16/01/2011

Dum amigo meu, recebi este texto que, se não estou errado, vão gostar!


Aparentemente, passámos de um destino de navegadores a clientes de segunda de alfaiatarias, uma, dos anos 50, da Rua dos Fanqueiros, outra, ainda mais miserável, de um gajo "licenciado" nas Novas Oportunidades, que se deslumbra com tecidos que lhe assentam francamente mal.
Vou ser breve, e introduzir já a frase com que se deverá concluir este texto: chegámos ao tempo em que é preciso fazer cortes, mas não nos salários, e, sim, em certas cabeças.
O Sr. Aníbal, de Boliqueime, com a sua corja de Ferreiras do Amaral, de Leonores Belezas, de Miras Amarais, de Dias e Valentins Loureiros, de Duartes Limas, do Eurico de Melo, de Durões Barrosos e tantos outros nomes do estrume que já se me olvidaram, inaugurou o derradeiro ciclo de declínio de Portugal, quando vendeu o Estado a retalho, e permitiu que os Fundos, que nos iam fazer Europeus, fossem fazer de forro de fundo de bolsos de gente muito pouco recomendável. A apoteose dessa desgraça teve vários rostos, as Expos, do ranhoso Cardoso e Cunha, e a mais recente, o BPN, onde estavam todos, 20 anos depois, refinados, enfim, tanto quanto o permite o refinamento da ralé, e isso custou ao Estado um formidável desequilíbrio, que a máquina de intoxicação, feita de comentadores de bancada, de ex-ministros que tinham roubado, e queriam parecer sérios, e de carcaças pluri-reformadas, de escória, em suma, que há muito devia estar arredada do palco da Opinião, nos fez crer ser uma "Crise".
Depois, veio a outra "Crise", a Internacional, cozinhada em Bilderberg, e que se destinava, como se destinará, a criar um Mundo mais pobre, de cidadãos mais miseráveis, cabisbaixos, e impotentes. Nem Marx sonhou com isso: é mais Asimov, Orwell e uns quantos lunáticos de ficção científica reciclada em Realidade, e vamos ter, nós, os intelectuais, de prever e preparar as novas formas de reagir, contra esse pântano civilizacional. A seu modo, será uma Idade do Gelo Mental e Social, minuciosamente preparada, para a qual, aviso já, não contem comigo.
Como na Epopeia de Jasão, depois do miserável Cavaco, vieram os Epígonos, os "boys-Matrix" do Sr. Sócrates, um Matrix de Trás-os-montes, o que, já de si, cheira a ovelha, animal que só estimo naquela classe de afectos que São Francisco de Assis pregava, e nada mais. Podem chamar-se o que quiserem, Pedros Silvas Pereiras, a Isabel Alçada, a aquecer os motores para substituir o marido na Gulbenkian, mal ele se reforme; a mulher-a-dias do Trabalho, e aquele pequeno horror, chamado Augusto Santos Silva, que parece uma barata de cabelos brancos. Esta gente toda convive connosco, quer-nos levar ao abismo, e fala da inevitabilidade de "cortes".
Eu também estou de acordo: toda a frota de carros da Administração Pública deve ser vendida em hasta pública -- pode ser aos amigos da Isabel Dos Santos, que adoram essas coisas... -- e passe social L123, para todos os Conselhos de Administração, com fedor de Vara, Cardona, Gomes, ou Zeinal Bava. Os gabinetes imediatamente dissolvidos, e os assessores reenviados para os centros de reinserção social, para aprenderem o valor do Trabalho, e não confundirem cunhas com cargos; os "Institutos", de quem o Vara era especialista, e o Guterres, num súbito fulgor de não miopia chamou "o Pântano"; os "off-shores"; a tributação imediata de todas as especulações financeiras com palco português, feitas em plataformas externas; a indexação do salário máximo, dos tubarões, aos índices mínimos das bases, enfim, uma espécie de socialismo nórdico, não o socialismo da treta, inaugurado pelo Sr. Soares, e transformado depois, nesta fase terminal, em esclavagismo selvagem, pela escória que nos governa.
Acontece que, se os Portugueses sentissem que estavam a ser governados por gente honesta, e tivesse acontecido um descalabro financeiro, prontamente se uniriam, para ajudar a salvar o seu pequeno quintal. Na realidade, a sensação geral é a de que há, ao contrário, um bando de criminosos, inimputáveis, que se escaparam de escândalos inomináveis, de "Casas Pias", de "Freeports", de "BPNs", "BPPs", "BCPs", "Furacões", "Independentes", Hemofílicos", "Donas Rosalinas", "Noites Brancas" e tanta coisa mais, que dispõem de um poder de máfia e associação tal, que destruíram a maior conquista do Liberalismo, a separação dos Poderes, tornando o Judicial uma sucursal dos solavancos políticos, do rimel das Cândidas e das menos cândidas, das Relações, e das relações dos aventais, das "ass-connections" e das Opus, enfim, de uma Corja, que devia ser fuzilada em massa, que roubou, desviou, pilhou e, agora, vem tentar sacar a quem tem pouco, muito pouco, ou já mesmo nada.
Somos pacíficos, mas creio que chegou a hora de deixarmos de o ser.
Pessoalmente, não tenho armas, mas já escolhi alguns alvos.
Curiosamente, se pudesse, nem seria um Político aquele que eu primeiro abateria, seria uma coisa, uma lêndea, um verme pútrido, chamado Vítor Constâncio, que julga que, por estar longe, fugiu da alçada de um qualquer desvairado que se lembre de ainda o esborrachar com o tacão.
Infelizmente, ou felizmente, nem sou violento, nem tenho armamento em casa, porque é chegada a hora, não dos cortes no bem-estar de quem tem pouco, mas nas cabeças que provocaram, ao longo de décadas, o imenso horror em que estamos.
Toda a gente lhes conhece os rostos, e suponho que será unânime na punição.
Por muito menos, há quase 100 anos, deitou-se abaixo um regime, cuja corrupção era uma brincadeira, ao lado do que estamos a presenciar.
Não tenho armas, digo, mas menti, porque, de facto, tenho uma, e que é a pior de todas, o Dom da Palavra, e acabei, esta noite, de voltar a tirá-la do bolso.

Espero ter-vos acordado.


Não se sabe quem escreveu! É pena!

2 comentários:

Unknown disse...

Disse no início que iríamos gostar de ler. Pois eu digo-lhe que não gostei.
Preferia que esta não fosse a realidade que todos sabemos e conhecemos.
Preferia que estes criminosos que se candidatam aos mais altos cargos públicos tivessem muita vergonha na cara pelo descalabro a que nos conduziram.
A culpa não é só de agora, mas ainda assim continuam a agravar a situação como se o assunto fosse apenas dos outros e o apertar do cinto só diga respeito ao povo sem nada.
Por alguma razão as armas fugiram da Carregueira ....e dos outros quarteis....?
Foram-se às novas oportunidades, enquanto "estes sem vergonha" não se puserem bem longe do país...........

A. João Soares disse...

Caros Luises,

O texto é longo e, com isso, desencoraja uma leitura atenta. Gostei do comentário do Luís Coelho que toca em pontos fulcrais. É pena os políticos andarem obcecados com o seu enriquecimento rápido, por qualquer meio, de que há inúmeros exemplos, e não olham para as realidades do País, nem tiram lições das manifestações que ocorrem no estrangeiro, como Grécia e Tunísia, nem de precedentes nacionais.
O povo acaba por despertar e as suas reacções podem ser desastrosas. Seria bom que os políticos tentassem mostrar alguma inteligência e dedicação à vida dos portugueses.

Abraços
João
Do Miradouro