21/05/2011

Portugueses lançam nova máquina contra o cancro da mama


Consórcio europeu liderado por portugueses lançou uma nova máquina que pode revolucionar a prevenção e detecção do cancro da mama. Os primeiros protótipos foram instalados em Coimbra e Marselha.
É uma máquina inovadora a nível mundial, acaba com a ineficácia e o desconforto das mamografias, foi concebida por um consórcio internacional liderado por investigadores portugueses e os primeiros dois protótipos já estão instalados na Universidade de Coimbra e no Hospital Universitário de Marselha.

Chama-se Clear PEM Sonic e integra pela primeira vez as tecnologias PET (tomografia por emissão de positrões, isto é, exame imagiológico de medicina nuclear) e de ultra-sons (ecografia), o que permite detectar tumores com apenas 1mm ou 2 mm, que estão numa fase inicial, quando o PET clássico não visualiza tumores com menos de 10 mm e tem uma sensibilidade 10 vezes menor.

A taxa de falsos resultados positivos atinge os 60% a 70% nas mamografias actuais por raios X ou por ecografia, com particular incidência nas mulheres mais jovens, o que obriga a fazer biópsias. Por outro lado, o método de diagnóstico mais usado, por raios X, expõe as mulheres a radiações elevadas e é doloroso, por implicar alguma compressão da mama.

Baixa radioatividade

Na Clear PEM Sonic o exame dura apenas cinco minutos, implicando a injecção no sangue da paciente um composto de glicose com baixa radioactividade conhecido por 18-FDG. Como as células cancerígenas consomem mais açúcar, um tumor não maligno não fixa a glicose, o que é identificado pelo detector de radiação do aparelho.

O projecto nasceu no CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear), em Genebra, através da experiência "Crystal Clear", e é coordenado por João Varela, investigador do CERN, professor do Instituto Superior Técnico (Lisboa) e presidente da PETsys, empresa criada para desenvolver a nova máquina. Em Coimbra, o protótipo da nova máquina está instalado no Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS), um dos parceiros nacionais do projecto. Os outros incluem a PETsys, centros de investigação das universidades de Coimbra, Porto e Lisboa, o Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas (LIP), o Taguspark e o Hospital Garcia de Orta (Almada).

Além do CERN e do Hospital Universitário de Marselha, os parceiros estrangeiros são a Universidade de Milão e a empresa francesa Supersonic Imagine.

Fonte: Expresso

3 comentários:

Celle disse...

Uma boa notícia, Luis!
Todos os progressos do combate à esta terrível doença, é bem vinda!
Parabens aos cientistas portugueses com a criação deste novo método de exame. Aumentando nossas esperanças com diagnósticos mais precisos e mais seguros,e sem causar maiores sofrimentos para as mulheres, e aumentando ainda mais a chance de cura do cancer de mama.
Isto é ótimo!
Boa informação!
Celle

orvalho do ceu disse...

Olá, João
O progresso só nos traz benefícios (na maioria das vezes)...
Abraços fraternais e ótimo Domingo.

A. João Soares disse...

Amigo Luís e amigas comentadoras anteriores,

Felizmente há motivos para termos esperança no futuro. De entre os jovens, surgem exemplos maravilhosos de pessoas que se preocupam com a evolução da humanidade e procuram soluções para os problemas que mais preocupam. Deparamo-nos com muitas doenças, algumas próprias do estilo de vida arriscado que temos, mas ao mesmo tempo, os cientistas não desistem de procurar as melhores soluções.
Oxalá obtenham o êxito que desejam e de que a humanidade precisa. Neste caso, trata-se de um mal que apoquenta muitas mulheres.

Um abraço para o Luís que colocou o post e beijos para as Amigas Celle e Rosélia com votos de um óptimo Domingo

João