21/05/2009

Era uma vez uma velhinha que sabia andar de moto

Era uma vez uma velhinha que sabia andar de moto.

Todo dia ela passava pela fronteira montada na motocicleta, com um

bruta saco atrás.

O pessoal da alfândega (tudo malandro velho...) começou a desconfiar

da velhinha.

Um dia, quando ela vinha na moto com o saco atrás, o fiscal da

alfândega mandou-a parar.

A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim para ela:

- Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa todo dia por aqui, com esse

saco aí atrás.

Que diabo a senhora leva nesse saco?

A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os
outros,

que ela adquirira no odontólogo, respondeu:

- É areia!

Aí quem sorriu foi o fiscal.

Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da moto

para examinar o saco.

A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia.

Muito encabulado, ordenou a velhinha que fosse em frente.

Ela montou na moto e foi embora, com o saco de areia atrás.

Mas o fiscal ficou mais desconfiado ainda.

Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba,

dentro daquele maldito saco.

No dia seguinte, quando ela passou na moto com o saco atrás, o fiscal

mandou parar outra vez.

Perguntou o que ela levava no saco e ela respondeu que era 'areia,
uai!'.

O fiscal examinou e era areia mesmo..

Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas as
vezes,

o que ela levava no saco era areia.

Diz que foi aí que o fiscal se chateou:

- Olha, vovozinha, eu sou fiscal da alfândega há mais de 40 anos.

Manjo essa coisa de contrabando pra burro.

Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.

- Mas no saco só tem areia! - Insistiu a velhinha e já ia tocar a

moto, quando o fiscal propôs:

- Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar.

Não dou parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a senhora

vai me dizer:

qual o contrabando que a senhora está passando aqui todos os dias?


- O senhor promete que não 'espalha'? Quis saber a velhinha.


- Juro!!! Respondeu o fiscal.


- É moto!!!

3 comentários:

Luis disse...

Amigos,
Segundo consta no tempo do contrabando de café para Espanha um velhote fazia a passagem de bicicleta com um saco de terra todos os dias. Só ao fim de alguns anos quando o guarda fiscal se reformou veio a saber que o velhote fazia contrabando de bicicletas.Ahahahahaha
Saudações amigas

A. João Soares disse...

Caro Luís,
Ia mesmo falar-te deste caso português. As mesmas anedotas percorrem o mundo com pequenos retoques...
Um abraço,
João

Fernanda Ferreira - Ná disse...

Pois esta da velhinha já é velhinha, até eu conheço.

O Luís referiu o contrabando de café para Espanha, sabem com certeza que aqui no Minho 80 a 90%da população, sobretudo masculina, fazia contrabando...ainda hoje se diz que as pessoas de Valença do Minho têm algo de contrabandistas.

Para colmatar, vou-vos contar que o meu pai foi toda a vida funcionário da alfândega do Porto e que também esteve na fronteira de Valença.

Curiosidades.

Bjs.
Fernanda Ferreira