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Despi as memórias antigas
Engavetei os velhos poemas
Afoguei o sofrimento nas lágrimas
Quisera lembrar-te apenas.
Fechei num baú o desgosto
Queimei as feridas abertas
Sequei as lágrimas do rosto
Poli algumas arestas.
Pensei que estava liberta
Mas só fantasiei por instantes
Não há saudade efémera
Mas sim forte e relutante.
Ana Martins
Escrito a 15 de Julho de 2008
Despi as memórias antigas
Engavetei os velhos poemas
Afoguei o sofrimento nas lágrimas
Quisera lembrar-te apenas.
Fechei num baú o desgosto
Queimei as feridas abertas
Sequei as lágrimas do rosto
Poli algumas arestas.
Pensei que estava liberta
Mas só fantasiei por instantes
Não há saudade efémera
Mas sim forte e relutante.
Ana Martins
Escrito a 15 de Julho de 2008
9 comentários:
Querida Ana,
Como sempre um lindo poema. A saudade por muito que a queiramos esconder deixa sempre marcas! Foi o caso!
Um beijinho muito amigo.
Um poema que marca pelo bom gosto e pela saudade.
Quando fugimos do amor ele estará sempre por perto. Nada adianta fechá-lo. As sua marcas sempre nos seguirão
Querida Ana,
Mais um desabafo poético de grande interesse.
Fez-me recordar Camões e os seus sonetos:
Aquela triste e leda madrugada,
Cheia toda de mágoa e de piedade,
Enquanto houver no mundo saudade, Quero que seja sempre celebrada.
(...)
e este outro:
Alma minha gentil que te partiste
Tão cedo desta vida descontente
Repousa lá no Céu eternamente
E viva eu cá na terra sempre triste.
(...)
Ser poeta é ser sensível, viver de sentimentos em que a saudade tem um forte papel e representa um espinho que fere permanentemente.
Mas, minha querida, a felicidade exige que coloquemos as saudades em segundo plano e nos dediquemos mais às belezas do presente e às esperanças e fantasias do futuro.
Desejo-lhe muitas felicidades para todo este ano que há pouco se iniciou.
Beijos
João
Saudade é um sentimento bem nosso, tão intrinsecamente nosso que não há tradução noutra língua.
Bonito poema cheio de emoção
Beijinhos e parabéns!
Querida Ana,
Pouco ou nada podemos fazer para afastar a saudade.
Ela vive connosco a vida inteira!
Como sempre um belíssimo poema da nossa poetisa mor.
Obrigada.
Beijinhos
Ná
Querida Ana Martins,
Este seu poema é extraordinariamente belo. Como pode apresentar poemas com tanta beleza e perícia? Um abraço de parabéns, de amizade e grande admiração.
Mara
Caros colegas e comentadores,
Muito obrigada pelos vossos agradaveis comentários.
Beijinhos,
Ana Martins
Feliz fin de semana ...besos
Marina
ANA
Que saudades... ela entristece... ela dói... e não vai embora.
Beijos
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