02/04/2010

Consumo de Sal e AVC

Transcrição:

Portugueses abusam muito do sal
24 Horas - 01-04-2010

Nós, os portugueses, temos o problema do sal. O português consome demasiado sal”. A preocupação é de Manuel Carrageta, presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia, que considera o sal um dos principais inimigos no combate e prevenção do acidente vascular cerebral (AVC).

“A hipertensão arterial é um dos principais factores de risco para o aparecimento de um AVC. E o sal contribui para o problema”, explica ao 24horas o cardiologista. E o problema é grande: “É impressionante! É um problema de saúde pública. Morrem, em média, duas pessoas por hora com AVC”.

O especialista aponta o pão, a manteiga, o queijo, a fast-food a comida enlatada como as principais fontes do excesso de sal: “No pão a legislação está a caminhar no sentido da redução, mas nos enlatados ainda há muito sal”.

A causa do problema é antiga e tem a ver com a chegada tardia dos frigoríficos a Portugal. “Antigamente, os alimentos eram conservados com sal e habituámo-nos a esse sabor”, justifica. Mas há uma solução: “As nossas papilas gustativas habituam-se facilmente a alimentos que tenham menos sal”.

Exercício a sério

Menos sal, uma vida menos sedentária e nenhum tabaco são as chaves para evitar um AVC. O cardiologista Manuel Carrageta explica ainda que o exercício deve ser levado a sério como medida de prevenção: “Quando se deixa de praticar exercício, perde-se os benefícios em apenas alguns dias”.

Depois é preciso estar atento aos sinais: entorpecimento, formigueiro ou fraqueza na cara, braço ou perna, especialmente num dos lados do corpo, sensação de confusão, dificuldade em falar e compreender, dificuldades de visão, falta de equilíbrio e dor de cabeça forte sem causa aparente.

“O AVC é uma doença súbita, se lhe aparecer repentinamente um destes sintomas, ligue para o 112 imediatamente”, recomenda o médico.

Sobre o tema, sugere-se a leitura de:

Sal e a hipertensão
AVC mata
Como prevenir o AVC
Como reconhecer um AVC e actuar

5 comentários:

Pedro Ferreira disse...

Caro amigo João Soares,

Lamentavelmente tenho que concordar consigo.
O sal mata mesmo, e em Portugal as pessoas usam e abusam muitíssimo dele, incorrendo em graves acidentes, não só a AVC como os ligados ao cancro do estômago e outros.

Aqui, na Suíça, a alimentação é quase insípida, tudo é cozinhado sem temperos, usam-se depois os molhos que também não são muito saudáveis, mas muito pouco sal, sempre.

Obrigada pelos alertas aqui deixados.

Votos de Páscoa muito Feliz.

Abraço,
Pedro

Fernanda Ferreira - Ná disse...

Querido amigo João,

Como bem sabemos o sal em excesso mata mesmo.

Sei que mesmo assim, eu própria uso mais do que uma colher de café se sal por dia...este velho vício português do sal é difícil de sair dos nossos hábitos alimentares.

Vamos reduzindo até à porção ideal.
O ideal era não usar sal nenhum, uma vez que até o pão já tem sal a mais.

Obrigada pelo post, muito pedagógico. Oxalá alguém mais aprenda esta lição.

Beijinhos com música mais pascal.

A. João Soares disse...

Caro Pedro e Querida Ná,

Aos poucos vamos aprendendo maneiras de vivermos com saúde durante mais anos. Nos restaurantes já é costume usarem pouco sal. Vai longe o tempo em que o abuso do sal era um propositado para levarem os clientes a beberem mais, aumentando a factura.

Abraço e beijos, respectivamente
João

Luis disse...

Caro João,
Há duas coisa que nós portugueses abusamos na nossa alimentação e que fazem muito mal à saúde: O sal e o acúçar. Toda a gente reconhece isso e no entanto continuam abusando desses produtos. E há tantas formas de se cozinhar sem se abusar deles...
Cá por casa faz-se o possível para os evitar!
Um abraço amigo.

A. João Soares disse...

Amigo Luís,

Já sabemos que procuras ser um modelo de virtude, até quanto ao sal e ao açúcar. Deve ser uma norma de cada um procurar atingir a perfeição, a cada momento e em todos os aspectos. A alimentação e os pensamentos são dois vectores determinantes da saúde. E esta é de tal forma importante que deve merecer todos os cuidados preventivos para que nunca falte.

Um abraço
João