27/02/2010

Utopia














Enviei uma mensagem
num envelope com folhas
para que no mundo não haja
nenhuma boca com rolhas

Para que não haja funerais
antes de a pessoa morrer
arre porra que é demais
assim tanto faz doer

Para que haja liberdade
durante toda a nossa vida
e um pouco mais de igualdade
e toda a riqueza repartida

Trabalho para toda a gente
todos temos que trabalhar
para o mundo ser diferente
e não haver tanta gente
neste mundo a ma…r

Não ao urânio enriquecido
nem às fabricas de armamento
porque tudo isso é um perigo
para a vida de toda a gente

Para o político endinheirado
daqui e do mundo inteiro
que tem fortunas e dinheiro
e não foi do ordenado

Um pouco mais de ordenado
para o bom trabalhador
e tirar um bom bocado
ao ruim administrador

Foi tudo trabalho perdido
não tiveram em consideração
este meu humilde pedido
não sei por qual a razão

O envelope de pouca espessura
pesava pouco era levinho
não passou na censura
nem chegou ao seu destino.

Do meu muito querido amigo José do Blogue Reflexões e outras Divagações, também seguidor do nosso Blog, a quem eu convidei para fazer parte desta equipa. Infelizmente para nós, sem sucesso.

Não que ele precise de comentários, este mesmo poema tinha há minutos 59. Mas gostava muito que lhe fizessem uma visita.

10 comentários:

Fernanda Ferreira - Ná disse...

Queridos amigos!

É com muita honra e orgulho que trago aqui um poeta genuíno, uma pessoa de rara seriedade e humildade.

Desempregado e, segundo ele, com parcos conhecimentos informáticos, tem feito um trabalho louvável no seu Blogue e angariado a paixão de muitos seguidores, entre os quais me encontro eu.

Este seu trabalho, bem como muitos outros é irónico, satírico, cheio de recados bem dados.
Espero que gostem pelo menos tanto quanto eu.

Beijinhos

Anónimo disse...

Eu já o conheço amiga.
Vamos combinar q ele é tuuuudo de bom.Um talento fora de série.
Merecida homenagem.
Obrigado por tua visita minha linda.
beijos 1000.

Luis disse...

Querida Ná,
Irei visitá-lo pois para além das suas palavras gostei imenso da forma encontrada neste poema para satirizar as políticas que têm vindo a ser seguidas. Diz ele que o envelope era levinho, pois eu acho o contrário, era bem pesado e ainda assim não lhe pegaram, talvez até por isso mesmo!!!
Um beijinho amigo.

J.Ferreira disse...

Como dizes, aqui está um poeta com sabor satírico que vai dando umas ferroadas bem dadas.

Disseste-me que é algarvio, não creio que seja só sugestão, acho mesmo que o José (meu homónimo)tem um jeito de corridinho natural, espontâneo de dizer as coisas que lhe fluem desta forma tão simples e despretensiosa, mas perfeita.

Amigo, ganhou mais um fã.

Beijo para ti,
José Ferreira.

José disse...

Olá Fernanda, Bom dia, aproveito para cumprimentar todo pessoal aqui do SEMPRE JOVENS, blog, que eu venho seguindo desde há já algum tempo.
Fernanda muito obrigada pelas palavras de carinho,e por divulgares o que eu escrevo, eu acho que não merece tanto.Há muita gente que me tem comparado ao António Aleixo um poeta Algarvio,
pelo menos nisto sou igual ele
ele era quase analfabeto, e eu pouco mais sou do que isso, ele teve um professor de Liceu que o ajudou a publicar os livros que escreveu, Joaquim Magalhães,e Eu agora desta vez, tenho uma professora de Inglês. O seu nome é Fernanda, e é uma pessoa de quem eu gosto muito.
Obrigada à Pérola Marinha, ao Luís,
E ao José Ferreira, Grande Fotografo.

Se me permitem vou pôr aqui três versos do António Aleixo.

Este livro que vos deixo
e que a minha alma ditou
vos dirá como o Aleixo
viveu, sentiu e pensou

Não sou esperto nem bruto
nem bem nem mal educado
sou simplesmente o produto
do meio em que fui criado

Sei que parece um ladrão
mas há muitos que eu conhece
que sem parecer o que são
são aquilo que eu parece

este ultimo foi um médico que disse que ele parecia um ladrão e ele respondeu-lhe assim, na hora

um beijinho grande
José

A. João Soares disse...

Mais um poeta do povo, à semelhança do António Aleixo e do José Rolita Correia Caniné, dois algarvios de gema.

Abraço
João

Fernanda Ferreira - Ná disse...

Querido amigo José,

Não te preocupes, se aqui neste Blogue, não tens o mesmo número de comentários....
Sabes? Aqui as pessoas são muito, demasiado, para o meu gosto, egocêntricas (e não estou a exagerar).

Eu, e não só,felizmente para ti, amamos o que tu fazes!!!! Nunca duvides disso!!!!
Muito menos de ti....

Tu não és, nem inculto, nem muito menos pessoa para não saber distinguir o teu real valor das "porcarias" pretensiosas que circulam na Blogosfera.
És muito melhor do que a maioria que faz "copiar e colar" e toca a andar.

Doa a quem doer, eu tenho que fazer o que tenho que fazer (dizer)!

Beijinhos da tua sempre amiga,

Luis disse...

Amigo José,
Quem se apresenta com a humildade com que o fez e apresentando um poema tão belo, simples mas igualmente tão completo tem que ser Alguém Grande e cheio de Valor! Outro qualquer apresentar-se-ia com penas de pavão cheio de "farronca", que espremido nada dava! Como já tinha dito anteriormante gostei do seu estilo simples mas muito forte e directo e por isso mesmo irei visitá-lo com muito apreço
Um forte e amigo abraço..

Fernanda Ferreira - Ná disse...

Queridos amigos!

O meu comentário tem tão somente a ver com quem não se manifesta. Não estou a falar da prata da casa mas a apelar a quem está na lista de seguidores e fica impávido e sereno como que a assistir a um show.
Já estou habituada, mas custa-me!!!

Que me perdoem se estou a ser injusta, mas não me parece!!!!!!!!!

Tenho dito e ainda direi mais, mas vai ser em post.
Assim tenha eu tempo.

Beijão para ti José, homem de uma só cara, de muito valor(não me canso de to dizer) e de quem gosto muitíssimo.

Unknown disse...

Amiga Ná,
ora aqui está um poema de valor e como tu mesma dizes cheio de recados muito bem dados!

Beijinhos,
Ana Martins