03/02/2009

A CORRIDA DE CANOA

Uma empresa portuguesa e outra japonesa decidiram enfrentar-se todos os anos numa corrida de canoa, com oito homens cada.
As duas equipas treinaram duramente, e no dia da corrida estavam na sua melhor forma.
No entanto os japoneses venceram por mais de um quilómetro de vantagem.


Depois da derrota a equipa ficou desanimada.
O director geral decidiu que ganhariam no ano seguinte, e criou um grupo de trabalho para examinar a questão.
Após vários estudos, o grupo descobriu que os japoneses tinham sete remadores e um capitão… enquanto a equipa portuguesa tinha um remador e sete capitães.


Perante isso, o director geral teve a brilhante ideia de contratar uma empresa de consultadoria para analisar a estrutura da equipa.
Depois de longos meses de trabalho, os especialistas chegaram à conclusão de que a equipa tinha capitães a mais e remadores a menos.
Com base no relatório dos especialistas, a empresa decidiu mudar a estrutura da equipa.
A equipa seria agora composta por quatro comandantes, dois supervisores, um chefe de supervisosres e um remador.
Ele teria que ser melhor qualificado, motivado, e consciencializado das suas responsabilidades.

No ano seguinte os japoneses venceram com dois quilómetros de vantagem.
Os dirigentes da empresa despediram o remador por causa do seu mau desempenho… e deram um prémio aos demais membros, como recompensa pelo desempenho e pela forte motivação que tentaram incutir na equipa.
O director geral preparou um relatório da situação, no qual ficou demonstrado que:
- foi escolhida a melhor táctica;
- a motivação era boa;
- mas o material deveria ser melhorado.
No momento estão pensando em substituir a canoa.


6 comentários:

A. João Soares disse...

Cara Mariazita,
Na nossa sociedade muito evoluída, somos todos muito perfeitos. Por isso, quem sofre é sempre o mexilhão, isto é, o último da escala, o mais desprotegido!!!
Falta capacidade de análise lúcida, isenta, imparcial. Veja o caso do Freeport:
O jornalista João Miguel Tavares no DN de hoje escreve: «Ah, como eu teria ficado mais feliz se José Sócrates, em vez de clamar contra os "poderes ocultos", tivesse dito que desocultava as suas contas bancárias. Era tão fácil. Estou a imaginá-lo a aproximar-se do microfone, na sua última conferência de imprensa, e em vez de falar em "insídias" e "ignomínias", dizer simplesmente: "Portugueses, nada tenho a esconder. Abdico voluntariamente do meu sigilo bancário.»
Mas, como dizia há pouco um amigo, ele não é assim tão estúpido. Não devemos menosprezar a sua esperteza!!!
E o mexilhão é...
Um abraço
João Soares

Alice disse...

... adorei !!!



bjussssss

Unknown disse...

Querida amiga,
o texto está realmente engraçado, e enquadra-se muito bem no espírito do governo Português e até algumas empresas que conheço.
É que são muito mais a mandar, que a produzir, e depois como é lógico as coisas não podem correr bem.

Beijinhos,
Ana Martins

EDUARDO POISL disse...

não quero partir
porque não há chegada,
a ponte do sonho caiu,
sem margens
a minha rota
atravessa o suor
de gaivotas poisando,
pétalas de sorrisos
sugam-me os lábios
salpicando o meu rosto,
és uma flor ?
pergunta-me o vento,
não, não sou nada,
quero ser o mar
simplesmente,

poetaeusou


Uma bela semana pra você...
Abraços

Táxi Pluvioso disse...

O ser e o tempo (jovens talvez!!!).

Daniel Costa disse...

Mariazita

De facto em Portugal, salvo as exceções, temos muitos gestores bons a fingir que pensam. Depois falham e vem as comissões para analisar o problema, como normente, são amigos, acham tudo expcional a marecer prémios e "voilá!..." Conseguimos ganhar o primeiro prémio, a contar da cauda.
Perder sempre é um grande deporto!
Beijinhos.
Daniel