25/11/2008

DIA INTERNACIONAL CONTRA A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA


Imagem de Isabel Filipe


AMOR BANDIDO!


Corre-lhe nas veias
O sangue inflamado
Pelo estigma da dor
Que lhe ensombra a vida.
Escapa-lhe dos lábios
Em voz sumida
O medo, o terror
Da vida oprimida!

Noites perdidas
Pela angustia sentida
E desamor vivido...

Violência doméstica,
Paixão insana,
Amor bandido!

O odor do medo
Desvenda o segredo
E causa a ruptura...
Viveu no degredo
Um amor que elegeu...

Penitência dura!

Ana Martins

Escrito a 16 de Setembro de 2008



Alertas (se fores vítima...se fores testemunha)
Não ter medo de denunciar!! Ligar em caso de urgência 800202148.
Apresentar queixa às autoridades competentes.
Pedir apoio à APAV- Associação de Apoio à Vítima
Telef. 707200077 - Podes também enviar um email: apav.sede@apav.pt

8 comentários:

A. João Soares disse...

Querida Ana Martins,
Li há tempos que tudo na vida é condicionado por dois factores antagónicos, o amor e o medo. Quando os nossos actos são mais condicionados pelo amor eles são mais pacíficos, humanos, racionais, harmoniosos. Quando é o medo a ter preponderância, nada se pode esperar de racional e bom, pois a desconfiança, o ódio, a raiva geram as maiores agressividades e violências.
Isto acontece entre as pessoas e as sociedades, entre os Países.
O seu belo poema, traduz uma situação em que o amor se extinguiu, ou nunca existiu e em seu lugar nasceu o medo, com todo o seu acompanhamento.
Um poema muito bem pensado, que traduz bom conhecimento do ser humano e muita sensibilidade.
Beijos
João

stériuéré disse...

Querida amiga, este é um assunto que infelizmente persegue muitas de nós. Felizmente não sou uma delas mas estou disposta a ajudar quem me pedir auxílio. Muitos abraços da sté

Anónimo disse...

Querida Maria.

Hj precisei ir até o centro da capital onde moro. Parei para assistir a uma apresentação de um grupo de Choro (seresta) q se apresentava num happy hour, destes populares, no meio da rua. Bem ao lado, como que interferindo na música, uma manifestação. Não sabia pra q lado ir. Acabei abandonando a música para ver o tal movimento. Catazes mil, muitas fotos chocantes de mulheres espancadas... e mulheres discursando. Parei. Assisti. Aplaudi. E depois pude conversar com a líder do movimento: contra a violência doméstica.

É isso. Apóio a causa totalmente. Não consigo conceber essas cenas na minha cabeça. Nós, mulheres, assim como qualquer ser humano, independente de sexo e mentalidade, somos sublimes - violência é primitivismo, coisa do passado, mas q ainda existe, infelizmente, no presente.

bjs

Mariazita disse...

Querida amiga Ana Martins
A violência doméstica confrange-me e causa-me uma enorme revolta.
Até há relativamente pouco tempo eu tinha, sobre o assunto, uma maneira de ver diferente da que tenho hoje.
Custava-me muito a entender como uma mulher se sugeitava a tantos maus tratos; hoje já tenho uma visão diferente. É bastante complexo.
Apesar de complexo...tu consegues abordá-lo nas suas diversas vertentes.
Muito bom, o teu poema.
Beijinhos
Mariazita

PS - Estou com um problemazito de vertigens, que me limita o tempo de permanência frente ao PC. Só por isso não vim mais cedo.
Oxalá passe rápido, pq já ando assim há uns dias...

Adelaide disse...

Ana Martins,

Poema muito belo que todas as vitimas de violência deviam ler. Por ser um tema muito atual pode dizer-se que foi colocado no blog no momento
certo. Grande poetisa a nossa Ana. Parabéns

Adelaide disse...

Querda Mariazita,

Andas atenta à tua tensão arterial?
Não queremos cá vertigens.

Beijinhos

Táxi Pluvioso disse...

A culpa é do nível de vida. Toda a gente compra casa e depois é o que se vê, violência dentro de portas.

bsh disse...

Excelente post.

http://desabafos-solitarios.blogspot.com/