07/08/2010

Radares de trânsito

Transcrição de post de Luiz Santilli publicado em blog crónicas
Fiz pequenas alterações para ser melhor compreendido em Portugal

Recebi um e-mail que iniciava assim: Gente, importantíssimo!!! Repassando!!!
Quem mora em São Paulo, e também aqueles que visitam SP, fiquem atentos.

Inauguraram a era dos “radares de trânsito”

Mais algumas exclamações e termina com trinta endereços onde os “radares de trânsito” estariam instalados.

Este é mais um e-mail irresponsável, pois os radares estão tentando fazer com que os motoristas se eduquem, ainda que seja pela dor, porque dói no bolso uma multa por excesso de velocidade!

Vejam o absurdo: a relação dos locais em que devemos respeitar a velocidade para não sermos multados, o que equivale a dizer que passado o radar, pé na tábua, a pista é toda de quem transgride as normas.

Os que assim agem, pensam que nós, os que respeitamos os limites, somos idiotas, quadrados, braço duro. Eles, os espertos, levam vantagem em tudo.

Mas realmente, o radar deve mesmo estar escondido, pois a velocidade permitida deve ser obedecida em toda a extensão do percurso e não apenas onde se localiza o radar!

Isso é óbvio e benéfico para a segurança de todos os utentes da estrada, mas os espertos têm que levar alguma vantagem.

O fato de não se saber onde está localizado o radar obriga os motoristas a manterem a velocidade dentro dos limites o tempo todo. Isso representa mais segurança para nós.

Isso vai evitar acidentes e preservar vidas, que pode também ser a do “esperto”.

Com o passar do tempo, todos vão habituar-se a obedecer às velocidades controladas, como ocorreu com o cinto de segurança em São Paulo, onde mais de 80% dos usuários de veículos usam.

Nós que respeitamos os limites somos vistos, pelos espertos, como trouxas! Mas trouxa é o cara que põe em risco a sua vida e a dos outros, apenas porque pensa que é esperto.

Na realidade é um absurdo ter de existir o radar, para que as pessoas sejam obrigadas a obedecer aos limites de segurança numa via pública. Isto deveria ser um compromisso moral de cidadania, de civismo!

Porém, isto ainda é uma utopia, temos sim que ter os radares e eles precisam estar escondidos, sim, para que as pessoas aprendam a andar com segurança em qualquer troço das vias públicas!

Imagem da Net

6 comentários:

Fernanda Ferreira - Ná disse...

Amigo João!

Infelizmente é mesmo assim!
Lá como cá, como em todo o Mundo, é o mesmo.
Há mil e um truques para fugir às leis, aos radares, a tudo...
Estamos na era do "xico-esperto".
Todos os que cumprem são tidos como idiotas, parvos, trouxas,tal como disse.

Sei que na Suíça, ninguém fica impune! Ninguém mesmo!!!
Mesmo os que, por desconhecimento, infringem a lei, são punidos.
O controlo é tão eficaz como apertado,e se alguém tiver uma dívida, uma simples multa por pagar, é detido nas fronteiras, fica com uma mancha no CV que pode fazer com que não lhe seja dado mais emprego, etc.
Há radares, câmaras e polícia, mesmo sem uniforme, em todos os lados. Quem prevaricar paga e doí muito, muito mesmo!
Estas regras de ouro, exemplos destes, não se importam...
só o que não interessa serve!


beijinhos

A. João Soares disse...

Querida Amiga Ná,

Obrigado pela sua achega referindo a disciplina de trânsito num País civilizado da Europa, a Suiça.
Por cá nada funciona bem. Há duas vias em Cascais onde o sinal de 30, que é exageradamente restritivo, está repetido cerca de 50 metros mais adiante. Será que o primeiro é falso? Ou terá uma validade apenas nos 50 m seguintes?
Em Lisboa a quantidade de radares de trânsito disseminados pelas ruas, são inúteis por os dados que recolhem não serem processados numa central que, segundo os jornais, não funciona.
Que País de pobres de espíriro!!!

Beijos
João

Fernanda Ferreira - Ná disse...

Amigo João!

Completamente!

Se fossemos registando, todos os mais aberrantes disparates com que vamos deparando todos os dias, teríamos certamente o nome de Portugal no Guiness Book.

Boa noite.
Beijiinhos

A. João Soares disse...

Caro Alexandre,

Não parece ser possível evitar tais mensagens. Se o povo estivesse maduramente preparado, elas até serviriam para uma meditação que as condenaria à ineficácia. Mas nas cadeias de e-mail há muita ignorância e até malvadez e isso serve-lhes para entupirem os canais da Internet e embotar o espírito das pessoas.
É condenável porque acaba por colocar em risco muitos utentes das estradas que são cumpridores e educados, mas estão sujeitos aos loucos do volante.

Um abraço
João
Do Miradouro

Luis disse...

Caríssimos Amigos,
Num "intervalito" venho reforçar a ideia deste post.
Cá até colocam placard's indicando a existência dos radares. Por outro lado todos nós sabemos que a sua maioria está inoperacional! Ainda a profusão de indicações de velocidades máximas, muitas delas altamente caricatas como as que foram referidas... O trânsito está caótico mas não é desta maneira que se corrigem os excessos...
O exemplo da Suiça é que deveria ser seguido. Já por lá andei e lá tudo tem ordem mas o civismo do povo Suiço é por demais conhecido! É isso que falta nos povos latinos!!!
Vou contnuar com a "trabalhera". um abraço a todos.

Carmo disse...

Olá Ná infelizmente nós, portugueses temos a mania que somos mais espertos. Também recebi um mail mas de Lisboa a informar onde se encontram exactamente os radares. Inconsciência!!!
Felizmente há aqueles que não se importam de ser chamados de trouxas e são cidadãos com civismo.
Bom domingo
Beijinhos