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Não temo a vida
Com todas as intempéries
Que por vezes ela nos traz...
Temo o desamor,
A calúnia, o egoísmo
E tudo o que abala a paz!
Não temo a Natureza
Com o rigor dos castigos
Com que nos emudece
Ou se defende, não sei...
Temo o cinismo, a avareza
E tudo o que daí advém!
Não temo a morte,
A última viagem
Que um dia farei...
Temo a dor, a angústia
E o desnorte
Que com a morte, causarei!
Ana Martins
Escrito a 2 de Fevereiro de 2009
Não temo a vida
Com todas as intempéries
Que por vezes ela nos traz...
Temo o desamor,
A calúnia, o egoísmo
E tudo o que abala a paz!
Não temo a Natureza
Com o rigor dos castigos
Com que nos emudece
Ou se defende, não sei...
Temo o cinismo, a avareza
E tudo o que daí advém!
Não temo a morte,
A última viagem
Que um dia farei...
Temo a dor, a angústia
E o desnorte
Que com a morte, causarei!
Ana Martins
Escrito a 2 de Fevereiro de 2009
7 comentários:
Tememos o desconhecido...paz.
Temer para quê?
Nem o desconhecido devemos temer, sempre ter expectativas e pés no chão.
Beijinhos!
Ana,mais um belos poemas!
Como bem disse: temer o que nos tira a paz,o que nos deixa inseguros,o cinismo, o fingimento.
Maior que tudo é a esperança!
Beijos
Celle
Querida Amiga Ana,
Ainda bem que voltou pois revela que já está mais descansada e por outro lado porque nos trouxe um belo, mesmo muito belo poema. Acho-o muito bem concebido. Gostei imenso e considero-o um dos que mais me disse!
Parabéns e volte sempre que nos delicia com os seus trabalhos.
Um grande beijinho muito amigo.
Quuerida Ana,
Gosto muito dos seus poemas, mas raramente me refiro à arte como usa a poesia para expressar pensamentos de grande intensidade humana. As ideias que expressa fazem meditar na vida teórica e real.
Segundo José Gil, o medo é uma das barreiras dos comportamentos das pessoas e das sociedades, dos Estados, estando do outro lado a barreira do Amor.
Quando nos deixamos encostar ao medo surge a preocupação com a ameaça, a necessidade de defesa e a consequente propensão para a agressividade, a guerra.
Pelo contrário se nos orientarmos mais pelo Amor, a compreensão, a não exclusão, o respeito pelos outros por mais diferentes que sejam, haverá capacidade de diálogo, de aceitação, de respeito, de harmonia e de paz.
Como diz Ong Alerta, o desconhecido gera medo e confiança, o que nos deve levar a procurar conhecer o que se passa e as razões porque acontece assim. Quando se estamos atento ao ambiente circundante sentimo-nos mais seguros e menos receosos e sabemos evitar as situações menos agradáveis. E o medo passa a dar lugar à sensatez, precaução, segurança, compreensão.
Todos os aspectos que a Ana diz temer são atitudes desagradáveis de outros que ficam com eles e não nos devemos martirizar com os erros de outros, mas, na medida do possível, devemos procurar atenuar-lhes os maus efeitos. Quem diz ou faz mal aos outros não pode ser feliz. Como diz, a última viagem virá num futuro indeterminado e seria bom que cada um tivesse as suas contas do deve/haver cívico em dia para ir em paz sem pesos na consciência, com o prazer de ter tido uma vida digna.
Muito obrigada por me ter dado esta oportunidade de fazer esta reflexão.
Beijos
João
Do Miradouro
Querida amiga Ana,
Sinto, até pela tua ausência, que não estarás a passar um bom momento na tua vida.
Julgo saber o porquê e é urgente que falemos.
Desculpa este aparte, mas o todo o teu poema o reflecte.
Querida, os teus receios são um pouco iguais aos de todo nós, Gente que se preze.
Estão aqui tansmitidos da forma mais bela que existe, POESIA, e como só tu sabes fazê-lo.
Beijinhos
Ná
Na Casa do Rau
Amiga Ana,
Mais um belo poema que só a Ana escreveria.
Começo a conhecê-la melhor e a saber identificar a sua poesia, como sua.
Parabéns
J.Ferreira
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