Café de Paris.
Ponto de encontro
De tantos corpos.
Uns, cheios de vida,
Outros, quase mortos.
Nas cabeças,
Um mundo desconhecido
De ambições.
No peito ...
Mais dores do que corações.
A banda, repetitiva,
Sempre igual,
Parecia tudo,
Menos musical.
O interior do salão
Era deprimente.
O aspecto, sórdido.
Nos olhares
Sentia-se esperança
E um desejo mórbido.
Em cada par,
Um caso ...
Por vezes sério,
Mas, na maioria,
P'ra não recordar.
Contudo,
Neste salão deprimente
E de aspecto sórdido,
Onde quase tudo
É doentio,
É mórbido,
Encontrei-te a ti.
No teu doce peito
Senti um coração.
Na tua cabeça
Uma humana ambição:
Encontrares alguém
Que suavizasse
A vida que tens.
Dançámos.
Sem falsas ilusões,
Dia, após dia,
Um desejo crescia:
Estarmos juntos os dois.
Meu sofrido corpo
Ansiava aprender
A lição do Amor.
Ensinaste-ma tu.
Hoje, meu bem,
O meu coração
Sabe bem o que quer.
Aprendeu, contigo,
Como é bom ser Mulher.
Maria Letra
8 comentários:
Querida amiga Mizita,
Que alegria imensa...sabia que voltarias, senti isso nas nossas conversas, mas não consigo nem expressar a emoção que me vai na alma.
Há um nó na garganta e umas lágrimas que teimam em rolar pelo meu rosto...abençoada dor de garganta, perdoa-me, sabes o que quero dizer!!!
Poesia linda, cheia de carisma, só podia ser de Maria Letra.
Forte abraço e mil beijinhos,
Cuida-te bem,
NÁ
Lindo e Forte, emotivo e romântico!
Boa!!!
Bjs mãe
Querida Mizita,
És uma amiga cheia de dons. Agora este poema é mais uma surpresa. Nem o teu filho deixou de te comentar. Mãe orgulhosa.
Beijos da
Milai
Amiga Mizita,
Muito interessante. Até nos locais sórdidos se pode encontrar uma flor. Na lama também nascem maravilhas.
Não vou repetir o que os comentadores anteriores já disseram e com que concordo.
Acima de tudo está um reatar e despertar de sentimentos adormecidos com o resto da família deste espaço. Sinta-se bem e encontre uns momentos para nós, de vez em quando.
Beijos
João
Amiga Mizita,
Afinal hoje tivemos duas grandes alegrias. Mãe e Filho voltaram e em grande. Pelo calor e carinho dos comentários devem ter percebido quanto foi sentido por nós o vosso reaparecimento! Como diz o João sintam-se bem e encontrem uns momentos para nós, de vez em quando! O seu poema define a sua maneira de ser e pensar e é muito belo!
Um Xi de grande Amizade
Obrigada a todos pelos comentários. Fizeram-me bem à febre. Estas anginas são assim como que uma paragem forçada que detesto, mas que teve o outro lado positivo. Há sempre um lado positivo em tudo.
Sabem bem que tenho todos no meu coração. Somos diferentes num espaço e com um princípio comuns, que espero em harmonia: o da defesa e utilização da expressão escrita com fins meritórios.
Um abraço.
Maria Letra
Amiga Maria Letra,
Bonita surpresa, afinal não nos deixou, não foi capaz e isso alegra-me a mim e toda a família do Sempre Jovens.
Bonito o poema, forte e intenso!
Beijinhos,
Ana Martins
Obrigada, Ana. Eu não diria "não nos deixou" até porque o motivo base da minha ausência é a falta de tempo. Ontem e hoje fui forçada a ficar na cama por causa das anginas e voltei.
Quando NÃO SE TEM MESMO tempo e, num breve momento (porque o blogue até atrai a si leitores ...), resolvemos dar uma "espreitadela", se virmos que o blogue está muito cheio e, sobretudo, lhe falta "conteúdo" original, perdemos a vontade de escrever. Está errado, eu sei, mas esta é a minha verdade. Tendo tido o grande prazer de reconhecer uma brilhante capacidade de escrita nos colaboradores deste blogue, porquê recorrer a coisas que cada um DEVE, se quiser, procurar na net? Isto não exclui, como referi, que o façamos, porque há coisas de muito interesse, como este post do Luís "O Milagre da Música", a que ninguém fica indiferente. Defendo, no entanto, que o colaborador faça um comentário sôbre o mesmo, de sua autoria. Copiar é fácil. Criar é mais difícil, mas é nisso que deve residir a diferença deste blogue.
Um grande beijinho. Sabe que aprecio muito o que escreve.
Maria Letra
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