Primeiros europeus eram canibais
Restos fossilizados atribuídos aos primeiros europeus, descobertos no sítio arqueológico de Atapuerca (norte da Espanha), revelam que estes homens pré-históricos eram canibais, sendo que apreciavam carne de crianças e adolescentes.
As primeiras escavações nesse local começaram em 1978, segundo a France presse, e no correr da década de 1980, foram encontrados inúmeros restos de humanos pequenos, uma descoberta significativa para os arqueólogos envolvidos.
"Sabemos, por exemplo, que eles praticavam o canibalismo", afirma José María Bermúdez de Castro, vice-director de Atapuerca, um dos sítios arqueológicos mais importantes da Europa, inscrito em 2000 no património mundial da Unesco.
O estudo dos fósseis também revelou que esse homens praticavam a antropofagia para alimentação, e não por ritual, e que comiam os seus adversários depois de os matar em combate.
"É o primeiro caso de canibalismo bem documentado da história da humanidade; não quer dizer que seja o mais antigo", explicou Castro, acrescentando que “os restos do Homo antecessor da Grande Dolina estão dispersos, rompidos, fragmentados, misturados com os restos de outros animais, cavalos, rinocerontes, todos os tipos de animais que são produto da caça e consumidos pelo ser humano".
"Estes restos estão marcados, trincados com marcas de faca de pedra, marcas de estripação, elementos que são típicos e característicos de uma acumulação de ossos utilizados por seres humanos", diz.
Os restos fossilizados, encontrados a partir de 1994, correspondem provavelmente aos primeiros seres humanos que se desenvolveram na Europa, baptizados de Homo antecessor.
Eles, que viveram antes do homem de Neandertal e do Homo sapiens, instalaram-se há 800 mil anos nas grutas de Atapuerca, provavelmente depois de uma longa imigração a partir da África e através do Médio Oriente, norte da Itália e depois França.
2 comentários:
Amigo Luís,
Interessante, muito mesmo...mas não me agrada nada a ideia que, eventualmente, tenho antepassados antropófagos...
Beijinho
NÁ
Nem quero pensar nesta realidade. Sabemos bem que foi assim, mas fico com arrepios, Luís.
Um abraço.
Maria Letra
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