O Jornal de Notícias de hoje traz uma notícia sobre Hermes Fernandes que, tendo sido jogador e árbitro, agora conserta bolas. Soube despir-se das honrarias das glórias do passado e passar a ser um cidadão produtivo, capaz de se sustentar sem estender a mão a subsídios e outros apoios sociais. Diz com vaidade "As pessoas ficam um bocado admiradas quando eu lhes digo que passo o tempo a coser bolas".
«Reformado de uma empresa onde era segurança, Hermes, residente em Airão, Guimarães, conserta bolas de futebol. Numa pequena oficina montada em casa, o artesão recebe bolas de futebol oriundas de pequenos clubes do Norte do país. "Estão descosidas e podem ser recuperadas", explicou. Os clientes são, sobretudo, lojas de desporto onde os clientes entregam as bolas para consertar e que, depois, vão parar à oficina de Hermes Fernandes. "Primeiro descoso e retiro os gomos furados. Se for preciso ponho uma solução de cola. Se estiver só descosida, uso um sistema que inventei, com duas agulhas e coso. Ficam como novas", frisou.»
Esta notícia é quase simultânea com o conhecimento de um caso que passou por e-mail. Daqui podem tirar-se motivos de reflexão. Não devemos manter a ilusão de um passado que já lá vai sem deixar possibilidade de se repetir. Não devemos parar sem nada fazer AGORA para aproveitar as capacidades que ainda temos e, depois, sem criarmos perspectivas de futuro, esperar que ele nos cais no prato, por milagre… e que ele seja à medida do passado de riqueza que tivemos.
Tal passividade poderia criar uma situação dramática, emocionalmente irremediável, pois os psiquiatras, com a medicação química, não são suficientes para suprir a nossa ajuda que é imprescindível, fundamental.
O passado, por mais brilhante que tenha sido, não volta nem o esplendor e o brilhantismo de então nos ajuda a viver nas realidades de agora. A vida, por erros, por azares ou pela própria idade e as alterações na sociedade, obriga-nos a equacionar as nossas capacidades para com elas continuarmos a viver. O AGORA é o momento em que vivemos, em que pomos em prática as lições do passado, para prepararmos o amanhã. O AGORA, o PRESENTE, deve ser devidamente aproveitado e tudo o que fizermos será um investimento para a nossa felicidade possível.
Tanto nas grandes como nas pequenas decisões, é indispensável Pensar antes de decidir.
«Reformado de uma empresa onde era segurança, Hermes, residente em Airão, Guimarães, conserta bolas de futebol. Numa pequena oficina montada em casa, o artesão recebe bolas de futebol oriundas de pequenos clubes do Norte do país. "Estão descosidas e podem ser recuperadas", explicou. Os clientes são, sobretudo, lojas de desporto onde os clientes entregam as bolas para consertar e que, depois, vão parar à oficina de Hermes Fernandes. "Primeiro descoso e retiro os gomos furados. Se for preciso ponho uma solução de cola. Se estiver só descosida, uso um sistema que inventei, com duas agulhas e coso. Ficam como novas", frisou.»
Esta notícia é quase simultânea com o conhecimento de um caso que passou por e-mail. Daqui podem tirar-se motivos de reflexão. Não devemos manter a ilusão de um passado que já lá vai sem deixar possibilidade de se repetir. Não devemos parar sem nada fazer AGORA para aproveitar as capacidades que ainda temos e, depois, sem criarmos perspectivas de futuro, esperar que ele nos cais no prato, por milagre… e que ele seja à medida do passado de riqueza que tivemos.
Tal passividade poderia criar uma situação dramática, emocionalmente irremediável, pois os psiquiatras, com a medicação química, não são suficientes para suprir a nossa ajuda que é imprescindível, fundamental.
O passado, por mais brilhante que tenha sido, não volta nem o esplendor e o brilhantismo de então nos ajuda a viver nas realidades de agora. A vida, por erros, por azares ou pela própria idade e as alterações na sociedade, obriga-nos a equacionar as nossas capacidades para com elas continuarmos a viver. O AGORA é o momento em que vivemos, em que pomos em prática as lições do passado, para prepararmos o amanhã. O AGORA, o PRESENTE, deve ser devidamente aproveitado e tudo o que fizermos será um investimento para a nossa felicidade possível.
Tanto nas grandes como nas pequenas decisões, é indispensável Pensar antes de decidir.
4 comentários:
Querido amigo João,
Esta é sim uma lição de vida, de continuidade na senda da felicidade que em nada depende de status ou de bens materiais completamente desnecessários.
Grande Hermes Fernandes!!! Parabéns amigo!!!
Trabalhar e ser honrado é uma virtude, fazer pela vida e tentar ser feliz não entregando os pontos é louvável.
Obrigada amigo João por este post.
Beijinhos
Ná
Caro amigo João,
vi esta notícia no jornal da noite, afinal nm tudo se deita fora, ainda há quem restaure e valorize as coisas, mesmo aquelas que ás vezes parecem insignificantes.
Abençoadas mãos!
Beijinhos,
Ana Martins
Queridas Ná e Ana,
A vida é como os alcatruzes da nora, sobe e desce. As pessoas medianamente inteligentes e com estabilidade emocional sabem adaptar-se aos momentos bons e aos maus, às alcatifas de palácios e à palha da cavalariça para tratar do cavalo, conforme o momento e as condições.
É fácil vir de uma aldeia de Trás-os-Montes e chegar a membro do Governo. Mas é preciso ter força de ânimo para, num percurso inverso, continuar a viver com dignidade e a poder alimentar a família com honestidade.
Depois do 25 de Abril um oficial superior da Armada foi saneado e, não tendo trabalho, montou um qiosque, em Almada, para venda de jornais e ali passava um tempo agradável, vendendo as publicações e conversando com uma clientela seleccionada, a seu nível, sobre temas de elevado interesse. Há muitas ocupações dignas.
O Hermes Fernandes é digno de aplauso, mas há muitos e muitas por aí fora.
Beijos
João
Caro João,
Não pretendendo colher louvores tenho, na minha experiência de vida, algo semelhante ao caso que focaste. Quando fui "saneado" agarrei-me a tudo que podia para poder trabalhar, pois a pior coisa que pode acontecer a uma pessoa é nada fazer! Nessa altura tinha 44 anos de idade e era difícil de encontrar trabalho. Ofereci-me para diversos pedidos de emprego e, por absurdo, nalguns casos foi-me negado o emprego com a alegação de que tinha habilitações demsiadas... Foi um período deprimente até porque tinha já quatro filhos! Acabei por fazer trabalhos de toda a ordem desde desintervenções de empresas a chefia de serviços de pessoal, terminando como responsável de serviços comerciais de diversas empresas. Essa realização pessoal fortaleceu-me imenso e deu-me novamente alegria de viver, pois o trabalho honra, seja ele qual for!
Naquela altura vivi o presente que tinha pela frente...
Um abraço amigo.
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