bonito!
Um abraço.
Vitor Chuva
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