26/11/2009

CP - Redução de Pessoal


A nova CP
Por Henrique Custódio, jornalista
(…) Em termos de efectivos globais, desde 1992 até 2008 o número de trabalhadores diminuiu 10.218 em todas as áreas, à excepção do núcleo dirigente, onde houve um aumento de 11 gestores e 502 quadros superiores.
Daqui resultou que a relação trabalhador/quadro superior, que em 1992 era de 35 para 1, passou em 2008 a ser de 9 para 1 (...)
(…) na actual CP semi-privatizada e desmembrada, «reduz-se na área da produção para dar lugar, em muitos casos, aos “boys” dos diversos governos». (…)
(…) «Por isso as assimetrias se acentuam e os trabalhadores vêem as injustiças a crescer», frisa o Sindicato. (…)
(…) A componente pública que se manteve na «nova CP» - fragmentada e semi-privatizada - tem servido para três coisas:
Para canalizar os dinheiros públicos, que por sua vez irão cobrir todos os défices, desmandos e investimentos necessários às explorações rentáveis e entregues de mão beijada aos privados e, finalmente, para alimentar a multidão de «amigos» dos sucessivos governos e governantes, por ali acomodados entre uma tão crescente legião de «gestores e quadros superiores» que, actualmente, o rácio já é de um desses quadros por nove trabalhadores... »

3 comentários:

A. João Soares disse...

Caro Amigo Luís,

O grande mal da nacionalização de empresas que bem podiam ser privadas. É um asilo de incompetentes amigos dos políticos.

Se o rácio trabalhador por chefe passou de 35 para 9, é sinal de que os actuais chefes têm uma capacidade de chefia 3,9 inferior. Portante, há quase o quádruplo de chefes do que havia. Para quê?

Alguma empresa privada aceitaria tanto incompetente para estar a coçar-se a troco de ordenados milionários e, provavelmente a receber prémios de produtividade!!!

Alguma empresa estaria a pagar a 30 se pudesse estar a pagar apenas a 9 quadros competentes??

Porque é que os governos têm utilizado as empresas com capitais do Estado para servirem de asilo aos seus boys? É ali e nas assessorias dos políticos que se «formam» os futuros deputados secretários de Estado e, ministros e até PMs. Depois a troco de uns favores a «universidades» obtêm diplomas, por vezes primeiro os de pós-licenciatura e depois os de licenciatura!!!
Também servem de lares de idosos para ex-autarcas e ex-governantes. Não são empresas de transportes ou de outros sectores; são institutos camuflados de assistência social para os protegidos do Poder.

Isto é apenas o que se conclui dos números apresentados no post.
Tais números estão correctos? Ou terei de eliminar as minhas deduções???

Um abraço
João

Fernanda Ferreira - Ná disse...

Amigo Luís,

Não há dúvida alguma, o amigo João disse tudinho..........

Beijinhos

Luis disse...

Caríssimos Amigos,
Bons comentários e quanto aos números até agora não foram rebatidos pelo que julgo estarem certos.
Aliás vão ao encontro da anedota das regatas de barcos a remos que, a cada derrota das nossas cores, ao fazer-se o relatório de apuramento dos resultados se iam retirando remadores e aumentando os chefes... claro que cada vez se perdia por mais...
Um abraço amigo.