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Perguntei ao vento
Porquê tanta pressa, qual o destino,
Porque sua força atravessa
E rasga caminhos.
Respondeu-me na sua mudez
E sem lamento,
Que a natureza precisa
De si como vento!
Perguntei ao vento
A que horas chegas...
Um silencio rasgado
Foi a resposta.
Observo inquieta a calma alameda,
Que em tempos de outrora
Já foi encosta!
Perguntei ao vento
Porque destroí tudo à sua volta,
Se o verde esperança já foi
Perguntei ao vento
Porquê tanta pressa, qual o destino,
Porque sua força atravessa
E rasga caminhos.
Respondeu-me na sua mudez
E sem lamento,
Que a natureza precisa
De si como vento!
Perguntei ao vento
A que horas chegas...
Um silencio rasgado
Foi a resposta.
Observo inquieta a calma alameda,
Que em tempos de outrora
Já foi encosta!
Perguntei ao vento
Porque destroí tudo à sua volta,
Se o verde esperança já foi
O cinza que carrega agora...
Respondeu-me já com ar zangado,
Que o Planeta se sente
Pelo Homem violado...
Perguntei ao vento
Que tipo de alento no ultraje à vida
Se liberta no tempo...
Respondeu-me que inocentes são
Os que não viveram
Até então!
Ana Martins
Escrito a 10 de Maio de 2010
Respondeu-me já com ar zangado,
Que o Planeta se sente
Pelo Homem violado...
Perguntei ao vento
Que tipo de alento no ultraje à vida
Se liberta no tempo...
Respondeu-me que inocentes são
Os que não viveram
Até então!
Ana Martins
Escrito a 10 de Maio de 2010
6 comentários:
O vento sopra e nos leva para frente...paz.
Rica menina que belas perguntas ao vento que passa.
Todas as manhãs lhe pergunto porquê tanta pressa se na força com que se mostra não arrasta a miséria que continuamos a ver nas ruas da nossas cidades.
Porque tanta pressa se as coisas diariamente se transformam para pior,
e os homens abandonam o casamento para se conjugarem em uniões de prazer e de pronografia.
Porquê tanta pressa se as crianças no mundo continuam a morrer de abandono e fome.
Porquê tanta pressa se não segura a paz no meio das famílias o respeito pelos mais velhos.
Porquê tanta pressa se as nações continuam a fazer as guerras e a destruir, os políticos são egoístas e não querem promover o bem estar social nem a justiça e a paz....
Tantos porquês .....
Querida Ana,
Parabéns por este diálogo muito interessante, que aproveita para nos mostrar que os homens são causa e efeito, autores e vítimas dos males da Natureza.
O vento é o respirar da Natureza, o sopro de um momento de má disposição, um deixa-me passar e sair daqui.
Tudo na Natureza nos dá lições, avisos, profecias, mas nós, obcecados com os bens materiais, com a fúria do consumismo de ostentação e imitação, temos falta de vista e de audição para os receber e descodificar. Vivemos cegos e surdos para as realidades mais importantes e determinantes da nossa vida e da vida dos vindouros.
Beijos
João
Do Miradouro
Querida amiga Ana,
Os teus poemas reflectem o que te vai na alma, por isso são tão lindos.
Sabem a Ana doçura.
Beijinhos
Ná
Querida Ana,
Poema belo e profundo na sua simplicidade!
Nos porquês estão implicitas as respostas - é o homem o causador de tanta desgraça...
A imagem escolhida é igualmente bela e a propósito.
Parabéns uma vez mais e muitos beijinhos amigos.
Querida Ana!
Quantas perguntas sem respostas!
Que bom seria, se ao passar levasse junto os males e mazelas, deixando atrás de si só harmonia e felicidade!
Utopia...
Celle
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