08/07/2010

Que tipo de histórias andamos nós a viver?

Cada relato que damos de nós próprios é uma narrativa, de uma ou de outra forma, sempre o será.
Cada forma de vida tem, por virtude, uma forma de narrativa em formação que se encontra como que em gestação durante um certo período de tempo e depois passa a existir.
Contudo, nenhuma história existe na solidão. Todas elas se entrelaçam e nenhuma história é estática.
Não importa quanto desejamos acreditar num “fim feliz”, todos podemos ter a certeza de que não há um destino final onde nada muda, uma vez que nós próprios estamos sempre a mudar, a história que vivemos, a história que contamos, fatalmente tudo muda também.

Fica a questão: Se o Universo é feito de histórias, que espécies de histórias andamos nós a contar? Que tipo de histórias andamos nós a viver?

Tradução do meu post de hoje para o meu Blog Diverse Texts and Stories

Fografia de Rainer Martini
Fernanda Ferreira (Ná)

9 comentários:

A. João Soares disse...

Querida Amiga Ná,

É capaz de ser assim mas, na minha vida pacata e simples, cada dia é Um dia como os outros. O que é preciso é ter qualquer coisa na manga!!!

E assino com um link diferente dos habituais!!!

Beijos
João

Fernanda Ferreira - Ná disse...

Querido amigo João,

Não foi por acaso que publiquei este pequeno texto, que está agora em todos os meus Blogues.

Uma das razões é porque eu adoro contar histórias.
80% das minhas narrativas são baseadas na minha vivência e no meu conhecimento empírico, são como no seu maravilhoso conto Um dia como os outros.
Foi este seu conto que me levou a conhecê-lo melhor como ser humano, como homem de paz e simplicidade.

Naturalmente que há mais... pelo menos uma boa razão pela qual publiquei esta "Divagação sobre as histórias que se contam e as que se vivem", mas não vou dizer. Vamos esperar que mais alguém comente.

Beijinhos


Nota.
Adorei reler a sua história de vida.

J.Ferreira disse...

Olá!

As histórias que se contam ganham vida, muitas vezes uma outra vida diferente da que vivemos na altura própria.
Ao conjunto de todas essas histórias, que alguns/umas de nós são capazes de narrar melhor ou pior, chama-se Vida!

Só não tem histórias para contar quem ainda não viveu, não somou experiências de vida suficientes.

Gostei muito do tema abordado e do que deixas em aberto para reflexão.

Beijo
J.Ferreira

Unknown disse...

Minha querida amiga,
este é um texto pertinente que nos obriga decididamente a pensar.
É que nem sempre as histórias que ouvimos são tal e qual as ouvimos, assim como nem sempre aquilo em que hoje acreditamos, queremos para nós amanhã.

O importante é que a mudança seja positiva e que o nosso crescimento interior se faça a par com a ela.

Beijinhos,
Ana Martins
Ave Sem Asas

Pelos caminhos da vida. disse...

Vim deixar um gde abraço pra tu amiga e desejar uma ótima noite.

beijooo.

Luis disse...

Querida NÁ,
Todo o conto que fazemos tem o seu quê da nossa própria vivência! Umas vezes porque as vivemos outras vezes por desejarmos que as tivessemos vivido.
No caso de escolha de um conto de alguém isso terá igualmente a ver com forma como o ligamos à nossa própria vida!
Este post merece pois uma boa reflexão de todos nós apesar de ser pelos vistos consensual e pouco polémico!
Um beijinho amigo.

Fernanda Ferreira - Ná disse...

Queridos colegas, amigos e José,

Obrigada pelos vossos comentários.
O fundamental está dito.
Havia uma outra leitura, mas vai ficar comigo e com as eventuais pessoas que a conseguiram captar mas decidiram nada dizer, pelo menos até ao momento.

Beijinhos a todos.

Pedro Ferreira disse...

Já há muito tempo que não vinha até cá! Sabes bem porquê! É a vida e as suas voltas.

Mãe, desta vez pegaste-lhe de forma filosófica ;))
É claro que cada pessoa pode fazer uma leitura diferente, mas no fundo todos concordam que o que vivemos e o que contamos pode estar mais ou menos perto da realidade vivida.
O que é um facto inegável é que as duas formas sempre se entrelaçam.

Beijos
Pedro

Fernanda Ferreira - Ná disse...

Olá Pedro!

Sei bem porquê e estou agora muito feliz! Muito mesmo!Muito orgulhosa!

Querido, eu só deixei no ar duas perguntas! Nada mais.

Obrigada por vires dar um miminho à mãe.

Beijos mil.
Mum.