03/12/2008
A LÁGRIMA DA POBREZA
A lágrima que grita a dor
Desata as cordas, a mordaça
De uma vida sem cor
Em trejeitos de devassa.
A lágrima que solta a voz
É revolta, não é quimera
Dos sonhos que aos nós
São ilusões de outra era.
A lágrima que nos lábios morre
Além de pura e cristalina,
Não sacia sede nem fome
De quem procura uma vida digna.
A lágrima da Pobreza
Não lava a alma nem o coração,
Não promove nem embeleza
Os políticos da Nação!
Ana Martins
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 comentários:
Querida Ana,
Parabéns por mais este poema tão humano e sensível.
As lágrimas dos povos são de dor de sofrimento, mas se as causas não forem eliminados pelos «responsáveis» pelo País passarão a ser de raiva de ira, de ódio contra aqueles que vivem com um sorriso de desdém, indiferentes aos que sofrem opor sua causa, que juntam fortunas num abrir e fechar de olhos e, depois, em vez de castigo justo, recebem apoios (com o dinheiro dos impostos), para não reduzirem o fausto em que vivem,
Sociedade injusta e indiferente para as vítimas da falta de valores morais por parte dos poderosos.
Beijos
João
Querida amiga e colega Ana
Estive toda a tarde sem Net, pelo que só agora pude publicar o meu post de quinta-feira, na "Casa".
Também por esse motivo só agora venho aqui.
É bem verdade que só quando não temos as coisas é que sentimos a falta que fazem.
Usamos a Net com a mesma descontracção com que respiramos. Quando falta...cai o Carmo e a Trindade! :)))
Mas falemos do teu poema, que é para isso que aqui estou.
Mais uma vez mostras a força que é tão peculiar aos teus belos poemas.
"A lágrima da Pobreza...não promove...os políticos da Nação!"
Permite-me que destaque este trecho, embora, em boa verdade, seja difícil destacar alguma frase.
É um poema óptimo.
Quase me arriscaria a dizer que é (um dos que) mais gostei.
Parabéns, sinceros mesmo!
Que tenhas uma noite feliz
Beijinhos
Mariazita
A pobreza está fora de moda. É os ricos que temos de salvar e cantar nos poemas!!!
Enviar um comentário