Espero que não achem demasiado bizarro que tenha ido buscar este tema. De facto ele foi ponderado e tem pelo menos, na minha perspectiva, duas razões de peso para ser publicado.
A primeira prende-se com o facto de ser um tema nunca abordado, é portanto, quanto a mim, educativo/informativo e também muito interessante, uma vez que nos dá a conhecer um pouco da cultura oriental, embora neste caso em particular, tenha mais a ver com a sua viragem para o ocidente. A segunda, e não menos importante, prende-se com o facto de termos leitores e até seguidores que muito apreciarão seguramente que falemos dos seus países e culturas.
A inspiração surgiu exactamente após a leitura deste pequeno texto da amiga Phoebe - kawaii-culture, cujas ilustrações aqui usadas são as mesmas, como verificarão… e mais uma vez de sua autoria.
Confesso que tenho um fascínio especial por estas culturas tão distintas da nossa, e daí que possivelmente crie laços de amizade com tanta facilidade, mesmo que só virtualmente, com amigos da Malásia, Indonésia, Sri Lanka e Japão.
“A palavra kawaii (可愛い, かわいい?) é um adjectivo japonês que significa amável (fofinho, bonitinho)” e é muito utilizado nos "animês" (anime é uma forma derivada de "animação," inventada pelos japoneses para se referir a todos os tipos de animação) e "mangás" (manga, em japonês, significa "palavras fluídas" ou "palavras indisciplinadas". É uma antiga arte que tem sido usada há séculos como forma de entretenimento. É basicamente um "comic books" japonês, o qual pode ser facilmente traduzido para o Inglês. Entretanto, é errado dizer que o manga é um “comics” do Japão. Desde a década de 70 que o termo se tornou num aspecto proeminente, principalmente da cultura japonesa: no entretenimento, roupas, comida, brinquedos, imagem pessoal, comportamento, e modos de agir.
Olhares ocidentais acham esta doçura intrigante e algumas vezes até estranham, como maioritariamente os japoneses a usam numa vasta gama de situações em que, na cultura ocidental, seria considerado juvenil, incongruente ou frívolo (por exemplo, em publicações governamentais, sinais em serviços públicos, ambientes de escritório, propaganda militar, e linhas aéreas comerciais, e muitas outras).
A palavra Kawaii, já mundialmente conhecida também por “cute”, palavra inglesa que significa “giro” “fixe” deu origem à cultura do “cuteness”. Fofinho e bonitinho, os adjectivos escolhidos pelos orientais para a tradução são mais “meiguinhos”.
Esta cultura popularizou-se rapidamente sobretudo no Japão, aparentemente e até pelo que implicitamente o próprio texto da Phoebe sugere, para aliviar a formalidade da própria língua, sobretudo a usada pelos adultos, e torná-la assim mais leve e descontraída sobretudo entre os mais jovens.
O facto é que, e como já perceberam ela ultrapassou todas as barreiras internas e externas e implantou-se sobretudo nos países orientais.
Nos dias de hoje, a Japan Inc. Empresa, sobejamente conhecida pelos famosos produtos que exporta, tal como a Toyota e a Sony, está agora ocupadíssima na exportação do fenómeno do “cute”, do género dos Video Games Pokemom da Nintendo Co., entre outros, a qual facturou cerca de Y350 biliões só nos EU no ano de 2005. No Japão os negócios de entretenimento somam somente dois terços das vendas da Toyota, algo como $ 152.8 biliões, segundo informação da “Digital Content Association of Japan”.
A obsessão do “cute” já levou a segunda maior potência económica mundial a fazer pesquisas, especificamente no sentido de descobrir exactamente a razão pela qual as pessoas literalmente gravitam à volta do “cuteness”, sobretudo o mais intrigante é saber o porquê da aceitação tão rápida no estrangeiro, a ponto de transformar a imagem do Japão.
Para os mais sépticos o culto do “cute “ ou Kawaii é um sinal de mentalidade infantil que deve preocupar a cultura japonesa, a qual historicamente foi sempre tida como sublime e avançada. Outros proclamam que este tipo de cultura vem provar que os japoneses não querem crescer e tornarem-se adultos. Ainda há quem defenda que “cute” está enraizado na doce harmonia da antiga cultura do Japão afirmando que o povo está à procura de uma nova paz espiritual e de um escape à brutalidade actual através desta cultura. “Cute” pode ser interpretado como a afirmação da alma da nova geração, dizem outros.
Nobuyoshi Kurita, professor de sociologia na Unveusidade de Tóquio, diz que “cute” é um termo mágico que abrange tudo que o que é aceitável e desejável, que é a resposta da nação ao Ocidente. Este conceito “cute, segundo o mesmo, pode determinar a influência da cultura nipónica no Mundo.
Texto preparado com base em investigação e pesquisa na Net.
Fernanda Ferreira
A inspiração surgiu exactamente após a leitura deste pequeno texto da amiga Phoebe - kawaii-culture, cujas ilustrações aqui usadas são as mesmas, como verificarão… e mais uma vez de sua autoria.
Confesso que tenho um fascínio especial por estas culturas tão distintas da nossa, e daí que possivelmente crie laços de amizade com tanta facilidade, mesmo que só virtualmente, com amigos da Malásia, Indonésia, Sri Lanka e Japão.
“A palavra kawaii (可愛い, かわいい?) é um adjectivo japonês que significa amável (fofinho, bonitinho)” e é muito utilizado nos "animês" (anime é uma forma derivada de "animação," inventada pelos japoneses para se referir a todos os tipos de animação) e "mangás" (manga, em japonês, significa "palavras fluídas" ou "palavras indisciplinadas". É uma antiga arte que tem sido usada há séculos como forma de entretenimento. É basicamente um "comic books" japonês, o qual pode ser facilmente traduzido para o Inglês. Entretanto, é errado dizer que o manga é um “comics” do Japão. Desde a década de 70 que o termo se tornou num aspecto proeminente, principalmente da cultura japonesa: no entretenimento, roupas, comida, brinquedos, imagem pessoal, comportamento, e modos de agir.
Olhares ocidentais acham esta doçura intrigante e algumas vezes até estranham, como maioritariamente os japoneses a usam numa vasta gama de situações em que, na cultura ocidental, seria considerado juvenil, incongruente ou frívolo (por exemplo, em publicações governamentais, sinais em serviços públicos, ambientes de escritório, propaganda militar, e linhas aéreas comerciais, e muitas outras).
A palavra Kawaii, já mundialmente conhecida também por “cute”, palavra inglesa que significa “giro” “fixe” deu origem à cultura do “cuteness”. Fofinho e bonitinho, os adjectivos escolhidos pelos orientais para a tradução são mais “meiguinhos”.
Esta cultura popularizou-se rapidamente sobretudo no Japão, aparentemente e até pelo que implicitamente o próprio texto da Phoebe sugere, para aliviar a formalidade da própria língua, sobretudo a usada pelos adultos, e torná-la assim mais leve e descontraída sobretudo entre os mais jovens.
O facto é que, e como já perceberam ela ultrapassou todas as barreiras internas e externas e implantou-se sobretudo nos países orientais.
Nos dias de hoje, a Japan Inc. Empresa, sobejamente conhecida pelos famosos produtos que exporta, tal como a Toyota e a Sony, está agora ocupadíssima na exportação do fenómeno do “cute”, do género dos Video Games Pokemom da Nintendo Co., entre outros, a qual facturou cerca de Y350 biliões só nos EU no ano de 2005. No Japão os negócios de entretenimento somam somente dois terços das vendas da Toyota, algo como $ 152.8 biliões, segundo informação da “Digital Content Association of Japan”.
A obsessão do “cute” já levou a segunda maior potência económica mundial a fazer pesquisas, especificamente no sentido de descobrir exactamente a razão pela qual as pessoas literalmente gravitam à volta do “cuteness”, sobretudo o mais intrigante é saber o porquê da aceitação tão rápida no estrangeiro, a ponto de transformar a imagem do Japão.
Para os mais sépticos o culto do “cute “ ou Kawaii é um sinal de mentalidade infantil que deve preocupar a cultura japonesa, a qual historicamente foi sempre tida como sublime e avançada. Outros proclamam que este tipo de cultura vem provar que os japoneses não querem crescer e tornarem-se adultos. Ainda há quem defenda que “cute” está enraizado na doce harmonia da antiga cultura do Japão afirmando que o povo está à procura de uma nova paz espiritual e de um escape à brutalidade actual através desta cultura. “Cute” pode ser interpretado como a afirmação da alma da nova geração, dizem outros.
Nobuyoshi Kurita, professor de sociologia na Unveusidade de Tóquio, diz que “cute” é um termo mágico que abrange tudo que o que é aceitável e desejável, que é a resposta da nação ao Ocidente. Este conceito “cute, segundo o mesmo, pode determinar a influência da cultura nipónica no Mundo.
Texto preparado com base em investigação e pesquisa na Net.
Fernanda Ferreira
4 comentários:
Dear Na,
Thanks for posted my artwork at here again. I really like something looked cuteness and naive. It make me feel happy and harmony. ~^^~
BlueGrass
Hello sweet Phoebe,
I never thought you would be able to comment today... shouldn't you be in bed and sound asleep???
Fortunately I have managed to make you happy and in harmony, simply by using your artworks, but dear the merit is all yours (^o^)...
Tomorrow I will have this same text in my Blog, so that you can see if I've told the truth or not.
Kisses and cuddles,
Ná
A vida moderna devia alterar o rumo da «evolução» e regressar às belezas da vida simples e mais ligada à Natureza.
Desculpem-me voltar a indicar dois posts que acho interessantes neste sentido:
Quem sou? e
Um dia como os outros.
Digam lá se uma vida simples como estas não é saudável e dá felicidae!
Abraços
João
Amigo João,
Claro que concordo...mas há os factores externos que sempre penetram e aos quais não podemos estar alheios. Julgá-los é uma coisa, compreendê-los é outra.
Este texto pretendia ser uma simples análise ao fenómeno.
Beijinhos
Fernanda Ferreira
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