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No Sentir errado de liberdade,
Nessa cegueira que afunda o Ser
Anda o mundo apeado da verdade
Num reverso do escárnio e maldizer.
E é tal a ânsia de subir mais e mais,
Voar mais alto até o infinito
Que se empolgam tantos ódios que jamais
Darão por certo o equilíbrio distinto.
Eu queria ser força inigualável,
Labareda de carácter invejável,
Verdade com altivez de trovão...
Eu queria ser pedra que todos pisam,
Com porosidades que entranham e eternizam
O amor em todo e qualquer coração!
Ana Martins
Escrito a 10 de Janeiro de 2010
No Sentir errado de liberdade,
Nessa cegueira que afunda o Ser
Anda o mundo apeado da verdade
Num reverso do escárnio e maldizer.
E é tal a ânsia de subir mais e mais,
Voar mais alto até o infinito
Que se empolgam tantos ódios que jamais
Darão por certo o equilíbrio distinto.
Eu queria ser força inigualável,
Labareda de carácter invejável,
Verdade com altivez de trovão...
Eu queria ser pedra que todos pisam,
Com porosidades que entranham e eternizam
O amor em todo e qualquer coração!
Ana Martins
Escrito a 10 de Janeiro de 2010
5 comentários:
Querida Ana,
Belo soneto e tão verdadeiro!
Fala-se tanto de Liberdade e nunca fomos tão escravos como agora! Os Estados tratam-nos como uma fonte do seu rendimento, "sugam-nos até ao tutano" e os seus responsáveis vivem à larga e à nossa custa! Que raio de liberdade é esta!
Um beijinho amigo.
Querida Amiga Ana,
Mais uma jóia produzida pelo seu laboratório de preciosidades. Realmente a liberdade é um dom precioso, indispensável para a felicidae e o progresso, uma ferramenta da vida. Mas, como toda a ferramenta, tem perigos quando usada descuidadamente, sem obediência a regras. Náo pode ser exercida com respeito pelos outros que não podem ser prejudicados no uso da sua própria liberdade. Civismo, educação, generosidade, amizade, e outras virtudes têm de lhe fazer companhia permanente.
Temos que ser merecedores da nossa liberdade dando aos outros o mesmo direito.
Beijos
João
Querida Ana,
O teu poema é só mais um dos teus maravilhosos poemas.
Realmente muito intenso e incrivelmente revelador da tua sensibilidade e maneira de estar na vida.
Beijinhos
Ná
Amiga Ana Martins,
Se me permite...julgo que sim ;)))
Não vim aqui por acaso. Infelizmente o meu trabalho e a minha vida absorvem-me muito tempo, ficando com pouco tempo até para dormir.
Não sei como é possível que os seus poemas sejam tão poucos comentados...
pelo menos aqui no SJ.
Eu acho-a uma poetisa completa, sempre gostei do que li seu, sempre mesmo.
Este é mais um poema de nos deixar com pele de galinha.
Obrigado.
Abraço amigo do filho da Ná, que me fala muito em si e com uma admiração que compartilho totalmente.
Pedro
Obrigada Pedro,
mas sabe que o Sempre Jovens é um blogue de eleição, com posts muito bons e temas pertinentes. É perfeitamente natural que a poesia passe um bocado ao lado perante posts da actualidade muito interessantes e que permitem até uma discussão saudavel dos variados pontos de vista dos comentadores.
Alegra-me muito saber que gostam do que escrevo e hoje fiquei particularmente feliz com o seu comentário, até porque é filho de uma grande amiga minha.
Beijinhos,
Ana Martins
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