Num dia muito cinzento, onde o vento gélido, cortava e penetrava os agasalhos próprios da época, ontem dia 15 de Fevereiro esteve "a dupla Ferreira" em Viana, por razões que não turísticas ...mas aproveitou-se o tempo entre consultas, e após um delicioso bacalhau com natas, no Camelo, lá fomos fazer horas e a digestão, enquanto esperavamos pela segunda consulta.
A Princesa do Minho está linda e recomenda-se.
Lenda de Viana
Há muito, muito tempo, na margem direita do rio Lima, erguia-se uma pequena povoação que tinha o nome de Átrio ou Adro. As pessoas que aqui habitavam construíam barcos, fabricavam redes e ensinavam as filhas e as mulheres a consertá-las…
Para além de pescarem no rio também se aventuravam no alto mar, apesar de muitas vezes serem surpreendidos pelo mau tempo, tornando-se difícil vencer a impetuosidade das ondas. De lá traziam carapaus, congros, pescadas, sardinhas, fanecas e muitos outros peixes, com que se alimentavam e vendiam no mercado.
Quando o mar se alterava e não permitia a pesca, tinham o rio. E Aqui pescavam enguias, solhas, trutas, tainhas, lampreias, sáveis e salmões, conforme as épocas.
Para além disso tinham as terras para desbravar, delas colhiam as hortaliças, batatas, cenouras, tomates, frutas e outras tantas coisas, mas não estavam vocacionados para as tarefas desta natureza. A horta era como um recurso de última hora. Preferiam comprar ou trocar por peixe. Dizemos que, naquele tempo, vinham os de Castro e traziam caça; os de Figueiredo e Santa Maria da Vinha (hoje Areosa), carvão e sacos de farinha; os da Meadela e de Darque, legumes, feijão, cebolas, hortaliças, e frutas de vária espécie, bem como carnes de porco, ovo e galináceos. Por altura da Páscoa, desciam da serra da Arga os queijeiros e os vendedores de cabritos, anhos, presuntos e salpicões.
Esta povoação ia crescendo de dia para dia. Novas casas se iam erguendo, principalmente em redor da matriz, onde todos se reuniam, quer nas cerimónias religiosas quer em dias festivos. E era bonita a vista que dali se desfrutava com o rio ao fundo, onde os barcos de vela subiam em direcção à nascente ou desciam em direcção ao mar.
Por essa altura, ali vivia uma linda rapariga que havia sido baptizada com o nome de Ana. Essa linda rapariga, um dia, apaixonou-se por um moço da outra margem, que por sinal era barqueiro.
A paixão destes dois jovens era tal que bem lhes apetecia estarem longas horas juntos. Mas, tal como acontece nos tempos de hoje, nem sempre isso era possível. Por isso, o jovem barqueiro, sempre que encontrava alguém conhecido, perguntava:
- Viste Ana?
E a resposta não se fazia esperar.
- Sim, via Ana no castelo.
No castelo porque era o local onde ela, juntamente com a sua família, residia.
Assim, e porque se repetia por diversas vezes a força de expressão “Vi Ana”, em breve surgiria o nome VIANA, para designar a terra onde ela habitava.
Segundo a lenda, teria sido assim que surgiu o nome de Viana para designar a então Átrio ou Adro.
Apreciem agora as fotos.
Vejam todas as fotos aqui no Só Imagens.
Fernanda Ferreira (Ná)
A Princesa do Minho está linda e recomenda-se.
Lenda de Viana
Há muito, muito tempo, na margem direita do rio Lima, erguia-se uma pequena povoação que tinha o nome de Átrio ou Adro. As pessoas que aqui habitavam construíam barcos, fabricavam redes e ensinavam as filhas e as mulheres a consertá-las…
Para além de pescarem no rio também se aventuravam no alto mar, apesar de muitas vezes serem surpreendidos pelo mau tempo, tornando-se difícil vencer a impetuosidade das ondas. De lá traziam carapaus, congros, pescadas, sardinhas, fanecas e muitos outros peixes, com que se alimentavam e vendiam no mercado.
Quando o mar se alterava e não permitia a pesca, tinham o rio. E Aqui pescavam enguias, solhas, trutas, tainhas, lampreias, sáveis e salmões, conforme as épocas.
Para além disso tinham as terras para desbravar, delas colhiam as hortaliças, batatas, cenouras, tomates, frutas e outras tantas coisas, mas não estavam vocacionados para as tarefas desta natureza. A horta era como um recurso de última hora. Preferiam comprar ou trocar por peixe. Dizemos que, naquele tempo, vinham os de Castro e traziam caça; os de Figueiredo e Santa Maria da Vinha (hoje Areosa), carvão e sacos de farinha; os da Meadela e de Darque, legumes, feijão, cebolas, hortaliças, e frutas de vária espécie, bem como carnes de porco, ovo e galináceos. Por altura da Páscoa, desciam da serra da Arga os queijeiros e os vendedores de cabritos, anhos, presuntos e salpicões.
Esta povoação ia crescendo de dia para dia. Novas casas se iam erguendo, principalmente em redor da matriz, onde todos se reuniam, quer nas cerimónias religiosas quer em dias festivos. E era bonita a vista que dali se desfrutava com o rio ao fundo, onde os barcos de vela subiam em direcção à nascente ou desciam em direcção ao mar.
Por essa altura, ali vivia uma linda rapariga que havia sido baptizada com o nome de Ana. Essa linda rapariga, um dia, apaixonou-se por um moço da outra margem, que por sinal era barqueiro.
A paixão destes dois jovens era tal que bem lhes apetecia estarem longas horas juntos. Mas, tal como acontece nos tempos de hoje, nem sempre isso era possível. Por isso, o jovem barqueiro, sempre que encontrava alguém conhecido, perguntava:
- Viste Ana?
E a resposta não se fazia esperar.
- Sim, via Ana no castelo.
No castelo porque era o local onde ela, juntamente com a sua família, residia.
Assim, e porque se repetia por diversas vezes a força de expressão “Vi Ana”, em breve surgiria o nome VIANA, para designar a terra onde ela habitava.
Segundo a lenda, teria sido assim que surgiu o nome de Viana para designar a então Átrio ou Adro.
Apreciem agora as fotos.
Vejam todas as fotos aqui no Só Imagens.
Fernanda Ferreira (Ná)
6 comentários:
Querida NÁ,
Como sempre um post muito interessante a condizer com a Cidade que é igualmente linda. Conheço-a relativamente bem ainda que lá não vá já há algum tempo. Claro que as fotos estão de acordo com o texto pela sua qualidade e gosto-
Parabéns aos "Ferreiras" e um beijinho para si muito amigo.
Querido amigo Luís,
Viana é uma cidade linda sim! Volte e depois já sabe...
Obrigada pelo comentário,sempre simpático.
Beijinhos
Ná
Querida Ná,
Mais um enriquecimento deste espaço, com a sua iniciativa e o valor artístico do José. Mais uma valorização das belezas de Portugal, neste caso do Minho, do verde Minho.
Beijos para a Ná e um abraço para o fotógrafo
João
Caros amigos,
Por ter feito a minha parte neste post, e porque tenho contribuído muito pouco com textos, o que lamento, venho agradecer as amáveis palavras que me são dirigidas enquanto fotógrafo.
Podem continuar a contar comigo neste campo, já que é mesmo uma paixão, e não descartem, a hipótese de eu voltar a escrever.
Comigo só sai, quando sai.
Abraços e um beijo à autora.
Querido amigo João,
O verde Minho continua verde e viçoso, lindo e apelativo para todos que nos queiram visitar.
Venha daí, faça um esforço e venha conhecer de perto este tesouro.
A família Ferreira pode e terá todo o prazer em acolhe-lho na sua humilde casa.
Se gosta de lampreia está na hora. se gosta mais de sável espere mais um mês.
Aqui não lhe faltará nada...nada mesmo.
Somos muito bons hospitaleiros e não cobramos nada...esta oferta é só para AMIGOS do PEITO.
Beijinhos
Ná e José
Olá
Não te preocupes.. o teu trabalho é tanto ou mais dedicado do que o meu.
Tudo conta. Cada qual faz o que mais lhe diz... se ru é a fotografia, continua, afinal toda a gente está de acordo que és muito bem.
Eu também.
Agora vem aí o ciclo da lampreia, já há fotos.
Continua, vais ver que ainda ficas famoso :)))))))
Beijo
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