20/05/2010

Carta de uma Jovem

Desculpem todos, os que como eu, ficarem lavados em lágrimas com este texto que acabei de receber por e-mail da minha amiga Anabela Assis.
A verdade doí, muitas vezes é cruel, vezes demais ela provoca-nos uma dor atroz que pensamos não ter direito de a passarmos aos outros, de a partilharmos...
Eu não penso assim, muito menos neste caso...é um alerta para outros jovens e não só.
Temos esta arma poderosa, a de difundir pelo mundo inteiro as mensagens que podem fazer a diferença ...
Não pensei duas vezes!


Fui à festa, mãe. Fui à festa, e lembrei-me do que me disseste. Pediste-me que eu não bebesse álcool, mãe... Então, bebi uma 'Sprite'. Senti orgulho de mim mesma, exactamente o modo como me disseste que eu me sentiria. E que não deveria beber e de seguida conduzir.

Ao contrário do que alguns amigos me disseram. Fiz uma escolha saudável, e o teu conselho foi correcto.

Quando a festa finalmente acabou e o pessoal começou a conduzir sem condições, fui para o meu carro, na certeza de que iria para casa em paz...

Eu nunca poderia esperar... Agora estou deitada na rua e ouvi o policia dizer: 'O rapaz que causou este acidente estava bêbado'. Mãe, a voz parecia tão distante...

O meu sangue está por todo o lado e eu estou a tentar com todas as minhas forças não chorar... Posso ouvir os paramédicos dizerem: 'A rapariga vai morrer'...

Tenho a certeza de que o rapaz não tinha a menor ideia, enquanto ele estava a toda velocidade, afinal, ele decidiu beber e conduzir!! E agora eu tenho que morrer. Então... Porque é que as pessoas fazem isso, mãe? Sabendo que isto vai arruinar vidas?

A dor está a cortar-me como uma centena de facas afiadas. Diz à minha irmã para não ficar assustada, mãe, diz ao pai que ele tem que ser forte.

Quando eu partir, escreva 'Menina do Pai' na minha sepultura...

Alguém deveria ter dito àquele rapaz que é errado beber e conduzir. Talvez, se os pais dele o tivessem avisado, eu ainda estivesse viva...

Minha respiração está a ficar mais fraca mãe, e estou a ficar realmente com medo. Estes são os meus momentos finais e sinto-me tão desesperada...

Gostaria que tu pudesses abraçar-me mãe, enquanto estou aqui esticada a morrer, gostaria de poder dizer que te amo mãe...

Então... Amo-te

Adeus...'
________________________________________
Estas palavras foram escritas por um repórter que presenciou o acidente. A jovem, enquanto agonizava, ia dizendo as palavras e o jornalista ia anotando...

Muito chocado. Este jornalista iniciou uma campanha.

Se esta mensagem chegou ate ti e tu a apagares, podes estar a destruir uma boa forma de consciencializar um grande número de pessoas; fazendo com que a tua vida, TAMBÉM CORRA PERIGO!!!!!!!!!!!

Com este pequeno gesto podes marcar a diferença. Então, manda-a para todas as pessoas que conheces...

Fernanda Ferreira (Ná)

14 comentários:

Fernanda Ferreira - Ná disse...

Queridos amigos,

Sei que este e-mail vos chegará, se não chegou já, mas este não é um simples e-mail, nós podemos fazer mais do que reenviar, podemos e devemos divulgar numa outra escala mais ampla por este meio.
Como digo lamento se vai chocar, mas é nossa obrigação alertar.

Estou a repetir-me, desculpem-me.
Sou mãe, antes de mais, e muito sensível.

Beijinhos

Maria Luisa Adães disse...

Acabei de encontrar no blogs de Luís este texto tão real e deprimente.

Mas a realidade deprime, quer queiramos ou não.

É uma triste realidade deste tempo em ue alguns têm coisas a mais e
muito pouco senso.

Conheci uma morte semelhante a uma amiga de 23 anos, apanhada numa fila de espera por um indivíduo embriagado que ultrapassou a fila
e veio chocar com o carro dela,
parado e a matou.
Quantos anos teria ela pela frente?
Que ficaram perdidos, destroçados, esquecidos,alvitados, distorcidos,
por um homem sem idade que neste instante,
caminha pela cidade e vive!
E ela?
Caminha, talvez num outro plano,
pois a vida lhe foi tirada, no
mundo em que ela vivia e caminhava
todos os dias, na esperança de um novo dia.

Fez-me lembrar dela, neste instante,
ao ler o momento de outra que morreu pelas mesmas razões.

Que mundo é este em que vivemos?
Quem ajuda a sobreviver à inconsciência do instante?

Triste, verdadeiro o que escreveu.
Possa a sua voz e neste caso, a minha voz, ter algum poder, para
travar a insensatez deste viver.

Num mundo de Todos
E não apenas de alguns!

Maria Luísa

http://os7degraus.blogspot.com

Escrevo poemas e gostaria de encontrar Luís, no meu recanto
e poderiamos ser amigos.

Obrigada

Maria Luísa

Fernanda Ferreira - Ná disse...

Amiga Maria Luísa,

Em nome dos Sempre Jovens, quero aqui agradecer o seu belíssimo comentário, embora triste pelo assunto que trata, no texto que eu, uma das colaboradoras, acabei de publicar.
O Luís é outro dos nossos colaboradores, suponho que seria a ele que se referia, ao nosso Luís.
Somos vários colaboradores, uma família.

Obrigada pelo seu depoimento que vem reforçar, e muito, este drama que vai matando a nossa juventude na flor da idade de forma tão cruel.

Sendo que na Blogosfera somos todos e sempre amigos, eu já a considero como tal.

Beijinhos

Unknown disse...

Esta carta é comovente e já circula por aqui também há muito tempo.
A posição dos pais será sempre essa e cada dia com mais insistência para que não bebam, não fumem, nem se droguem.
Nós nunca podemos segui-los a todas a horas e quantos fazem precisamente o contrário daquilo que lhes foi tão recomendado.
As consequências são sempre devastadoras. Não há como mentaliza-los para a abstinência alcoólica.
Devia haver mais polícia a controlar as estradas e nas saídas das discotecas e dos bares nocturnos.
Só o medo de ficar sem carta os fará parar. Sei o que temos sofrido

Fernanda Ferreira - Ná disse...

Olá amigo Luís,

Não costumo ler forwards, só dos amigos especiais, aconteceu ler este este hoje.
Meu amigo, não haverá como segui-los nem obrigalá-los, mas há certamente como educá-los desde o berço.
Sei o que significa a tensão/pressão dos amigos, mas se a formação for sólida resulta.
Comigo resultou, felizmente.

Obrigada pelo seu comentário,
Abraço,

A. João Soares disse...

Querida Ná,

As pessoas pensam sempre que os acidentes só acontecem aos outros. Passei por uma fase em que escrevi dezenas de cartas a directores de jornais sobre segurança rodoviária. Muitas delas estão no «Foi Por Bem».
Nada se conseguiu. Os próprios governantes do sector não percebem nada de nada sobre o tema. Cheguei a ser mais acutilante do que é meu hábito contra Secretários de Estado da Administração Interna, mas continuaram na mesma.

Por isso há que insistir com chamadas de atenção para a necessidade de prudência e precaução.

Beijos
João
Do Miradouro

Fernanda Ferreira - Ná disse...

Querido amigo João,

Ainda bem que o fez.
Eu acredito que vale sempre a pena.
Sabe que o José disse-me agora ao jantar que este mesmo e-mail já circula há meses, mesmo anos na Net.
Eu confesso, esta foi a primeira vez que o li e por isso o publiquei.
Contudo, acho que nunca é demais alertar.
Nunca!!!!!

Beijinhos

Tite disse...

Há tantos casos iguais agora que tantos jovens saiem à noite e levam os seus ou os carros dos pais e continuam a beber todos como se não tivessem que voltar a casa.

Os jovens Suecos, com quem trabalhei anos da minha vida, tinham a preocupação de sair mas não levar carros porque gostavam de se divertir e usufruir de tudo a que tinham direito. Se alguém levasse carro por decisão colectiva haveria sempre um que não beberia bebidas alcoólicas para poder levar todos os outros de regresso a casa sem correr riscos.
A isto eu chamo civismo e sentido da responsabilidade.

Mas os nórdicos são assim educados e levam isto muito a sério.

Beijosssss

Fernanda Ferreira - Ná disse...

Querida Tité,

São os nórdicos e não só.
Eles bebem muitíssimo, mesmo mais do que os portugueses, no geral, o que também é péssimo.
Aos fins-de semana então é horrível, mas não conduzem, ou muito raramente o fazem.
Aqui também já se pratica a regra do "hoje levas tu o carro, não bebes", mas este problema não fica totalmente resolvido assim.
Repara neste caso, ela não tinha bebido....

Depois está já provado, que pelo facto de se estar a beber mais e muito mais cedo, queimam-se os neurónios e sobem as doenças do fígado.
Vamos ter uma geração com muitas cirroses e em idades nada normais.
A moda dos "shots" veio para ficar.

É lamentável, sobretudo que os nossos estudantes, académicos, gente com educação e formação, beba em quantidades absurdas, homens e mulheres, nas mesmas quantidades...

É demasiado triste.
Proibir não resulta, já se viu em Espanha, não sei o que será desta geração a continuar assim.
Para já vão morrendo assim nas estradas.

Esperemos que tomem consciência do mal que estão a fazer a eles próprios.

Beijinhos

Unknown disse...

Querida Ná,
já conhecia, também recebi por e-mail já há uns meses. Posso dizer-te que o sentimento foi o mesmo, um nó na garganta me apertou muito e doeu mesmo.
Na altura encaminhei-o para o André, amigos e familiares. Lembro-me que o Adré conduzia ainda há pouco tempo, eu sei que ele não bebe mas há sempre o receio de que entre amigos um dia abra uma excepção.
Ela não bebeu mas perdeu a vida porque um jovem inconsciente o fez.

Um beijinho amiga,
Ana Martins

Fernanda Ferreira - Ná disse...

Querida Ana,

Pois parece que só eu não tinha ainda lido, mas como disse e repito. acho que nunca é demais lembrar este assunto.

Se todos nós conduzíssemos sóbrios, ainda haveriam acidentes mortais, por variadíssimas razões, mas ébrios ou sob efeito de narcóticos a probabilidade aumenta muitíssimo.

Acontece muitas vezes que morrem sim, os que em nada concorreram para o facto.

Beijinhos

Pelos caminhos da vida. disse...

Passando para dizer que não te esqueci, estou ausente nesses dias com visitas devido a uns probleminhas, logo, se Deus quizer volta tudo ao normal.

Vote mais amiga, se puder tá bom!

beijooo.

Fernanda Ferreira - Ná disse...

Olá amiga Ana,
Sei que está muito ocupada e com alguns problemitas.
Não se preocupe, eu vou fazendo os possíveis.

Beijinhos

Luis disse...

Querida NÁ,
Nunca é demais focar este tema, especialmente agora que até droga misturam com alcool. O mundo virou louco!
Um beijinho muito amigo.