13/09/2010

Falta informação sobre empregabilidade ???

A notícia «Cursos com mais desemprego esgotam vagas», mostram que os candidatos ao ensino superior , seus familiares e amigos, desconhecem as realidades sobre o desemprego nas diversas ares do conhecimento, e enveredam por cursos com pouca capacidade de garantir emprego.

Parece insólito, demonstrando falta de conhecimento de métodos de preparar a decisão e a do curso a seguir é importante e exige procura de informação, de dados, exige que se pense antes de decidir. Ou será que o o valor dos subsídios de inserção ou de desemprego será tão compensador que se transforme em forma de vida e torne menos importante a escolha do curso a tirar, olhando para este apenas pelo aspecto da facilidade?

Imagem da Net.

8 comentários:

Unknown disse...

Gostaria de entender esta questão que me preocupa já há bastante tempo.
É certo que cada jovem deverá escolher aquele curso que gosta e que o torne uma pessoa realizada, mas ainda assim vejo muitos jovens à procura de cursos que não têm grande saída profissional.
Porque será...???

A. João Soares disse...

Caro Luís Coelho,

A sua pergunta é pertinente, mas a resposta não é fácil. Pode ser falta de informação aliada a imitação de alunos mais antigos que seguiram o curso, ou uma imagem de intelectualidade. Mas, de qualquer forma não se trata de atitude racional. Será motivo para estudo de psicólogos e sociólogos.

Abraço
João
Do Miradouro

Saozita disse...

Caros amigos, na minha opinião e esta não é senão a do senso comum, julgo que esses mesmos alunos, partem de uma certa forma inconsciente, seguindo aínda os ideários juvenis. Ser e fazer profissionalmente, aquilo que se gosta e sonha! Mesmo contra os conselhos dos pais e quem já está mais avalizado para opinar.
Estes jovens, serão os mesmos, que daqui a uns anos, veremos em manifestações exigindo empregabilidade.

Bj

Sãozita

A. João Soares disse...

Amiga Sãozita,

Compreendo as suas palavras. Quem visitar calmamente o arquivo do Do Miradouro, encontra muitos posts sobre a importância dos jovens para preparar os caminhos do futuro, que será deles e não das gerações anteriores que se vão apagando por força do destino natural.
É importante para o País em que terão de viver a capacidade de inovação e a ousadia da juventude, mas haverá que alertar os jovens a fim de evitarem erros graves porque os custos podem ser exagerados e serão eles que terão de os pagar.
O papel de familiares, amigos e professores não é de impor soluções que contrariem os impulsos juvenis, mas respeitar a sua capacidade de raciocínio, ao mesmo tempo que lhes sejam apresentadas perguntas que os levem a meditar com seriedade nas vantagens e inconvenientes de cada via possível de carreira a fim de a escolha ser feita mais racionalmente. O método de Pensar antes de decidir deve estar sempre presente. Há escolhas que, se não forem minimamente sensatas, arrastarão consequências demasiado graves.
Nas escolas deve haver a noção da aplicação prática do ensino para preparar a juventude na tomada de decisões que lhes são fundamentais.
A rebeldia jovem é útil como dizia Camões na alegoria do «Velho do Restelo» mas tem que ter pernas para andar.

Cumprimentos
João
Do Mirante

Zé do Cão disse...

Tive uma empregada, que a filha tirou um curso superior. Correu, não teve vaga, mas depois aproveitou qualquer coisa. Perguntei-lhe se a filha era boa aluna e disse-me que era muito fraquita em matemática. A moça residia em Pico de Regalados - Braga e foi para Beja tirar o curso de Engenharia de produção. Lá conseguiu acabar e novamente perguntei a sua mãe, se achava que a filha arranjaria emprego compatível com o curso recém tirado. Que não, respondeu e portanto ela estava a pensar concorrer para dar aulas de matemática. (Isto é que está um ensino(?)). Mais tarde, talvez 2 ou 3 anos, telefona-me a mãe para ver se eu lhe conseguiria arranjar um emprego numa loja de confecção.
Consegui sim, consegui no "Marques Soares".empregada de balcão

Quanto ao subsídio, já é hoje uma profissão.
abraço

A. João Soares disse...

Caro Zé,

Uma história mais ou menos igual a muitas. Fazem falta as escolas técnicas, comerciais e industriais. Essa moça teria encontrado mais cedo a carreira onde ingressou e ter-se-ia poupado as várias frustrações que sofreu.
O nosso maior mal é não haver concurso se admissão à política com provas de cultura, gestão, sensatez, equilíbrio psíquico, etc.

Abraço
João
Do Miradouro

Táxi Pluvioso disse...

Empregabilidade, que bonita palavra, onde estava ela no tempo de Camões?

A. João Soares disse...

Caro Táxi,

Muita coisa mudou desde então!!!
Nem tudo mudou para melhor, mas são os espinhos da vida.

Abraço
João
Só imagens