05/05/2010

Paredes de Coura - Território com Alma

Passagem por:Paredes de Coura

Território com Alma

Situado no interior do Alto Minho, o Município de Paredes de Coura constitui um enigma no que respeita à sua fundação enquanto comunidade. No entanto, o folheto oficial da Região de Turismo, no slogan a propósito, dá-lhe a idade de 5.000 anos. Na perspectiva destes 50 séculos, estão contidos, obviamente, celtas, romanos, suevos, etc. E desta multifacetada e constante ocupação humana e das lutas que a posse deste fértil e rico território suscitou ficaram, até hoje, muitos vestígios arqueológicos do neolítico, como são exemplos a meia centena de antas que povoam o Concelho, nos lugares de Chã de Lamas, Serra de Bico, Serra de Boulhosa e Chã de Cubos.

A defesa do território obrigou os primeiros habitantes a fortificar povoados, como a Cividade de Romarigães, o Fortificado de Cossourado e o Castro de Cristelo, estruturas que, obviamente, já indiciam uma ocupação do território mais sedentária por agricultores e pastores. O povoado Fortificado de Cossourado merece, inequivocamente, uma visita pela evidente ligação relativa à pré-história e pelo excelente trabalho de recuperação, museologia e arqueologia, produzido pelo Gabinete de Arqueologia e Património da Câmara Municipal de Paredes de Coura.

Nas 21 Freguesias deste verde e farto Município não só a história e a tradição são notáveis. Notável é, também, enquanto cenário natural, a paisagem protegida "Corno de Bico", repositório vivo da fauna e flora rara do Alto Minho. O lobo, a lontra e o corço são exemplares protegidos que ali encontram residência e defesa, bem como uma imensidão de espécies vegetais de rara beleza.
Nos dias de hoje, e na cultura do nosso tempo, também Paredes de Coura conquistou o seu lugar de protagonismo. Falamos do seu Festival de Música moderna, jazz, rock, africana e outras, neste novo Woodstock, dando a imagem deste Município como exemplo de equilíbrio entre a história, a tradição e a modernidade.

Os Caminhos de Santiago que por aqui passaram e o romance de Mestre Aquilino Ribeiro “A Casa Grande de Romarigães”, que ele próprio habitou, são outros factores de interesse deste Concelho.

Veja mais imagens no Só Imagens.

José Ferreira

8 comentários:

Roberta de Souza disse...

Que interessante!!
Linda foto!

bj

Fernanda Ferreira - Ná disse...

Olá!

Mais um excelente trabalho teu que culmina com as fotos no Só Imagens.

Parabéns!

Paredes de Coura tem realmente alma.

Beijo

A. João Soares disse...

Caro Amigo José,

Obrigado por aqui trazer imagens deste espaço português que merece ser mais conhecido e mais protegido.
Parabéns ao fotógrafo das lixeiras que tão bem nos mostra a variedade de imagens de uma terra antiga, com boas construções antigas, algumas ruinas, beleza natural, trabalho agrícola de pequena dimensão quase economia de subsistência ou jardinagem, e sobressai uma limpeza geral que mostra respeito pelo ambiente.

É admirável a convergência entre o José e a Ná na utilização dos blogs, para que os visitantes tenham mais oportunidaes.

Um abraço
João
Do Mirante

Unknown disse...

Excelente trabalho. No só imagens dá para ter ma ideia da beleza natural dessas paragens.
Agradeço a partilha.

Pelos caminhos da vida. disse...

Meu blog está na semi-final, obrigado amigo.

beijooo.

Unknown disse...

Caro José,
Antes de comentar aqui fui ao Só imagens apreciar as fotos.
Não conheço Paredes de Coura mas a olhar as fotos dá bem para ver que tem lugares de beleza única.

O meu filho André esteve lá quatro dias o ano passado, foi ao festival de música rock e gostou muito.

Beijinhos,
Ana Martins

Luis disse...

Meu Bom Amigo José,
Post a ser retido para a coletanea sobre o Minho e porque não sobre Portugal. O João já me desafiou para eu entrar com fotografias do Alentejo que procurarei fazer nas férias. Mas claro está que não vão ter a qualidade das suas, mas será um começo...
Parabéns por mais este belo trabalho.
Um abraço amigo.

J.Ferreira disse...

Caras amigas e amigos,

Grato pelos vossos comentários.
Paredes de Coura é uma daquelas localidades onde se notam os contrates da história e do tempo.
É antiga, bela, rude, meiga e moderna. Foi para mim, até o momento, a mais difícil de comentar, fotograficamente falando. Tem muitos extremos.
A juventude está a descobrir este cantinho, graças aos festivais de Verão.
Mais um daqueles pontos a visitar.
Um abraço amigo para todos do
JF