02/07/2011

Exame do copianço no CEJ ???


Recebido por e-mail com o seguinte comentário:
Os nossos amados magistrados, são-no de direito, são-no por mérito próprio. Não têm, por conseguinte, de ser exovalhados. Não devem, portanto, ser submetidos a exames desta dificuldade.
Caro Geraldo, Não devemos ser descorteses em relação às altas individualidades da soberania nacional. Devem ser respeitadas e prestigiadas

2 comentários:

Luis disse...

Caríssimo Amigo João,
Concordo com as palavras que acompanham o "teste"! Realmente quem copiou nem devia ser nunca mais Juiz! Assim não haveria "enxovalanço" dessa classe!
Um abraço amigo.

A. João Soares disse...

Caro Luís,

Sobre os exames, circula por e-mail um texto de António Marinho e Pinto que não transcrevo por ser muito extenso, mas transcrevo o de Graça Franco:

A turma do copianço
http://o-povo.blogspot.com/2011/06/turma-do-copianco.html
Blog Povo. 110629. Por Graça Franco
RR on-line 29-06-2011 09:08

Não. Não era um exame para juízes, decisivo para as respectivas carreiras. Era, tão só, um take-home exam o que, traduzido para português, equivale a um teste para resolução em casa (com consulta) e versava sobre qualquer coisa como engenharia electrotécnica.

Os alunos eram cadetes da mais prestigiada academia de formação de oficiais norte-americanos ( West Point) e a cena passou-se no longínquo ano de 1976.

Porque me lembro disto? Porque, imaginem, na resolução do teste com consulta foi detectada, para vergonha da Academia e consternação geral, uma situação de copianço generalizado.

Considerados Indignos da história da instituição e de fazerem parte da elite militar norte-americana 150 cadetes foram simplesmente expulsos da escola. Entre eles alguns assumiram a culpa e saíram por seu pé. Apresentada a respectiva defesa 98 vieram, posteriormente, a ser reintegrados. Para cinquenta e dois o sonho de uma vida terminou naquele exame caseiro de engenharia.

Mas o prestígio de West Point foi preservado. Dessa classe de 76, fazem parte Ray Odierno e Standley McCrystal, comandantes, respectivamente, das guerras do Iraque e do Afeganistão. No total há hoje, entre reserva e activo, 33 generais desta classe. Um número excepcionalmente elevado na história da academia. Ou seja, 76 acabou por ser um ano de “boa colheita”.
West Point não conseguiu impedir a nódoa mas soube preservar intocado o prestigio dos oficiais ali formados. Foi exactamente o contrário que se passou, por cá, no Centro de Estudos Judiciários. Agora, não será fácil afastar sobre a classe dos juízes formados em 2011 o anátema da turma do copianço.

Caro Luís, o anátema cai sobre todos os juízes, porque pode ter havido copianços menos ostensivos que foram «lavados» como queriam «lavar» este.
Senti de honra, de dignidade, de responsabilidade, para merecer prestígio, confiança e consideração.

Um abraço
João