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13/06/2020

GOVERNANTES DEVEM PROTEGER OS MAIS VULNERÁVEIS

Miley Cyrus pede que governantes protejam os mais vulneráveis na Europa

 13/06/20 06:30 ‧ Por Lusa

A cantora Miley Cyrus publicou na sexta-feira uma série de mensagens no Twitter dirigidas ao presidente do Governo espanhol, Pedro Sanchez, e ao primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, a pedir que estes protejam a população mais vulnerável da pandemia.


© REUTERS/Idris

"Espanha, vocês uniram-se em solidariedade com o 'Black Lives Matter' [vidas negras importam] com os Estados Unidos. Temos que seguir juntos contra a covid-19 e o grande impacto nas comunidades mais desfavorecidas, especialmente entre as pessoas de cor. Por favor, unam-se", escreveu a cantora norte-americana na rede social Twitter, numa mensagem onde mencionou Pedro Sanchez.

Miley Cyrus também se dirigiu aos líderes dos governos da Irlanda e da Holanda, com mensagens semelhantes, assinalando a ligação entre as desigualdades raciais e o acesso aos serviços de saúde, segundo noticia a agência Efe.

A autora de temas conhecidos como o 'Wrecking Ball' promoveu a iniciativa da Global Citizen Foundation, que pede aos líderes europeus que garantam acesso igual ao tratamento médico para todos os habitantes.

A Global Citizen organizou em abril o megaconcerto solidário 'Um mundo: juntos em casa', juntamente com a Organização Mundial da Saúde, conseguindo recolher 127 milhões de dólares (112 milhões de euros) para combater a pandemia de covid-19.

Spain, you united in solidarity with Black Lives Matter in the US. We must keep standing together to tackle #COVID19 and its disproportionate impact on marginalized communities, especially communities of color. Please join us, PM

A iniciativa juntou mais de uma centena de artistas internacionais, como Rolling Stones, Jennifer López, Paul McCartney, Maluma e Stevie Wonder, que participaram a partir das suas casas em mais de oito horas de música ao vivo, tendo Lady Gaga como embaixadora.

Durante a transmissão, através de televisões e redes sociais em todo o mundo, participaram ainda personalidades como o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, ou as ex-primeiras-damas dos Estados Unidos da América, Michelle Obama e Laura Bush, e ainda Bill e Melinda Gates, entre outras figuras públicas.

A pandemia de covid-19 já provocou quase 423 mil mortos e infetou mais de 7,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (114.065) e mais casos de infeção confirmados (mais de dois milhões).

Seguem-se o Brasil (41.828 mortes, mais de 828 mil casos), Reino Unido (41.481 mortos, quase 293 mil casos), a Itália (34.223 mortos, mais de 236 mil casos), a França (29.374 mortos, mais de 192 mil casos) e a Espanha (27.136 mortos, quase 242 mil casos).

A Rússia, que contabiliza 6.705 mortos, é o terceiro país do mundo em número de infetados, depois dos EUA e do Brasil, com mais de 510 mil.

COMENTÁRIO:

As pessoas, com mais notoriedade na Comunicação Social Têm muita influência na opinião dos jovens, os responsáveis e interessados no melhor futuro da Humanidade e, por isso devem usar a sua boa opinião para melhorar o futuro de todos no melhor sentido e opor-se à onda de degradação social de que vimos sofrendo.

04/09/2012

Empresas sociais



"Muhammad Yunus foi laureado com o Nobel da Paz 2006 por ter ajudado milhões de pessoas a sair da pobreza extrema.
É o criador do Micro-crédito e defensor da utilização massiva de Empresas Sociais em que o lucro não é distribuído aos accionistas mas investido na empresa ou eliminado através da redução de preços."

26/04/2012

TENHO 74 ANOS E ESTOU CANSADO

Texto de William Henry "Bill" Cosby, Jr. (nascido em 12 de Julho de 1937) Humorista americano, actor, autor, produtor de televisão, educador, músico e activista.


Este deveria ser leitura obrigatória para cada homem, mulher e criança na Jamaica, Reino Unido, Estados Unidos da América, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e Portugal… de todo o mundo...

"Tenho 74 anos e estou cansado"

Tenho 74 anos. Excepto num breve período na década de 50 quando fiz o meu serviço militar, tenho trabalhado duro desde que eu tinha 17 anos, excepto por alguns graves desafios de saúde. Tinha 50 horas por semana e não caí de doente em quase 40 anos. Tinha um salário razoável, mas eu não herdei o meu trabalho ou o meu rendimento, e trabalhei para chegar onde estou. Dado o estado da economia, parece que a reforma foi uma má ideia. E estou cansado. Muito cansado.

Estou cansado de que me digam que eu tenho que "espalhar a riqueza" para as pessoas que não tenham a minha ética de trabalho. Estou cansado de que me digam que o governo fica com o dinheiro que eu ganho, pela força se necessário, para dá-lo a pessoas com preguiça para ganhá-lo.

Estou cansado de que digam que o Islão é uma "religião da paz", quando todos os dias eu leio dezenas de histórias de homens muçulmanos matar as suas irmãs, esposas e filhas para "honra" da família; de tumultos de muçulmanos sobre alguma ligeira infracção; de muçulmanos a assassinar cristãos e judeus porque não são "crentes"; de muçulmanos queimando escolas para meninas; de muçulmanos apedrejando adolescentes vítimas de estupro, até a morte, por "adultério"; de muçulmanos a mutilar o genital das meninas, tudo em nome de Alá, porque o Alcorão e a lei Shari diz para eles o fazerem.

Estou cansado de que me digam que em nome da "tolerância para com outras culturas" devemos deixar a Arábia Saudita e outros países árabes usarem o nosso dinheiro do petróleo para financiar mesquitas e escolas 'madrassa' islâmicas para pregar o ódio na Austrália, Nova Zelândia, Reino Unido, Estados Unidos e Canadá, enquanto que ninguém desses países está autorizado a fundar uma sinagoga, igreja ou escola religiosa na Arábia Saudita ou qualquer outro país árabe, para ensinar amor e tolerância...

Estou cansado de que me digam para eu baixar o meu padrão de vida para lutar contra o aquecimento global, o qual não é sequer permitido debater...

Estou cansado de que me digam que os toxicodependentes têm uma doença, e eu tenho que ajudar no apoio e tratá-los, pagar pelos danos que eles fazem. Acaso foi um germe gigante, a sair correndo de um beco escuro, agarrá-los, e enchê-los de pó branco pelo seu nariz ou enfiar uma agulha em seu braço enquanto eles tentavam combatê-lo?!

Estou cansado de ouvir ricos atletas, artistas e políticos de todas os partidos falarem sobre os seus erros inocentes, erros estúpidos ou erros da juventude, quando todos sabemos que o que eles pensam é que os seus únicos erros foi terem sido apanhados.

Estou realmente cansado de pessoas que não assumem a responsabilidade pelas suas vidas e acções. Estou cansado de ouvi-los culpar o governo, a discriminação, a economia e a falta de equidade social - de facto, eles não durariam muito mais numa sociedade de verdadeira equidade social...

Eu também estou cansado e farto de ver homens e mulheres jovens e adolescentes serem "doca" de tatuagens e pregos na face, tornando-se não-empregáveis e reivindicando dinheiro do governo, como se de um direito se tratasse.

Sim, estou muito cansado. Mas também estou feliz por ter 74 anos .. Porque não vou ter de ver o mundo nojento que essas pessoas estão preparando. Eu só estou triste por minha neta e os seus filhos.

Graças a Deus, estou no caminho de saída e não no caminho de entrada...

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06/07/2011

Subsídio de Natal !!!

Há duas ópticas de aproximação deste problema que merecem ser analisadas por parte dos responsáveis pela qualidade de vida e pela justiça social dos portugueses.

Se olharmos para isto como 13º mês e pensarmos na percentagem de desconto, pode ficar-se com pena dos ricaços que descontem 4.758€ enquanto os que recebem menos que o salário mínimo nada descontam.

Mas isto é uma falácia só admissível como propaganda. Pois, se olharmos para isto como um SUBSÍDIO de Natal, somos forçados a fixar a atenção na importância líquida que cada português recebe para ajuda na compra de um par de peúgas e umas filhós para os filhos. E, nesta óptica, a importância líquida do SUBSÍDIO é de 485€ para os mais pobres e de 5.242€ para os mais ricos que ganham 10.000€ por mês. É uma diferença abismal entre estes dois valores, que nada se enquadra no espírito natalício e na Justiça Social.

Com esta medida do Governo, aumenta-se o fosso entre os mais ricos e os mais pobres. Se fosse dado um subsídio líquido igual para todos manter-se-ia o fosso. Para o reduzir, o que seria justo era dar valores inversos aos salários usufruídos, ou nada dar aos que recebem acima de um valor médio, e que não sentiriam a sua falta.

Compreende-se que os governantes não queiram melindrar os mais ricos, nem encarar as suas reacções e pressões políticas. Mas não devem esquecer-se de que a ira dos mais pobres poderá ser muito mais difícil de aceitar.

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14/03/2011

Golf mais barato para benefício dos pobres !!!


Depois de tantas queixas contra a injustiça social, contra o enorme fosso entre os mais ricos e os mais pobres, contra os lucros escandalosos de bancos, seguradoras e serviços públicos enquanto grande parte dos portugueses se alimentam na «sopa do Sidónio», esta medida de aplicar ao golf uma taxa de IVA igual à do pão e da sopa, !!! constitui um acto de «muita justiça» aos mais pobres, que são os maiores utilizadores do golg!!!

O Governo mostra assim que não é esquizofrénico como alguns alvitram, que tem perfeito conhecimento das realidades, as quais assentam na sua conveniência em beneficiar, por todas as formas, os seus amigos mais chegados, os seus cúmplices e coniventes, aqueles com quem pode trocar favores, os que dão significado aos conceitos de corrupção e de enriquecimento ilícito.

É esta a estabilidade política que Francisco Assis pretende manter e desenvolver.

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01/03/2011

Mais um «abafador»


Houve um que abafou gravadores dos jornalistas em «acção directa» de que se gabou. Mas agora aparece outro mais perigoso que não parece hesitar em nos abafar até ao último suspiro, com as chamadas medidas de austeridade, para compensar as despesas inúteis e injustificadas de que muito aqui se tem escrito

Em vez da redução das despesas muito referidas aqui, por diversas vezes, «Sócrates admite mais austeridade para atingir défice de 4,6% este ano». Esta teimosia insensata, sem olhar aos verdadeiros problemas da administração com as despesas pornográficas que apenas servem para beneficiar amigos do clã, sem ter em consideração o fosso entre os ricos e os pobres, a injustiça social, as carências de muitas famílias que se afundam na penúria, felizmente está a despertar as reacções da oposição e não tardará a ter também a manifestação do povo na rua, o que devia ser evitado com acção correcta na eliminação das causas do descontentamento.

Não é por acaso que surgem estas reacções oportunas e patrióticas da oposição descomprometida dos conluios da exploração:




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08/02/2011

Vítima não tem apoios


A notícia de hoje que leva a pensar neste tema é um simples facto de entre centenas ou milhares. No Portugal, dos portugueses, não faltam apoios para os criminosos, os detidos, os condenados, o que de qualquer forma se transviam do sistema eticamente normal. Mas a vítima de acidentes, de crimes violentos sejam domésticos ou na vida social, não dispõe de ajudas visíveis. Fica-se com sérias dúvidas sobre onde estão as «boas almas» das ONG? Quais são os valores humanos que defendem com as suas «boas acções»?

A dúvida é tão justificada porque não são raras notícias como a que diz que «Preso controlava rede de tráfico a partir da cadeia». Além de apoios das ONG, tais indivíduos estão em «hotel» pago pelos contribuintes, tem segurança, alimentação, higiene, cuidados de saúde e pode gerir os seus negócios, mesmo que sejam legalmente proibidos.

Onde está a moralidade da sociedade? De que se espera para organizar sistemas de apoio às vítimas? Quando se encara de frente a situação dos mais necessitados, principalmente idosos, crianças e vítimas de malfeitores ou de casos acidentais?

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26/10/2010

Pobreza. Realidade a transformar


Apesar das promessas e afirmações bombásticas de propagandistas alheios às realidades do País, chegam, de origem oficial, informações dramáticas que denunciam um estado catastrófico na vida de cerca de metade dos cidadãos. Segundo o artigo do JN «504 096», o relatório apresentado, há uns dias, pelo Conselho Nacional de Educação indica que mais de meio milhão de crianças (504.096) são abrangidas pela Acção Social Escolar. Isto significa que estas crianças, que correspondem a quase metade das crianças portuguesas que frequentam as nossas escolas, dependem do apoio financeiro do Estado para comprar livros e material escolar. E dependem das cantinas escolares para comer. Numa palavra, são 504 096 crianças pobres. O facto de representarem quase metade das crianças das escolas faz meditar na dimensão da catástrofe social existente, apesar de tantas palavras falsamente optimistas de governantes.

Outro aspecto que contradiz a propaganda sobre a obrigatoriedade do ensino até ao 12º ano, é que apenas 30% dos alunos chegam ao 12º ano.

O estado de penúria da população também se torna visível nos cerca de 460 mil portugueses que passam fome ou, eufemisticamente,"sérias perturbações no acesso a alimentos", na linguagem técnica do nosso Instituto Nacional de Estatística; ficámos também a saber que cerca de 2,14 milhões de portugueses são pobres ou segundo o INE, em "privação material".

No entanto, no momento da elaboração do OE, esse problema é esquecido e, entretanto, enterra-se no BPN o que faltava para somar 5000 milhões de euros saídos do bolso dos contribuintes e passa-se ao lado, sem as fechar, das torneiras de saída de dinheiro público sem utilidade nem racionalidade aparente como ficou dito em Onde se cortam as despesas públicas??? e em Dezenas de institutos públicos a extinguir

Mas a Comunicação Social continua a encher espaço e tempo com o espectáculo tosco de pugilismo feito por actores que não querem machucar-se, como se deduz de OE. Haja sentido de Estado

Com este panorama, indícios e sintomas, é preciso ter muita fé para augurarmos melhores dias!!!

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01/09/2010

Justiça Social ???

Vejamos onde se encontra a real origem do Poder que nos domina.

Para acabar com a crise e desenvolver o bem-estar dos portugueses, surgem as mais diversas sugestões. Agora, no Público aparece esta que merece séria meditação.

O presidente da Jerónimo Martins, Alexandre Soares dos Santos, que detém a cadeia de supermercados Pingo Doce e os hipermercados Feira Nova, defende redução do IRS e IRC e aumento do IVA, considerando que «o próximo Orçamento do Estado (OE) é “a última oportunidade para reduzir o papel do Estado-sorvedouro dos impostos”

Ou sou mais ignorante do que pensava ou esta proposta de um capitalista não surpreende absolutamente nada. Defende os seus interesses e os dos seus pares do topo da lista dos mais ricos e não tem escrúpulos de agravar tragicamente a vida dos mais pobres. Efectivamente, quer aliviar o IRS e o IRC que afectam mais os que têm rendimentos mais altos e libertam os que pouco têm.

Pelo contrário, quer agravar o IVA que afecta, por igual, todos os consumidores desde o mais pobre que apenas compra um pão para enganar a fome.

Se tal ideia fosse aceite, aumentaria de forma trágica o fosso, já demasiado acentuado, entre os mais ricos e os mais pobres!!!

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22/06/2009

Mulheres trabalham mais 16 horas em tarefas não remuneradas


Há muito que as polémicas em torno das desigualdades entre homens e mulheres colocam no centro das atenções o trabalho doméstico desenvolvido pelo sexo feminino.

Feitas as contas, elas trabalham mais 16 horas por semana do que os homens, desempenhando tarefas não remuneradas.

Estes números surgem a propósito do Relatório sobre o Progresso da Igualdade de Oportunidades entre Mulheres e Homens no Trabalho, Emprego e Formação Profissional, em debate esta quinta-feira, no Parlamento.

De acordo com a Agência Lusa, que teve acesso a este documento, os homens dedicam em média, por semana, 43 horas e meia ao trabalho pago e menos de 9 horas e meia ao trabalho não pago.

As mulheres, por seu turno, trabalham de modo remunerado 41 horas e seis minutos e não remunerado 25 horas e 24 minutos.

Contabilizando também o tempo de deslocação para o trabalho e de regresso a casa, os homens trabalham um total de 55 horas e 42 minutos e as mulheres 69 horas.

Quer isto dizer que, por via das tarefas domésticas e dos cuidados com a família, especialmente crianças, o sexo feminino continua em desvantagem em matéria de trabalho não pago.

01/06/2009

Banco Alimentar contra a Fome

As notícias falam da solidariedade que tem alimentado o Banco Alimentar, numa época de crise em que as carências afectam grande número de famílias. Neste cenário, acho interessante o artigo pequeno mas muito rico de motivos de reflexão do JN de hoje que transcrevo.

Novos pobres
Por Manuel António Pina

Este ano fui um pouco mais generoso na contribuição para o Banco Alimentar Contra a Fome porque me lembrei do pobre dr. Vítor Constâncio e demais administradores do Banco de Portugal, que se queixam de que já não são aumentados desde 2005. Tão precária deve ser a situação de todos eles que os seus salários (ao contrário do que sucede, por exemplo, na Reserva Federal americana) nem são tornados públicos para lhes evitar a vergonha.

No entanto, segundo a sua declaração de rendimentos de 2006, sabe-se que o dr. Vítor Constâncio ganha pouco mais de 23 mil euros por mês (o presidente da Reserva Federal ganha 15 mil). É certo que o dr. Vitor Constâncio tem direito a carro de alta cilindrada e motorista pagos pelos contribuintes, taxas de juro bonificadas e reforma ao fim de 5 anos, mas que é isso para um licenciado pelo ISCEF e ex-secretário-geral do PS? Por isso, mais louvável ainda é o desprendimento e apego à causa pública com que o dr. Vítor Constâncio e seus pares dolorosamente aceitaram prescindir este ano do aumento de 5% (mais 14 mil euros anuais) que chegou a ser anunciado. Deus lhes pague.

08/05/2009

Empresário disposto a empobrecer um pouco

António Lopes, proprietário da fábrica têxtil Fiper, no Teixoso, Covilhã, que emprega 50 pessoas, anunciou que, apesar da sua empresa "registar prejuízos", vai manter os trabalhadores a prazo que agora terminavam contrato, por entender que, na crise, o sacrifício deve ser de todos e não só dos operários. Vai manter os 29 trabalhadores com contratos a prazo, apesar de estar "a registar prejuízos todos os meses".

Disse à agência Lusa: "sei o que estes dramas representam dentro de casa. Já fui trabalhador, dirigente sindical e já os vivi. Agora, em tempo de vacas magras, também devo empobrecer um pouco". "O futuro a Deus pertence. Eu vou tentar aguentar tanto quanto possível e os despedimentos serão a última coisa a fazer".

Esta atitude do empresário veio recordar-me o que ouvi numa aula de economia ou de organização empresarial, há pouco mais de 40 anos. Na sociedade capitalista actual, em que tudo se subordina à ganância do dinheiro, esquece-se o facto de a empresa ter obrigações perante os donos do capital, os gestores, os trabalhadores a todos os níveis, os fornecedores, os clientes e a sociedade envolvente. É uma justa função social da empresa.

A empresa precisa de dar atenção a todos estes agentes económicos e, por isso, a distribuição dos lucros não deve beneficiar apenas os donos do capital e os gestores, mas principalmente os trabalhadores que foram indispensáveis para a sua obtenção. Qualquer destes factores não pode ser esquecido para que a empresa funcione de forma saudável e eficaz. A sociedade envolvente deve ser «acariciada» por outras formas, principalmente, pelo mecenato traduzido em pequenos gestos de apoio à vida social e a um ou outro caso de carência. Na área envolvente se incluem os familiares dos trabalhadores, os vizinhos, que são clientes e por vezes fornecedores. Os fornecedores devem ser respeitados e tratados com seriedade e honestidade; no mínimo devem ver as suas contas pagas com regularidade. Os clientes devem ser bem servidos na qualidade e no preço dos artigos ou serviços fornecidos e no apoio pós-venda, por forma a criar neles uma afectividade que seja garante de continuidade.

Imagine-se como a sociedade será mais harmónica e feliz quando estes aspectos forem encarados com franqueza e lealdade.

O senhor António Lopes dá, com este gesto, uma grande lição aos seus parceiros empresários, muitos dos quais querem continuar a gozar de todas as regalias e que a crise seja paga apenas pelos trabalhadores e suas famílias.

30/08/2008

Como Portugal seria diferente!

Transcrevo este texto, de autor desconhecido, recebido por e-mail. Imaginem como tudo seria diferente! E, afinal 10% é uma ninharia e não justifica a «histeria» como refere a jornalista do DN no artigo «Estado de histeria».

Imaginem

Imaginem que todos os gestores públicos das setenta e sete empresas do Estado decidiam voluntariamente baixar os seus vencimentos e prémios em dez por cento. Imaginem que decidiam fazer isso independentemente dos resultados. Se os resultados fossem bons as reduções contribuíam para a produtividade. Se fossem maus ajudavam em muito na recuperação.

Imaginem que os gestores públicos optavam por carros dez por cento mais baratos e que reduziam as suas dotações de combustível em dez por cento.

Imaginem que as suas despesas de representação diminuíam dez por cento também. Que retiravam dez por cento ao que debitam regularmente nos cartões de crédito das empresas. Imaginem ainda que os carros pagos pelo Estado para funções do Estado tinham ESTADO escrito na porta. Imaginem que só eram usados em funções do Estado.

Imaginem que dispensavam dez por cento dos assessores e consultores e passavam a utilizar a prata da casa para o serviço público. Imaginem que gastavam dez por cento menos em pacotes de rescisão para quem trabalha e não se quer reformar. Imaginem que os gestores públicos do passado, que são os pensionistas milionários do presente, se inspiravam nisto e aceitavam uma redução de dez por cento nas suas pensões. Em todas as suas pensões. Eles acumulam várias. Não era nada de muito dramático. Ainda ficavam, todos, muito acima dos mil contos por mês.

Imaginem que o faziam, por ética ou por vergonha. Imaginem que o faziam por consciência. Imaginem o efeito que isto teria no défice das contas públicas. Imaginem os postos de trabalho que se mantinham e os que se criavam. Imaginem os lugares a aumentar nas faculdades, nas escolas, nas creches e nos lares. Imaginem este dinheiro a ser usado em tribunais para reduzir dez por cento o tempo de espera por uma sentença. Ou no posto de saúde para esperarmos menos dez por cento do tempo por uma consulta ou por uma operação às cataratas.

Imaginem remédios dez por cento mais baratos. Imaginem dentistas incluídos no serviço nacional de saúde. Imaginem a segurança que os municípios podiam comprar com esses dinheiros. Imaginem uma Polícia dez por cento mais bem paga, dez por cento mais bem equipada e mais motivada. Imaginem as pensões que se podiam actualizar. Imaginem todo esse dinheiro bem gerido. Imaginem IRC, IRS e IVA a descerem dez por cento também e a economia a soltar-se à velocidade de mais dez por cento em fábricas, lojas, ateliers, teatros, cinemas, estúdios, cafés, restaurantes e jardins.

Imaginem que o inédito acto de gestão de Fernando Pinto, da TAP, de baixar dez por cento as remunerações do seu Conselho de Administração nesta altura de crise na TAP, no país e no Mundo é seguido pelas outras setenta e sete empresas públicas em Portugal. Imaginem que a histórica decisão de Fernando Pinto de reduzir em dez por cento os prémios de gestão, independentemente dos resultados serem bons ou maus, é seguida pelas outras empresas públicas.

Imaginem que é seguida por aquelas que distribuem prémios quando dão prejuízo. Imaginem que país podíamos ser se o fizéssemos. Imaginem que país seremos se não o fizermos.

NOTA POSTEROR: segundo informação do blog Grémio da Estrela *, este texto é da autoria de Mário Crespo e foi publicado no Jornal de Notícias

08/09/2007

Justiça Social gera Segurança

Um país mais justo é um país mais seguro. O que é preciso é garantir que todos tenham oportunidade de viver uma vida normal. Em Portugal, é costume cada um pensar em si.
Paulo Baldaia, JN 8Set

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