Imagem do blogue Eu, Aquário
Escrevo-te
Nas manhãs acorrentadas
Pela profusão do Sol quando nasce
Ao sabor do verbo e das palavras
Que cintilam docemente na minha paz...
Escrevo-te
No chão da vida
Entre arquitectónicos traços de giz,
Na ponte entre o sonho e a despedida
Do que ao sonho não condiz.
Escrevo-te
A tentar poetizar-me
Na fluidez de versos compilados,
Poesia que extravaso sem renegar-me
Nos poemas que me cantam como um fado!
31/08/2010
5 comentários:
Belo poetar, Ana. Com certeza, no fado muita poesia há. Parabéns!! Boa noite :)
Minha querida Ana
Em qualquer lado que te leia a tua poesia me encanta.
Deixo beijinhos
Sonhadora
Escrevo-te e escrevo-me nas letras que pinto no chão onde vivo, nas saudades que me fazem amar a poesia.
Como sempre nos apresenta poemas de primeira qualidade. Parabéns.
Amiga Ana Martins,
«Na ponte entre o sonho e a despedida
Do que ao sonho não condiz.» É nesse «ponto intermédio, pilar da ponte do tédio que vai de mim para o outro», como escreveu Mário Sá Carneiro que se desenrolam os passos da nossa vida. O filósofo José Gil também se refere ao ponto de equilíbrio quando diz que as reacções entre as pessoas e os Estados se desenrolam condicionadas por duas bermas, de um lado o amor e do outro o medo. E se o amor pode por vezes trazer desilusão, o medo traz violência e guerra.
Viva quem sabe «poetizar» e ir ao âmago da mente e do coração dos humanos, em palavras que cintilam docemente.
Beijos
João
Só imagens
Querida cunhada, e todos os momentos e sitios, são adequados e apropriados para escrever, especialmente ao nosso amor. Lindo este poema, fluido, melódico! lindo para ser cantado em fado, claro com os devidos ajustes.
O teu irmão Victor, já ensaiou e sai bem! A opinião condiz com a minha.
Muito bom mesmo. Alma de poeta é assim mesmo a poesia flui e discorre sempre com encanto.
Bjs c carinho e amizade.
Sãozita
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