02/08/2009

Algas dão combustível

A economia mundial tem vivido na dependência do petróleo como fonte primária de energia. Mas, como combustível fóssil que é, aproxima-se do esgotamento, apesar das medidas de poupança e dos motores menos consumidores, tendo o seu preço tendência para alta, mas sem que isso resolva o problema das necessidades energéticas. Por isso, o recurso a energias renováveis tem sido desenvolvido experimentalmente e continuam a aparecer novas alternativas prometedoras, embora em escala reduzida, que têm de ser integradas num novo sistema de gestão.

Em Portugal existe actualmente um justificado entusiasmo com a energia eólica e solar, podendo ser dada mais atenção à energia das marés e das ondas, propiciada pela posição geográfica.

Embora não sejamos um país de floresta tropical densa, já foi anunciada há anos uma indústria de aproveitamento de produtos provenientes da manutenção da área do pinhal, com benefício para a prevenção dos fogos florestais e produção de biomassa e biogás. Não tem sido divulgado o resultado da sua actividade, mas é de pensar que a limpeza das matas não está a ser feita com regularidade, o que resulta na continuação dos fogos e na não produção de energia.

Agora chega a notícia «Algas são combustível muito sério» que diz destes vegetais poder ser extraída energia, bem como proteica ideal para a alimentação de seres humanos e de gado. Embora, sendo uma actividade exercida por pequenas empresas, estas contam com o apoio da Exxon Mobil, a maior empresa do ramo petrolífero na América, que agora começa a estudar esta solução energética. Será interessante a leitura da notícia 'linkada'.

7 comentários:

Fernanda Ferreira - Ná disse...

Amigo João,

Ora aqui estão boas notícias, sendo Portugal uma varanda para o mar, algas é que não faltam...agora falta saber, se mais uma fonte energética que substitua a dependência do petróleo será bem aceite pelos donos do Mundo.
Afinal são eles que tudo decidem.

Beijinho.

Vitor Chuva disse...

Olá João Soares!

Tudo o que for feito no sentido de nos tornar menos poluentes é sempre bem vindo, desde que atrás da "solução" não venham agarrados outros problemas-os quais nem sempre são visíveis no imediato-para não corrermos o risco de tornar a emenda pior que o soneto...

Um abraço.
Vitor Chuva

A. João Soares disse...

Cara Ná,
São os donos do mundo que estão a impulsionar estas experiências. A notícia vem dos EUA e a Exxon Mobil, a maior empresa do ramo petrolífero do mundo, está a estimular e patrocinar os estudos para o desenvolvimento desta solução.

Caro Vítor Chuva,
Esperemos que a decisão seja tomada em consciência, para o que deve ser adoptado um método de preparação semelhante ao referido no post Pensar antes de decidir. Mas a pior solução será ter medo de decidir e manter tudo na mesma até à catástrofe final.

Abraços
João

Maria Letr@ disse...

Seria óptimo, amigo João. Algas não faltam, neste país, isso é verdade. Mas eu gostaria de saber só uma coisa, porque desta matéria não percebo mesmo NADA: até que ponto poderíamos tirar benefício das algas, sem prejudicar a função que lhes foi dada pela mãe Natureza?
Um beijinho.
Maria Letra

A. João Soares disse...

Cara Mizita,

Em muitos casos, as algas são plantas infestantes que causam mais danos do que benefícios. Se a ideia provar ser rentável, elas passarão a ser cultivadas intensivamente em áreas sem utilidade para a agricultura. Parece serem melhores para o efeito do que outros produtos já usados para o biogás ou biodiesel ou álcool metílico, como se faz já no Brasil. Sem dúvida que poderá haver inconvenientes e será necessário comparar com o actual uso do petróleo, sem no entanto esquecer que este está condenado ao desaparecimento, por não ser renovável ao ritmo do seu consumo.

Um abraço
João

Maria Letr@ disse...

Amigo João Soares,
... e o facto de não ser renovável ao ritmo do seu consumo, pode ter graves consequências ao equilíbrio do globo terrestre em virtude da contínua extracção de petróleo do seu subsolo.
Mas se fossem utilizadas energias extraídas de mais do que uma fonte e cada uma delas utilizadas segundo a aplicação mais conveniente, talvez se conseguisse um resultado muito positivo, não?
Digo eu ... que nada sei.
Um abraço.
Maria Letra

A. João Soares disse...

Cara Amiga Mizita,
Penso que o esvaziamento das reservas locais de petróleo não causará problemas ao funcionamento do Planeta, a não ser ligeiros (em termos globais) abaixamentos da crusta terrestre com os correspondentes abalos sísmicos. Quanto às fontes de energias renováveis, parece que nenhuma, só por si, responderá às necessidades cada vez maiores da civilização moderna. Isso significa que a diversidade será grande e terá de recorrer-se simultaneamente a diversos sistemas. Hoje já há muitas casas a captar energia solar que dá para o seu consumo e para fornecer à distribuidora oficial. Esta faz o encontro de contas entre o que fornece e o que lhe é vendido. Acaba por ser um bom negócio para os donos das casas, normalmente no campo, em meios agrícolas.
Os especialistas não deixarão de analisar todas as possibilidades, mas o grande beneficiado é o grande empresário que montará uma rede de pequenas empresas. A Exxon Mobil já está alerta!

Um abraço
João