Imagem de Isabel Filipe
Já não me assusta o teu olhar
Com sabor a guerra
E as tuas mãos violentas
Já não amarrotam
O meu rosto amedrontado...
Hoje tenho a força
Que provém da terra,
Não guardo nem alimento
Negruras do passado...
Hoje estou aqui
Para te dizer que foste
O meu maior erro,
O pior engano,
Rasguei no meu diário
As páginas com gosto
à dor incendiaria
Do louco e do profano!
Já não há na história
Que um dia eu vivi
A cavilosa e malfadada inglória
Que me unia a ti...
Rasguei ao sabor do vento
As prosas de cativeiro
E hoje digo sem tormento
Não foste amor certeiro!...
Ana Martins
Escrito a 12 de Agosto de 2009
Alertas (se fores vítima...se fores testemunha)
Não ter medo de denunciar!! Ligar em caso de urgência 800202148.
Apresentar queixa às autoridades competentes.
Pedir apoio à APAV- Associação de Apoio à Vítima
Telef. 707200077 - Podes também enviar um email: apav.sede@apav.pt
10 comentários:
Querida Ana Martins!
Você a Ná brilharam na homenagem ao João, Parabens!
Gosto muito dos seus poemas.
Este "o Grito" é demais... e o ilustrou com uma imagem bem própria!
Com que facilidade lida com as palavras e artisticamente dá o recado...
Desfazendo as amarras, os grilhões, dá um basta de forma certeira decidida!!!
Lindo!
Celle
Desculpe-me Ana!
Ao ler o poema sentí um grito de libertação, de fim do sufôco... e troquei o título, me perdoe!
"Basta"!
Celle
Celle,
comentou e muito bem, este "Basta" é sim um "grito de libertação, de fim de sufoco", é o ponto final que todas as vitimas de violência deveriam ter coragem de colocar!
Beijinhos,
Ana Martins
Ana você escreve muito bem, lindíssimo!!!
"Cada pessoa que passa em nossa vida, passa sozinha
é porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra.
Cada pessoa que passa em nossa vida, passa sozinha
e não nos deixa só, porque deixa um pouco de si
e leva um pouquinho de nós.
Essa é a mais bela responsabilidade da vida e a prova
de que as pessoas não se encontram por acaso. "
Charles Chaplin
Abraços com uma linda semana cheia de amor e paz.
Querida, em meus dois blogs eu estou em uma campanha pela não-violência contra a mulher, que partiu do Canadá, pelo poeta, escultor e pintor salvadorenho ADOLFO PAYÉS.
Convido-a a conhecer um pouquinho mais desse dia 25 de novembro...
Grata.
Querida Ana Martins,
Ainda bem que se sente mais aliviada do problema que muito a preocupou e desejo que tudo normalize e volte a esperança que é tão necessária à vida. Aquilo que dói deve ser tratado ou extirpado, no estilo deste seu belo poema. Recordo um post da Celle em que dizia que devemos amar os outros e oferecer a mão, o ombro para eles se apoiarem. Mas não devemos cair na asneira de nos tornarmos escravos e vítimas de abusadores ou abusadoras que nos sugam as energias e, até, a vida.
Escolheu uma data muito significativa para o BASTA. Foi há 34 anos. Mas se acabou com a bagunça do verão escaldante, não completou a obre, pois devia ter dado início a uma reconstrução tornando a liberdade como uma mola para aumentar o respeito pelos outros, orientando os esforços para o progresso, a equidade, a igualdade de oportunidades, o trabalho, o estudo, a sociedade mais civilizada,o governo para os cidadãos, para lhes garantir melhor qualidade de vida.
Essa falha dos líderes teve consequências de que ainda hoje estamos a sofrer, como se vê pelos casos Face Oculta, Freeport, Furacão, Aterro da Cova da Beira, Portucale, mau emprego do dinheiro recebido da UE, Justiça muito doente, etc, etc.
BASTA.
Não devemos deixar de reagir positivamente, de forma construtiva, de uma vida melhor às situações que nos torturam e esmagam.
É preciso eliminar os tumores malignos antes que eles nos eliminem a nós.
Beijos e as melhoras dos seus familiares doentes
João
Querida Ana,
Este teu BASTA é um grito de alerta para todas as vítimas de violência, especialmente a feminina.
Assinala-se hoje o Dia Internacional para a Eliminação da Violência sobre a Mulher.
Vinte e seis mulheres foram assassinadas desde o início do ano e 43 foram vítimas de tentativa de homicídio. A maioria foi morta pelos companheiros, maridos ou namorados, e não esquecemas que na grande maioria dos casos, as
vítimas têm idades entre os 36 e os 50 anos (52 por cento).
Obrigada pelo poema, sempre lindíssmo, e por este GRITO.
Ainda por todos os contactos que deixas, para que toda a gente que tenha conhecimento destas situações DENUNCIE.
PARABÉNS.
Ná
Cara Ana Martins,
Muito belo e oportuno o seu poema.
O ser humano tem muito caminho pela frente para evoluir no sentido do respeito e da igualdade.
É inadmissível a crueldade exercida sobre as companheiras e nalguns casos também o oposto.
Não há violência, Nunca!
Abraço,
J.Ferreira
Querida Ana,
Este grito de Libertação em forma de poema é belo e oportuno neste mundo de violência em que vivemos!
Mas tenha-se em atenção que as vitimas também podem ser homens ainda que em menor quantidade. Este surto de violência está ligado ao stress que se vive e que nos leva a situações extremadas sem que haja razões plausíveis para que tal suceda! Entrando-se nessa espiral depois é difícil sair dela!
Parabéns e um beijinho.
Lindo!!! Parabéns pela belas palavras! Parabéns pela inspiração! Bjs
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