Sento-me aqui a ponderar acerca de nada em particular, e enquanto escrevo sem saber o que direi na próxima linha, percebo que o Mundo à minha volta está em constante movimento, dia a dia, sempre a girar, não há excepções para ninguém.
Aqui sentada a fazer pouco mais do que nada, espero, parece que estou sempre à espera que algo aconteça.
De repente, percebo que todos estamos à espera de algo. Há pessoas que esperam que a luz de semáforo mude para atravessarem a rua em segurança.
Há outras que esperam pelo seu pedido aqui no café, outras parecem esperar pessoas ou que o telemóvel toque, talvez um encontro, esperam alguém e desesperam.
Há ainda os que esperam ansiosamente pelo sol que brilhe e os aqueça, outros pela chuva que abençoará as suas colheitas.
Outros há, que esperam ansiosamente que o amor aconteça nas suas vidas.
Muitos esperam por um emprego que parece inatingível. Outros que e escola acabe para iniciarem uma vida profissional na ilusão de que será fácil um emprego.
Há os que esperam desesperadamente que chegue o Verão e outros que esperam por um amigo que tarda em chegar.
Mas se o Mundo não para, porque hei-de eu parar?
O facto é que ninguém controla o tempo, por isso a chuva cairá e o sol raiará logo depois. Entretanto, com sorte ainda verei um belo arco-íris que já não vejo há muito tempo.
O telefone acabará por tocar e o amor chega sempre quando menos se espera.
O Verão chegará e passará num ápice e o amigo aparecerá sempre, de qualquer maneira, por isso nada de preocupações, ele só está atrasado.
O melhor mesmo é não esperar muito e viver o dia a dia, não estagnar é o segredo. Se deixar de ser prisioneira de mim própria, da minha rotina, serei livre como uma borboleta.
Imagem da InterNet
Fernanda Ferreira (Ná)
9 comentários:
Queridos amigos, sobretudo colegas,
Como estive todo o dia em casa por causa de uma dor de garganta, que já está melhor, felizmente, monopolizei o nosso espaço.
Do facto peço desculpas.
Prometo que tão cedo não publicarei mais nada, até porque amanhã já saio às 8:30 para a rua.
Beijinhos
Ná
Querida amiga Ná,
monopolizaste e muito bem!
Gostei muito do texto e do tema que ele trata.
Livres como uma borboleta, parece-me impossível, até porque a nossa essência jamais o deixaria, mas somos felizes assim!
Beijinhos,
Ana Martins
Querida NÁ,
A propósito de estar à espera lembrei-me de um dito de uma Tia velhota que dizia: - "Quem espera sempre alcança nem que seja um pontapé na pança..." E é de facto um pouco de verdade!
Espero que a sua espera, neste caso, seja umas melhoras dessa garganta...e nada mais!!!
Um beijinho amigo.
Minha querida amiga Ná´´
Se pensa que abusou do espaço, está enganada, muito enganada. Na verdade, veio enriquecer o Sempre Jovens como raramente acontece a este espaço, trazendo motivo para reflexão, sem ser uma transcrição de coisas mais ou menos conhecidas.
A comparação com a borboleta não passa de um adorno final para dar graça à sua defesa da luta contra a ansiedade da esperança.
Nunca somos totalmente livres, porque a nossa vida está dependente de imponderáveis imprevisíveis. Realmente sem esperança não há amanhã, é preciso prever e condicionar o futuro, planeando, preparando as melhores soluções, tomando a cada momento pequenas decisões.
Devemos estar preparados para fazer face aquilo que nos surja, com a flexibilidade da borboleta, para aproveitarmos as oportunidades de melhorar a nossa vida espiritual, em obediência a valores de civismo, de ética.
O tempo é imperativo e não é por ter mais esperança que ele passa mais depressa, temos que o aceitar com serenidade, mas em desperdiçar esse bem precioso que nunca se recupera. Quando planeamos temos por base a esperança de que os objectivos pretendidos sejam atingidos, com o máximo de perfeição, com o optimismo de que incita a fazer melhor.
Beijos
João
Querida Ana,
Amiga, livre como uma borboleta é a minha forma de dizer que para mim quebrar rotinas que eu própria estabeleço, sem querer...ou não,é fundamental.
Sempre reclamei que sempre tive donos, nunca fui totalmente livre, um dia explico-me melhor num outro texto.
Beijinhos Ná
Querido amigo João,
Fico felicíssima que tenha gostado.
As palavras foram fluindo e saiu um texto invulgar, mas que não deixa de ser exactamente o que eu penso.
Já me conhece o suficiente para saber que sou sobretudo espontânea e transparente.
Como disse à Ana, a borboleta foi escolhida por ser bela e aparentemente livre.
Sonho muitas vezes que voo e gostava de ser, pelos menos um dia na vida, totalmente e completamente livre. Será utópico mas mesmo sendo, é algo que queria um dia (24 horas) ser.
Beijinhos
Ná
Querido amigo Luís,
Felizmente já passou a garganta, ficou uma coisinha leve...fico completamente bem no fim de semana. Obrigada.
Amigo, quem espera desespera, quem espera sempre alcança, essa que referiu deve ser muito caseirinha, não conheço.
Beijinho
Ná
Olá Mãe!
Há tanto tempo que não te vinha visitar aqui, mas sabes que não dá, o patrão não nos dá sossego um segundo.
Tenho agora tempo para te dizer que acho este teu texto lindíssimo, parece que estou a ver a tua cara quando o escreveste, as tuas pausas e logo a seguir umas tantas frases.
Tenho saudade das cartas que me escrevias e que faziam inveja à Bita, que dizia sempre "A tua mãe escreve tão bem e tem uma letra tão bonita".
Mesmo nos meus trabalhos para a Escola, aqueles que tinham um dedo teu, provocavam alguma admiração nos professores.
Belos tempos.
Parabéns e beijinhos muitooooooos.
Pedro
Querido filhote,
Ainda bem que vieste mimar a mãe. Obrigada.
Sei que me conheces bem, imaginas bem, não estás muito longe mesmo. A tua descrição até me fez rir.
Só faltou referir os óculos na ponta do nariz, para ler ao perto :))))
Muitos beijinhos para ti e para as meninas.
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