Imagem da net
São filhos do tempo
Com olhos de vento
E rosto de chuva,
São "Zés" do tormento
Vestidos de alento
Com telhados de rua...
São filhos da lama
Sem mesa e sem cama
De boca fechada,
São Seres Humanos
De toscas lembranças
A recordar nada!
Ana Martins
Escrito a 19 de Abril de 2010
5 comentários:
Querida Ana,
Percorremos os mesmos trilhos às mesmas horas...
Estou com uma conjuntivite e já devia estar na cama e longe do computador há muito tempo, mas agora vou.
Querida amiga,
São gente, são nossos irmãos, são o que a sociedade fez deles.
Fico muito feliz que tenhas abordado este tema em poesia, e de forma tão bela, apesar do tema ser tão triste.
Beijinhos,
Ná
Na casa do Rau
Querida Amiga Ana,
Este seu poema é lindíssimo ainda que sobre um tema bem triste. Tenho gostado muito da sua poesia mas esta, para mim, talvez seja a que mais gostei. Foi muto feliz nas imagens que contruiu e sendo pequena é grande no seu conteudo.
E fez deles gente, pois são nossos irmãos, mas muitas vezes esquecidos. Lembrou-os bem com Amor e Carinho. Um Bem Haja!
Um grande Beijinho muito amigo e solidário.
Ana
O que mais vemos nesta Cidade Maravilhosa são indigentes - imagino pelo mundo afora.
Que versos que jogam a verdade nua e crua e como nos dói ..."a recordar nada"...
Beijos
Querida Ana
Não comungo totalmente de palavras de comiseração para os indigentes. Há alguns que são pessoas com uma elevação de sentimentos e um intelecto invejáveis. Eles são, muitas vezes, personalidades de uma grande riqueza interior. São o modelo «de que o que interessa realmente é o SER, muito acima do TER.
Mas será bom, que a sociedade não os deixe passar muito maus bocados, mesmo que eles teimem na sua auto suficência
Beijos
Do Miradouro
É da água que beberemos, no país que se segue...
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