23/04/2010

INDIGENTES

Imagem da net


São filhos do tempo
Com olhos de vento
E rosto de chuva,
São "Zés" do tormento
Vestidos de alento
Com telhados de rua...

São filhos da lama
Sem mesa e sem cama
De boca fechada,
São Seres Humanos
De toscas lembranças
A recordar nada!


Ana Martins
Escrito a 19 de Abril de 2010
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5 comentários:

Fernanda Ferreira - Ná disse...

Querida Ana,

Percorremos os mesmos trilhos às mesmas horas...
Estou com uma conjuntivite e já devia estar na cama e longe do computador há muito tempo, mas agora vou.

Querida amiga,

São gente, são nossos irmãos, são o que a sociedade fez deles.

Fico muito feliz que tenhas abordado este tema em poesia, e de forma tão bela, apesar do tema ser tão triste.

Beijinhos,


Na casa do Rau

Luis disse...

Querida Amiga Ana,
Este seu poema é lindíssimo ainda que sobre um tema bem triste. Tenho gostado muito da sua poesia mas esta, para mim, talvez seja a que mais gostei. Foi muto feliz nas imagens que contruiu e sendo pequena é grande no seu conteudo.
E fez deles gente, pois são nossos irmãos, mas muitas vezes esquecidos. Lembrou-os bem com Amor e Carinho. Um Bem Haja!
Um grande Beijinho muito amigo e solidário.

Irene Moreira disse...

Ana

O que mais vemos nesta Cidade Maravilhosa são indigentes - imagino pelo mundo afora.

Que versos que jogam a verdade nua e crua e como nos dói ..."a recordar nada"...

Beijos

A. João Soares disse...

Querida Ana

Não comungo totalmente de palavras de comiseração para os indigentes. Há alguns que são pessoas com uma elevação de sentimentos e um intelecto invejáveis. Eles são, muitas vezes, personalidades de uma grande riqueza interior. São o modelo «de que o que interessa realmente é o SER, muito acima do TER.
Mas será bom, que a sociedade não os deixe passar muito maus bocados, mesmo que eles teimem na sua auto suficência

Beijos
Do Miradouro

Táxi Pluvioso disse...

É da água que beberemos, no país que se segue...